Returning into the Past || z.m [P. Sequel]

Capítulo 21

"Onde fizeste essa cicatriz?" Beatriz aponta para a minha barriga e aí percebo que a minha camisola cinzenta está um pouco levantada para cima.

"Coisas um pouco intimas para partilhar com uma pessoa que acabei de conhecer." talvez tenha sido fria de mais.

"Desculpa." pede.

"Desculpa eu, não quero que fiques com uma má impressão sobre mim."

"Está tudo bem." garante.

"Como é?"

"Como é o quê?" pergunta confusa.

"Carregar um ser na barriga? Deve ser estranho não?"

"Não, quer dizer estranho é mas depois de uns 9 meses percebemos que valeu a pena." ela sorri.

"Também gostava de um dia ser mãe, mas ainda é muito cedo e eu não estou preparada."

"Eu não estava a tentar engravidar, mas aconteceu e estou feliz."

"Bem está na hora de eu voltar para o meu dormitório." levanto-me do sofá.

"O Zayn não te vai levar?"

"Ele está a dormir não o quero acordar." digo sincera.

"Eu posso levar-te." oferece e eu nego com a cabeça.

"Eu apanho um táxi quando sair do mato, são só uns 20 metros no máximo."

"Tens a certeza?"

"Sim... Até à próxima." despeço-me de Beatriz e saio do edifício.

Os meus tênis arrastam a terra seca a cada centimetro que percorrem. Não me agrada nada ter de andar sozinha por aqui até porque eu não sei exatamente o caminho para a cidade mas vou tentar.

O tempo não me ajuda nem um bocadinho, o vento empurra o meu corpo para o lado oposto ao que quero [N.A: Isso acontece-me bastantes vezes ahah!] e isso irrita-me profundamente, sou capaz de perder 10 quilos só a combater contra o vento. As folhas movem-se, dão cambalhotas, vão contra os troncos de madeira lascados, elas brincam entre si como crianças de 4 ou 5 anos o que é engraçado porque ambas são pequenas mas umas maiores que as outras. Isto é estranho.

Subitamente começo a ouvir uma espécie de passos largos e começo a acelerar o passo, alguém está atrás de mim e eu sinto isso, os pássaros saem do seu abrigo com a expressão de medo. Nunca se sabe o que possa estar prestes a ver, um animal, uma pessoa, um fantasma, Alá, não sei.
Apenas no que consigo pensar agora é na hipótese de ser aquele ser psicopata atrás de mim e que não me deixará em paz até morrer.

"Mas o que raio te passou pela cabeça?" o meu coração parece sair fora do meu peito devido ao susto que tivera apanhado.

"Fodasse Zayn, que susto!" tento acalmar a respiração agora acelerada.

"Se não tivesses vindo embora não apanhavas este susto." arqueiro uma sobrancelha.

"Eu só queria voltar para o dormitório e tu estavas a dormir, não te ia acordar." digo óbvio.

"Qual era o problema, sabes foi a Beatriz que me acordou a dizer que já te tinhas ido embora sozinha." ele carrega na palavra sozinha.

"Claro a Beazinha do teu coração foi-te acordar." os ciúmes começam a tomar conta do meu corpo.

"Outra vez essa conversa? Já te expliquei imensas vezes que ela é apenas uma amiga de infância." relembra.

"Mas eu não quero saber dessa porcaria para porra nenhuma." retomo a minha caminhada de volta aos dormitórios.

"É pelo outro lado ciumenta." repito fundo e rodo os calcanhares.

"Ciumento é o teu cú."

"Vamos ficar assim chateados?"

"Tu é que és um estúpido que não quer saber dos outros."

"Quero sim senão eu nao teria vindo à tua procura e ficava na cama."

"Com a Beatriz." gozo já longe do seu corpo.

"Ela namora e vai ser mãe de um filho!" grita.

"Eu. Não. Quero. Saber." grito de volta.

"Tu deverias certamente de tomar uns comprimidos para os ciúmes. Já começam a irritar." ele alcança o meu corpo e eu acelero o passo.

"Tens bom remédio."

"És mesmo estúpida!" atira.

"Então deixa-me em paz porra!" finalmente chego ao início da cidade e rapidamente apanho um táxi.

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Que susto que ela apanhou e aposto que algumas pensaram que podesse ser o Conor. E a discussão? Ariel é teimosa, tal e qual como eu ahah.

Obrigada pelas mensagens mandadas são muito queridas e fazem-me sorrir bastante. Adoro-vos.

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Beijos e até ao próximo capítulo de arromba!