Capítulo 9

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Quatro paredes, ambas elas são brancas sem qualquer tipo de decoração. Uma cama, com um colchão desconfortável e com pelo menos 1 metro e 60 centímetros. Um quarto partilhado com 4 ou 5 mulheres um pouco mais velhas do que eu. Muito mais velhas. E por fim aquele som pi irritante que sai pela coluna da máquina que marca os batimentos cardíacos. Eu acho. Uma espécie de mola está a fazer pressão contra o meu dedo indicador, o que é horrível.
Uma claridade vinda da transparente janela bate contra os meus olhos fazendo-me pisca-los várias vezes até os meus olhos se habituaram a tal luz.

"Ariel! Ariel estás acordada?" uma voz feminina soa no meu lado direito.

"Onde é que raio eu estou?" pergunto a seja lá quem for.

"Estás no hospital. Lembraste de mim certo?" eu movo a minha cabeça - ainda com alguma dificuldade - e olho-a.

"Ahm... Sophia?! És mesmo tu?" memórias aterrorizantes preenchem a minha mente, e começo a chorar.

"Já acabou?" é notável o desespero na minha - ainda fraca - voz.

"Sim amiga, já acabou." ela felicita e abraça-me. Choro no ombro dela estou livre finalmente não estou mais presa a nenhuma corda nem com as minhas mãos algemadas enquanto sou força a algo que não queira.

"Dói-me o braço." solto um gemido de dor.

"Sim, é bastante normal. Levaste um tiro."

"Onde ele está?" olho-a.

"Bom dia meninas." a médica interrompe a nossa conversa.

"Bom dia." ambas dissemos em uníssono.

"O que sentes?"

"Dor, cansaço." descrevo.

"Perfeitamente normal, irá sentir esses sintomas por mais um longos dias. Mas entretanto irá tomar uns medicamentos especiais para esse tipo de dor." ela escreve algo na placa que estava à frente da minha cama. "As simpáticas senhoras devem estar a trazer o seu pequeno-almoço até porque já está na hora." ela sorri e após se despedir deixa o quarto apenas iluminado com a luz do exterior do edifício.

"Ainda não me respondeste..." sigo impaciente e assustada com medo de que algo lhe tenha acontecido.

"Ele está ali." ela desvia o seu olhar do meu e eu sigo-o. Um sorriso é formado nos meus lábios e ele sorri de volta. As saudades que eu tinha de olhar para aqueles olhos.

"Eu vou deixar-vos até porque o Niall já deve estar à minha espera." ela despede-se com um beijo na minha bochecha.

"Como estás?" ele pergunta enquanto de senta na cadeira ao meu lado.

"Bem agora. Finalmente estás aqui comigo."

"Desculpa." ele paga na minha mão.

"Desculpa, mas porquê? O que aconteceu?"

"Não cheguei a tempo, desculpa." ele culpa-se.

"Mas a culpa não é tua meu amor, eu escolhi ir. A culpa é completamente minha." aperto mais a sua mão mas não tanto devido às dores do meu braço."

"Eu sinto-me culpado e nao há nada que possas dizer ou fazer."

"O que lhe aconteceu?" questiono.

"Ele fugiu e não deixou qualquer tipo se marca para que o possamos encontrar."

"Eu tenho medo, ele vai voltar." o meu corpo reage começa a tremer.

"Eu estou aqui. Agora eu estou contigo e não te vou largar por um minuto sequer."

"Qual era o objetivo dele?"

"Não sei amor. Mas não conseguiu concretizar o seu desejo, ainda bem."

"Tenho medo e se ele volta?"

"Outra vez essa pergunta nao, ele fugiu e eu vou estar sempre ao teu lado para te proteger. Esquece isso." o seu olhar desce até aos meus lábios. Ele quer-me beijar, eu sei disso, mas não sei se me sinto preparada para voltar a ser tocada por um homem novamente. Não depois do que aconteceu nos últimos meses.
Ele tenta aproximar-se e quando chega perto de mim eu viro a cara para o lado oposto à dele. Sinto que o magoei com este gesto mas nem ele mesmo se sentiria preparado.

"Desculpa." murmuro.

"Tudo bem, eu vou lá fora apanhar ar. A polícia está aqui à porta para que nada te aconteça." sussura baixinho perto da minha testa. Eu fecho os olhos após ele abandonar o quarto.

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Ela não morreu, por agora acho. Muahahah

Returning into the Past || z.m [P. Sequel]Onde histórias criam vida. Descubra agora