Cap 10

4 2 0
                                    

A mulher da ponte //2

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A mulher da ponte //2

- Claro. – disse Alice levantando-se com dificuldade e seguiu até a porta pulando em um pé só.

- Está escuro aí dentro. Como eu vou enxergar alguma coisa? Cadê o vaso? - perguntou Júlia não vendo nada dentro do pequeno cómodo.

- Não tem vaso, apenas um buraco no chão com certeza dá direto a uma fossa. - informou Pedro.

- O quê? Mas nem morta eu entro aí. - disse Júlia, afastando-se da porta.

- Pode entrar. Não há perigo algum. Bom, não sei o estado que se encontra as madeiras do assoalho, mas pode fazer em qualquer lugar mesmo. Não vamos ficar aqui por muito tempo. - disse Bruno ansioso para contar sua história.

- Hum! Não vou não. - disse Júlia.

Ao colocar o primeiro pé dentro do banheiro as tabuas do chão começaram a estalar. Parecia que estavam se partindo.

- Ah! Mas não entro aí mesmo! – decidiu Júlia recuando.

- Faz em qualquer canto aí mesmo. - disse Pedro apontando os cantos da cabana. - Prometemos que não vamos olhar.

- Nem pensar. Não estou louca. Vou ter que ir lá fora. - disse Júlia olhando para Alice.

- Você está brincando, não é? – perguntou Alice ficando séria. - Tem um lobo lá fora. Não dá pra segurar?

- É sério. Não vou aguentar muito tempo.

- E presumo que você queira que eu vá junto. - perguntou Alice não querendo ouvir a resposta da amiga.

- Por favor. – implorou Júlia.

- Podem ir. Aproveita que a chuva deu uma parada novamente. – disse Pedro prestando a atenção nos sons lá fora. - Se precisar eu fico na porta observando.

- Observando O quê? – perguntou Júlia rapidamente.

- Se tem algum perigo é claro. – informou Pedro.

- Ah bom! Então está bem. – concordou Júlia. - Pode ficar amiga. –disse à Alice vendo sua dificuldade em caminhar. - A menos que você queira ir?

- Não. Não. Muito obrigada.

- Pode deixar que eu vou com ela. - ofereceu Bruno. - Fique com a Alice.

Bruno pegou um pedaço de madeira, o maior que encontrou, e colocou na lareira para pegar fogo na ponta. Quando viu que estava bem aceso entregou a Júlia. Pedro abriu a porta e ficou com a vigota na mão. Junto com Bruno, olhou para fora e não viram e nem ouviram nada, exceto o barulho da água da chuva que ficara acumulada nas folhas e agora caiam. Estava um silêncio sepulcral na floresta.

- Alice. Você não quer mesmo ir? - insistiu Pedro, olhando para dentro.

-Não. Não. Estou bem. - disse Alice já sentada em frente a lareira novamente.

Contos da meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora