Brittany
Fomos de agosto a início de dezembro num piscar de olhos. Talvez os dias tenham passado rápido demais pois ao lado de Santana, ele voa e foi assim que vivemos esses meses, uma ao lado da outra. Quando o sinal batia e estávamos do lado de fora da escola, só existia nós duas.
Todas as tardes, quando meus pais não estavam em casa por conta de suas rotinas de trabalho, minha mãe médica e meu pai, xerife da cidade, eu e Santana ficávamos juntas. A primeira vez que fui em sua casa, foi considerado o primeiro dia de setembro mais feliz, e eu acabei deixando meu cachecol vermelho por lá. Foi em uma tarde, setembro estava em sua segunda semana, bem no meio dela, quarta-feira às 16hrs ela me jogou seu molho de chaves com um chaveiro de couro escrito: Foda-se o Patriarcado. Sua calça preto e uma blusa cinza com a estampa do super-homem, camisa xadrez por cima, com tênis meio cano, me tiravam o fôlego com o ar meio rebelde. - Pronta?. Ela sempre me perguntava, antes de dar a partida e ligar o rádio.
Meu coração batia tão forte quando ela abriu a porta de sua casa, o vento gelado que senti ao entrar, me fez estremecer mas me fez se sentir em casa. Seus olhos castanhos fitavam os meus azuis arregalados, captando cada detalhe do ambiente que representava a ela. Haviam algumas fotos sua quando era pequena com roupas de baseball, e óculos fundo de garrafa, tão linda, e suas trancinhas uma de cada lado. Nesse dia, Santana me contou do acidente que matou seus pais e meu coração se partiu ao segurar sua mão no final da história. Eu queria ter estado com ela quando isso aconteceu. Eu queria poder sarar todas suas feridas com o amor que sentia em mim por ela.- Que carreira pretende seguir Britt-Britt? - Eu amava quando ela dizia o meu apelido duas vezes, porque ela era a única que falava dessa forma e meu coração errava sempre uma batida quando isso acontecia.
- Quero ser escritora. - Eu amava escrever histórias, e tinha o sonho de publicar um livro de investigação criminal. A carreira do meu pai era fascinante aos meus olhos, mas não para ser a xerife da cidade, mas para escrever a história por trás dos "bastidores". Depois que conheci Santana, eu só queria escrever centenas e centenas de livros de amor.
- Vai escrever sobre o que?
- Sobre você. - Ela sorriu, não acreditando em como eu seria capaz de escrever nossa história um dia. Ou que eu não fosse capaz de escrever sobre ela.
- Falo sério, Britt...
- Eu também. Por que você não acredita?
- E o que vai escrever sobre mim?
- Que você é a mulher mais incrível que eu conheci.
- Quando você for mais velha, não vai me achar tão incrível assim. - Eu ficava triste quando Santana parecia não entender que eu a achava incrível e admirável e ninguém iria mudar isso. Será que ela não vê o quanto eu a admiro?.
- O passar dos anos não irá mudar nada dentro de mim.
- O que acha incrível em mim?
- Acho incrível a maneira como você consegue disserta sobre qualquer livro, ou artigo e a maneira como seu cérebro consegue responder qualquer pergunta literária rápido. As vezes me pergunto se você não tem um Google no cérebro.
- Não tenho - Seu sorriso voltou a iluminar o jantar. Era bom fazê-la sorrir dessa forma, descontraída e sincera.
- Mas com certeza já leu mais livros do que eu posso imaginar.
- Provavelmente, anjo. Meus pais sempre liam para mim antes de eu dormir e acabei criando o hábito, passando a ler em qualquer lugar que estivesse.
- Tá vendo como você é admirável?
- Igual a você.
Conversamos mais um pouco durante o jantar e partilhamos nossos planos futuros e fizemos alguns juntas, sobre viagens para cidades próximas andar pelas ruas. Santana tinha momentos de insegurança com relação ao amor, a forma como ela recuava em determinados assuntos, provavelmente deve ter sido enganada no passado, porém, ela nunca falava sobre o amor abertamente comigo.
Os beijos que trocamos em sua sala, no escuro, explodiram fogos de artifício por todo meu corpo. Eu o senti incendiar quando suas mãos entraram por debaixo da minha blusa e acariciaram meu abdômen. Seus dedos pareciam querer gravar suas digitais em minha pele, deixando um caminho de fogo por onde ia. Minhas mãos a puxaram mais para mim, enquanto sua boca sugava meus lábios com veemência. Nossos coração estavam disparados no peito. Senti o dela ao tocar-lhe próximo aos seios.
Eu estava nervosa, sem saber o próximo passo, apenas me sentindo como um prédio em chamas. Minha intimidade pulsava. Sua boca desceu pelo meu pescoço deixando-o avermelhado, e minha vontade era arrancar aquele casaco para que ela continuasse me tocando daquela forma como nunca ninguém fez. Eu mal conseguia respirar, sequer me lembrava como fazia isso. Aquelas mãos em minha cintura, apertando com tanta vontade, me revirando os olhos, soltei um som em forma de gemido involuntário, eu já estava fora de mim.
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All too well - Brittana
Teen FictionBrittany uma adolescente sonhadora que vive na pequena e pacata Forks junto de suas duas melhores amiga, vê seu coração louco pela professora. Dois mundos opostos estão prestes a se chocar nessa emocionante história de amor. Essa será uma fic pequen...