"Eu não consigo estar aqui." murmuro a Sophia. "Não enquanto eles... Como ele tem coragem de bejar a outra à minha frente."
"Não me acredito que ele goste mesmo dela. Por amor de deus Ariel, ele não pára de olhar para ti." desvio o meu olhar para ele. "É óbvio que ele ainda não te esqueceu."
"Não gosta, se gostasse não me tinha abandonado quando estava no hospital, quando eu precisava de apoio. Ele não aguentou uma rejeição, só faltava isso para ele ir procurar outra." relembro.
"Mas não sabes o que ele fez, o desespero que ele sentiu para te encontrar. Eu acordava e via-o sempre com o telemóvel e a tentar ligar para o teu número."
"Agora estás a defende-lo?" olho-a.
"Estou a dizer a verdade.""Ele abandonou-me."
"Por um lado tu também." a minha boca cai após a sua 'boca'.
"O quê?"
"E-eu não queria dizer isto... Eu..."
"Mas disseste, e tu eras a última pessoa de quem eu esperava ouvir isso." admito e levanto-me preparando-me para ir embora.
"Ariel, tu não podes andar por ai sozinha." avisa ela.
"Eu não quero saber, sabes que mais? Mais valia não teres ficado comigo no hospital. Aguentei tudo sozinha e por mais uns tempos não iria morrer." aumento o meu tom de voz.
Ainda estava incrédula com o que ela tivera dito, nunca em todo este tempo todo eu imaginaria que ela iria dizer aquelas horríveis palavras. Após sair do refeitório decido dar uma volta no exterior da faculdade e arredores, sei que é extremamente perigoso e que ele ainda está à solta mas não aguento estar num lugar fechado com duas pessoas que basicamente me 'deixaram'.
Caminho por entre a calçada já velha e sinto leves pingas caírem sobre o meu ainda frágil corpo, ótimo, é mesmo de chuva que eu estou a precisar. Já que estou com umas leggins pretas e uma t-shirt dos Bon Jovi decido começar a correr enquanto coloco a playlist do meu telemovel começar a tocar. Música e chuva é o meu mundo e as últimas e talvez únicas coisas que alguma vez, em todo o mundo, me iria julgar e atirar as coisas à cara como Sophia tivera feito.
(...)
Olho de lado para o Big Ben. Este marca as 18h e 20 minutos certos, já se passaram longas horas desde que sai da 'escola' e a vontade de la voltar é mínima fazendo-me sentar no enorme jardim presente à minha frente.
O meu novo telemóvel toca. Como é óbvio eu tive de mudar de telemóvel e de número decido ao que tivera acontecido. A polícia sabe e localiza todas as chamadas e mensagens que eu recebo, sentindo-me assim mais segura. O nome Sophia aparece na tela coberta pela película do meu telemóvel, penso em rejeitar a chamada mas ela deve estar maluca à minha procura."Sim..." murmurou após atender a chamada.
"Onde raio é que te meteste, caramba? Queres me matar de desespero e susto?" a voz dela soa muito rapidamente e o meu ouvido capta apenas o suficiente.
"Estou num jardim em frente ao Big Ben." respondo.
"E tu ainda respondes como se fosse normal." ela está mesmo chateada.
"Eu não fugi, estou só a espairecer a cabeça." tento acalmá-la.
"Volta." ela faz pausa. "Não saias daí, o Zayn está mesmo a ir para ai agora."
"Não tu não podes ter mandado aquele ser buscar-me. Eu vou pelo meu próprio pé."
"Por favor, faz isso por mim." ela pede.
"Ok..." suspiro. "Mas só porque tu pediste." consigo perceber que ela sorri com a minha resposta.
"Vamos ficar a falar até ele chegar." pede.
"Não é necessário, ele chegou agora." após uma curta troca de palavras desligo a chamada.
O carro familiar para mesmo à minha frente. Solto um suspiro e após me levantar entro no carro em silêncio sem lhe dirigir a palavra. Sinto o seu olhar em mim, mas eu mantenho a minha postura.
"Desculpa." ele pede após começar a conduzir. Como é que alguém consegue ter tanta lata! "Não vais falar comigo?" mantenho a minha boca fechada olhando para a estrada. "Tudo bem." ele não insiste.
Estamos quase a chegar à universidade e ainda bem. Não gosto de partilhar sítios fechados com pessoas idiotas.
Depois de ele dar pisca para a direita, preparo-me para sair do carro, mas o idiota não destranca o carro. O meu sangue começa a ferver e parece que vou rebentar."Abre a merda do carro." rosno sem olhar para ele.
"Não enquanto não olhares para mim." tem mesmo grande lata.
"Abre Zayn, eu quero discutir." peço ainda sem o olhar.
"Então olha-me porra!" consigo sentir a sua respiração contra o meu pescoço húmido devido ao suor. Viro a minha cara para a esquerda e os meus olhos encontram os dele.
"Já podes abrir a porta?" sussuro muito perto dos seus lábios. Engulo um seco quando ele ainda se aproxima mais.
"Eu continuo a amar-te." quando ele fecha os olhos para me beijar o meu telemóvel toca. Afasto-me rapidamente e atendo a chamada.
"Já chegaste?" a voz reconhecível de Sophia soa no outro lado da linha.
"Sim, estou a ir." desligo a chamada e saio do carro que felizmente já estava destrancado.
Ele ia-me beijar.
Ele ia-me beijar.
Ele ia-me beijar.
E a Sophia ligou-me no momento exato.
"Nunca mais faças isso." a morena abraça-me.
"Vamos dormir." peço.
"Não, vamos comer o nosso jantar reforçado porque nem eu, nem tu lanchou."
"Que te disse?"
"Não mintas..." solto uma leve risada.
"Mas eu tenho que tomar banho antes disso." ela acente.
"Eu ainda te amo." abro um sorrio quando fecho a porta da casa-de-banho.
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Votem no CAPITULO 12, POR FAVOR.
Comentem! Eu sei que gostaram deste capítulo e que começaram a odiar a Sophia ou a mim por ter interrompido o momento...
All the Love, M.
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Returning into the Past || z.m [P. Sequel]
Fanfic"Já te mandei abrir a puta das perna caralho!" Conor berra tratando-me como sua escrava sexual. "Não, para por favor." imploro pela vigésima vez. "Não volto a repetir Ariel." nego a cabeça negando. "Não abres a bem, abres a mal." ele pega na sua nav...