CAPÍTULO 12

591 58 31
                                    

Fui até no escritório do senhor Depp, Sandra trabalhava digitando em seu computador.

- Oi Sandra. - dei um leve sorriso forçado

- Oi querida! - respondeu sempre simpática e alegre - Ué? Já vai embora? - notou minha bolsa

- Bem... Não sei. O senhor Depp me chamou, sabe se posso entrar na sala dele?

- Não sei. Bata na porta.

Assenti e fiz o que ela disse. Ouvi ele me autorizando a entrar. Fitei aquele homem a minha frente usando seus óculos retrô e com semblante fechado.

- O senhor me chamou?

- Sim. Sente-se. - percebi que ainda estava desanimado

Me sentei apoiando a minha bolsa sobre o meu colo.

- Trouxe a sua carteira de trabalho?

- S-Sim. - estranhei a sua pergunta

- Cadê?

Franzi meu cenho sem entender nada, abri minha bolsa e puxei a carteira e lhe entreguei.

O gerente abriu o objeto folheando as páginas olhanado com atenção. Parou numa página, apoiou a cardeneta sobre a mesa pressionando-a bem e pegou uma caneta.

"Mas... O que ele tá fazendo? Ele não ia me madar embora?"

- Ãnn senhor Depp?

- Huh? - continuava a escrever algo em minha carteira

- Eu... Eu achei que o senhor não iria mais me contratar.

O gerente parou de escrever e me encarou.

- E pra quê eu te pedi a sua carteira? Pra mim guardar de lembrança?

- Bem é quee... - balancei minha cabeça confusa - Deixa. Esquece.

Ele voltou escrever em minha carteira ficando em silêncio, eu percebia que ele não estava bem e isso me incomodava. Ele costuma falar muito, estava sempre reclamando de tudo, estava sempre nos cobrando, sempre falando conosco em tom ríspido, grosseiro, arrogante e irônico.

Mas hoje estava calado, parecia desanimado e nem pisou na loja. Só se manteve em sua sala de escritório.

Eu não gosto de ver as pessoas chateadas ou tristes, eu sempre tento ajudá-las, mesmo elas não merecendo. É uma bendita mania que eu tenho.

- O café ficou no ponto que o senhor gosta? - tentei puxar assunto

- Uhum. - continuou encrevendo em outros papeis

- E o croissant? Não sei se o senhor gosta, continuo lhe servindo junto com o seu café?

- Não precisa mais me servir. - separou alguns papéis e me devolveu a carteira - Assine aqui nesses papeis.

Peguei a caneta assinando as folhas, eu estava sem acrefitar que eu realmente estava sendo contratada.

- Pronto Gisele. Agora você é oficialmente uma consultora de vendas da Dior.

- Poxa! - sorri contente e aliviada - Muito obrigada senhor Depp!

- Continue se empenhando nas vendas. - disse com suas costas apoiadas na cadeira

- Pode deixar senhor! E muito obrigada!

Eu olhava minha carteira assinada e não acreditava! Eu estava muito feliz! Tão feliz que não me dei conta que o gerente me encarava calado e com seu semblante dedanimado. Parecia que seus pensamentos estavam distantes.

- Senhor, desculpe a minha intromissão, mas percebi desde cedo que o senhor não está bem. Aconteceu alguma coisa?

O gerente voltou pra realidade, seu semblante fechado retornou parcialmente.

- Seu horário de trabalho acabou. Pode ir embora.

- T-Tudo bem. - levantei da cadeira - Tchau e boa tarde.

- Boa tarde.

Deixei sua sala, me despedi de Sandra e saí do escritório. Dei alguns passos no shopping e avistei ao longe a Laís ainda com seu sorriso de deboche. Mal sabia a otária que eu não fui mandada embora da empresa.

Eu tinha que estar mais preparada para os futuros ataques dela. Pra minha sorte, aparentemente o gerente não deu importância as queixas que aquela madame lhe fez. Ele deve saber muito bem os tipos de serpertes trabalhando em sua loja.

{Continua...}

Meu Novo Gerente / Johnny Depp Onde histórias criam vida. Descubra agora