Elski

50 2 3
                                    

A mão de Ícaro pousou, levemente, sobre o guarda que tinha adormecido durante o turno da noite. Depois do movimento delicado, abanou-o com força, sorrindo maliciosamente do coitado adormecido.

- Ah! Ao ataque! Ao ataque! - bradia em pânico Halisto, antes de se aperceber que já era de manhã e que a única ameaça seria o jovem Ícaro. - Ah Ícaro, és tu, meu bom amigo! Presumo que ficareis com o turno da manhã!

- Certo estais, bom Halisto! Se tiver a mesma atenção que vós tereis, esta cidade falará outra língua em pouco tempo!

Os dois riram.

- Ah, meu bom amigo! Nenhuma ameaça nos espera. Ainda antes de eu adormecer, a mesma coruja cantou e os mesmos cães latiram, tal como todas as noites.

- Descansa, agora, em tua casa. A tua família espera-te e a tua idade já começa a pesar. Quanto ao futuro de Elski, continua completamente incerto. Não me parece que não haja mais ninguém nestas terras...

Os dois olharam para o horizonte, onde o grande deserto de Reaper se estendia na sua grandeza. No entanto, a sua extensão começava apenas a poucos quilómetros da cidade, dando ainda alguma vegetação à mesma.

- Talvez sim, talvez não! Um dia talvez saberás quem vagueia ou quem não vagueia nestas terras. - Halisto põe-lhe a mão no ombro, enquanto os dois continuam a olhar para o horizonte - Até lá, toma conta delas, principalmente enquanto eu estiver a dormir.

Halisto despediu-se e foi em direção a casa.

Ektos E O Anjo Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora