Estou farta de estar aqui fechada, não se passa nada. A televisão está sempre no mesmo canal, a maior parte dos poucos dias que aqui estou não pára de chover, as visitas são sempre as mesmas mas elas nunca podem ficar mais do que meia hora. O que é pouco. As senhoras idosas estão sempre com as filhas ou maridos, pergunto-me várias vezes se algum dia irei ser assim tão feliz como elas são - mesmo estando num hospital - elas riem com os pequenos netos, as filhas contam como correu o secundário ou até mesmo a faculdade, falam da sua crush para com os rapazes. Os maridos trazem flores e alguns chocolates às escondidas das enfermeiras porque alguma delas sofre de diabetes e então convém não comer algo bastante doce.
O Zayn não voltou mais e a mesma questão aparece sempre na minha cabeça.
Será que ele não volta por causa da minha rejeição?
A realidade é que eu me sinto triste por não o ter aqui ao meu lado e dar me o devido apoio, mas há sempre aquele mas. As memórias estão ainda muitos frescas na minha mente o que me assusta mesmo que nao pareça, aliás eu acho que para quem foi sequestrada está calma provavelmente é devido ao facto de os policias estarem sempre à porta do quarto mas mesmo assim as janelas poderão dar entrada a qualquer indivíduo não convidado.
Mas e os meus pais?
Pois é o meu pai agora não para em casa segundo a minha mãe, ao telefone, ele está sempre fora por bastantes dias. Diz ele que é devido ao excesso de trabalho e às viagens que ele não tem coragem de recusar perante o patrão, mas porra eu sou a sua filha que acabou de sair de um sequestro e que quase morreu devido ao tiro que tivera levado no ombro direito. Deveria de ter mais piedade em mim e não andar tão fugido. A minha mãe tem medo que ele lhe ande a trair com outra mulher qualquer que não seja ela, imaginem que ela já chegou a notar um perfume diferente ao do que ela usa frequentemente. Não sei se deva acreditar.
O meu irmão tem sido um grande apoio, ele atravessou metade do planeta para vir ter comigo e até agora vem me visitar todos os dias mesmo aos domingos, ele é sem dúvida o melhor irmão do mundo.
Uma coisa que tem acontecido é uns telefonemas e umas mensagens anonimas. As chamadas, quando eu atendo, falo falo mas ninguém é capaz de responder, as mensagens é do gênero "desta vez tiveste sorte para a próxima nao será assim." tenho receio do que aconteceu se volte a repetir mas porquê tanto sofrimento e tortura de mais vale me matar de vez?
"Hey!"
"Hey Sophia." sorrio sem mostrar os dentes.
"Como te sentes hoje?"
"Eu só quero ir para casa e sair daqui. Sinto falta do ar londrino."
"Eu também sabes, mas não te quero deixar sozinha. Não consigo." ela é uma querida.
"És a melhor amiga do mundo." ela agarra a minha mão.
"Tu também coração." sorri ela.
"Porquê que ele não tem aparecido?" refiro-me a Zayn.
"Ahm, eu não sei." ela desvia o olhar.
"Não adianta me enganares. Conta." mando.
"Ele está em Londres, ele é um cobarde. Nem sei como ele foi capaz de fazer aquilo." ela olha-me com pena. "Lamento dizer isto, mas ele é um filho da mãe que só olha para o seu próprio umbigo." ela explode.
"Mas vais contar concretamente ou não?" digo já com nervos.
"Ele diz que não aguentou a tua rejeição." ela aperta mais a minha mão. "Ariel, ele tem outra." o meu mundo cai.
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Desiludidas? Faz parte da história, desculpem.
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Returning into the Past || z.m [P. Sequel]
Fanfiction"Já te mandei abrir a puta das perna caralho!" Conor berra tratando-me como sua escrava sexual. "Não, para por favor." imploro pela vigésima vez. "Não volto a repetir Ariel." nego a cabeça negando. "Não abres a bem, abres a mal." ele pega na sua nav...