Capítulo 3

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As marcas na minha barriga e o pequeno corte no lábio ainda estão bastante visíveis. Eu quase que não me consigo mexer com as dores que tenho, parece que um camião passou por cima de mim.

Estou cansada de viver assim e apenas passou 2 dias.

"Não vens almoçar?" Conor abre a porta do quarto e eu não respondo como tenho feito estes últimos dias. "Ouve, desculpa pelo que te fiz. Eu não queria tu sabes que eu amo-te mais do que tudo neste mundo, não se volta a repetir. Prometo."

"Quem ama não bate nas pessoas como tu me fizeste e não prometas aquilo que não podes prometer. Isso é uma obsessão." aponto.

"Deixa-me compensar-te." ele tenta beijar-me.

"Não me voltes a tocar." viro a cara.

"Vamos descer tens de te alimentar. Não quero que ver fraca."

"Não finjas que te preocupado comigo porque tu não te preocupas."

"Preocupo-me sim, anda." nego com a cabeça. "Como queiras." ele desiste deixando-me sozinha novamente no meu mundo.

Ele é bipolar, bastante até. Num segundo bate-me até dizer chega noutro já me tenta beijar e ser carinhoso comigo. Eu estou farta disto.

(...)

Estava a tentar dormir quando ouço coisas a cair no chão. O quê que se passa lá em baixo?

Não saias do quarto Ariel. - o meu subconsciente avisa, mas eu não ligo para o que ele diz.

Abro a porta do meu quarto silenciosamente - que por sorte está destrancada - e começo a caminhar para o fim do corredor. Ao fim do mesmo começo por descer alguns degraus da escada revestida com uns tons claros de madeira.

"Ariel, querida!" chama. Eu está bêbado?

Começo por recuar mas o último degrau provoca um som fazendo assim Conor dar pela minha presença.

"Querida, desce. Comprei umas algemas novas, podemos usa-las agora se quiseres." arrega-lo os olhos. "Eu estou a chegar babe, aguenta." corro para um quarto diferente ao do meu quarto. É agora, eu posso fugir, mas logo me arrependo de ter entrado aqui. Esta sala está cheia de objetos cortantes e armas de vários tamanhos o que também não me surpreende vindo dele.

"Estás aqui, pensei que tinhas fugido. Ahah, impossível não é." o meu corpo está todo a tremer, tenho medo.

Eu avisei-te para não saíres do quarto. - o meu subconsciente intervém na altura errada.

"Anda cá docinho." Conor agarra os meus braços e prende os mesmos entre as suas mãos e a parede começando a beijar o meu pescoço.

"Por favor, Conor." choro.

"Que foi amor porque estás a chorar? É desta que podemos ter o nosso 1° filho."

"Não!" tento soltar-me.

"Não vais conseguir." ri.

"Larga-me!" dou socos no meu peito.

"Não está aqui o teu Zayn para te salvar não é? Que pena!" goza e eu choro mais.

"Larga-me!" grito.

"Ouve aqui sua puta, tu obedeces-me!" grita de volta. "Tu fazes o que eu quero e calas a boca."

"Socorro!" grito perto da janela na esperança de alguém ouvir.

"Cala-te!" sou puxada pelos cabelos e empurrada para o chão. "Cala-te" ele volta a pegar em mim novamente pelos cabelos e bate com a minha cabeça na parede.

"Pára!" continuo a gritar.

"Já mandei calares a boca!" dá-me um murro na boca.

"Por favor." imploro. Sirenes são ouvidas e eu meio que sorrio, é a polícia finalmente isto vai acabar.

"Anda." Conor volta a agarra-me pelos cabelos e tapa a minha boca para eu não gritar. Chegamos à sala e ele larga-me avisando antes para não tentar nada, começando logo de seguida a tirar a mesa de centro que se encontra entre o sofá e a televisão, retira o grande tapete preto e depois abre uma espécie de cave.

"Entra aqui." eu arrasto-me para o buraco no chão e começo a descer as escadas com alguma dificuldade devido aos cortes e pisaduras criadas minutos antes. "Nada de gritares ou fazer qualquer tipo de joguinhos percebeste?" acinto "Caso contrário uma bala irá entrar-te pela cabeça a dentro." ameaça e o som da campainha soa. "Vemo-nos em breves minutos." ele fecha tudo ficando eu ás escuras num lugar não identificado.

"Boa noite jovem." uma voz grossa é ouvida.

"Boa noite Sr. Agente. Está tudo bem?"

"Está sim porque não haveria de estar?"

"Ora porque nós recebemos uma queixa de que alguém estava a gritar por socorro." ouviram-me.

"Ahah, era um filme de ação que eu estava a ver. O som deveria estar muito alto que nem percebi. Peço desculpa." mentiroso.

"Mas não se importa que eu deia uma revista de olhos?"

"Claro que não força." boa altura para eu fazer qualquer coisa.

"Com licença." subo as escadas apalpando o terreno e quando chego ao limite dou murros no topo.

"Que foi isto?"

"Fui eu que fui contra a mesa, desculpe." Que raiva!!

"Parece que está tudo bem por aqui. Peço desculpa se o incomodei." minutos depois voltam à sala. "Espero que a sua irmã não dê trabalhos à polícia, para ter o quarto trancado é porque não deve ser uma boa peça." até a um polícia ele ilude. "Boa noite e mais uma vez desculpe se o incomodei"

"Está tudo bem." ouço a porta a fechar e depois algo a arrastar. A mesa e o tapete. "Ouve lá puta do caralho, tu estás a merece-las." volta a pegar no meu cabelo e puxa-me para fora da cave.

"O cabelo não!" peço.

"Fala baixo, já viste os problemas que me arranjaste com a tua gritaria?" outro estalo é dado na minha cara.

"Tu prometes-te que não voltarias a bater-me."

"Bom, eu não gosto muito de cumprir promessas." outro murro.

"Pára!" choro.

"Cala a puta da boca!" um copo é atirado à minha cara caindo ao chão de seguida. "Levanta-te!" sou mais uma vez levantada e arrastada pelo meu cabelo. "Não sais mais daqui. Acabou!" o meu corpo é lançado até ao chão por um pontapé dado por ele. Zayn encontra-me!

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Estou a chorar, meu deus.
O que fariam na pele dela?

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All the Love, M.

Returning into the Past || z.m [P. Sequel]Onde histórias criam vida. Descubra agora