Cap 2

53 18 109
                                    

A festa //2

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A festa //2

Ao seguir o olhar da filha, compreendeu o que havia acontecido.

-Minha filha! Se você continuar acreditando nessas superstições bobas, vai acabar ficando louca. É só um espelho!

- Só um espelho? São sete anos de azar, mãe!

- Isso não existe!

- Existe sim. E justo hoje... Eu me assustei com um barulho... E esbarrei no espelho. - contou Alice, não se conformando.

- Está bem. Não foi nada.

Ao se dirigir vagarosamente para a janela, Alice viu a causa de todo seu alvoroço. Uma pomba colidiu com a janela e jazia morta no gramado.

- Termine de se arrumar. O Pedro está para chegar. E acalme-se, senão você não vai curtir a festa... - recomendou sua mãe.

Alice respirou fundo e terminou de se arrumar. Pegou um pingente que guardava com muito cuidado, nele havia uma pequena pedra de quartzo branco, que segundo as lendas era para dar sorte e tirar as energias negativas. Fez algumas preces silênciosas e o pendurou no pescoço com uma correntinha de prata.

Estava começando a anoitecer quando Pedro Chegou.

- Está pronta para a festa? - perguntou ele animado, dando-lhe um beijo nos lábios.

Estava evidente que ela estava insegura e inquieta, mas ele achou melhor não tocar no assunto.

- Estou! - disse Alice de maneira pouco convincente.

Após um longo suspiro, Alice contou-lhe sobre o susto que tinha levado e o espelho quebrado. Pedro riu da situação, mas ao perceber que ela ficara aborrecida, interrompeu o riso.

- Se você continuar acreditando nessas coisas, vai acabar surtando e ficando doente. São apenas histórias...

- Mas...

Uma buzina de carro interrompeu o assunto. Bruno acabara de chegar.

- Relaxa. Vamos curtir a festa. Você verá que vai ficar tudo bem.

Alice juntou suas coisas e acompanhou Pedro em silêncio.

- Alice, está tudo bem? Você parece tensa! - perguntou Júlia, quebrando o silêncio no banco de trás.

Alice olhava para a escuridão lá fora, absorta em seus pensamentos. Virou-se para a amiga e disse baixinho:

- Estou sim. Obrigada...

Nos bancos da frente, Pedro e Bruno falavam alegremente desde que saíram de casa. O assunto do momento era futebol. Citavam nomes de jogadores, times, quem estava melhor no campeonato e para quem estavam torcendo este ano. Assunto do qual as garotas nada entendiam.

Contos da meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora