Cap 5

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A cabana

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A cabana

- Será que há mesmo alguma casa ou abrigo por aqui? - perguntou Bruno.

- Espero que sim. Já estou toda encharcada. – comentou Júlia.

De repente, Bruno parou abruptamente fazendo com que todos parassem.

- Algum problema? – perguntou Alice amedrontada, olhando à frente.

- Passou um bicho logo ali na frente. Não deu para ver o que era, mas parecia ser grande...

- Eu disse não devíamos ter saído do carro. - resmungou Alice.

Em seguida, os arbustos ao lado de onde tinham parado começaram a se mexer e ouviram um rosnado muito estranho. Os quatro se entreolharam e mesmo com a fraca luz da lanterna puderam ver as expressões de medo estampadas em seus rostos.

Alice, não conseguiu se conter. Todo o pavor que estava sentindo até aquele momento se manifestou em forma de um grito. Forte e estridente. Todos olharam para ela espantados, pois não esperavam tal reação. O som reverberou pela floresta ofuscando temporariamente até o som da chuva. O que não contavam é que quer que seja a criatura que estavam ali nos arbustos, para alívio de todos, saiu correndo floresta adentro. Ouviram galhos sendo quebrados até a chuva abafar totalmente o som.

- Corajosa, hein! - elogiou Bruno.

- Corajosa? Eu estou em pânico. Estou tremendo até agora e não consigo me controlar. - comentou Alice. - Vamos continuar antes que a criatura volte.

- Boa ideia. – concordou Pedro, retomando a frente com a lanterna em punho.

Seguiram mais alguns metros e nem sinal de abrigo. repente, Alice soltou um outro grito que assustou a De todos. Desta vez o grito era de dor e não de pavor. Quando perceberam, ela estava agachada no chão com as mãos em volta do tornozelo esquerdo.

- O que foi? - disse Pedro agachando-se a seu lado e iluminando com a lanterna para ver o que havia acontecido.

- Senti uma forte pontada e uma dor próximo ao tornozelo. Está ardendo, deve ter cortado.- disse Alice pressionando o local.

- Deixe-me ver. - pediu Pedro com a lanterna na mão.

Havia lama no local e não dava para ver direito. Com a blusa que pendia em seu ombro, Alice tentou limpar um pouco da lama e só assim puderam ver que havia sangue em meio a água suja.

- Hum! Realmente há um corte. - afirmou Pedro. que será que você se machucou?

Pedro começou a tatear em volta na tentativa de encontrar o que causara o corte em Alice.

- Encontrei! - exclamou.

Em meio ao mato rasteiro da estrada e a lama que se formara, havia uma pequena barra de ferro fincada no chão com a ponta se projetando para frente, justamente na altura de um tornozelo.

Contos da meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora