Cap 7

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O desafio

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O desafio

Não demorou muito e a chuva diminuiu gradativamente chegando a apenas um chuvisqueiro.
Ainda relampejava e trovejava bastante anunciando que ela não daria trégua tão cedo.

Pedro tentava ver alguma coisa pela janela, mas devido à sujeira estava difícil. Júlia tentara limpar, mas sem sucesso. Havia um silêncio inquietante dentro da cabana que era possível ouvir o crepitar da madeira no fogo e os passos ansiosos de Júlia que andava de um lado para outro fazendo a madeira do assoalho ranger.

- Estou começando a ficar preocupada com o Bruno. Já era para ele ter voltado. – disse Júlia espiando em vão pela janela e em seguida indo sentar-se ao lado de Alice junto a lareira.

- Também acho. O carro não estava tão longe assim. Parece que não andamos tanto para chegar aqui. – comentou Pedro não tirando os olhos do rumo da estrada

- Pois é... - concordou Alice olhando para seu ferimento que ainda não parara de sangrar.

Logo Pedro começou a ver uma pequena luz na estrada que sacolejava muito.

- Acho que é ele vindo ali. Tem uma luz... - comentou Pedro.

Julia levantou-se abruptamente e se aproximou para ver também.

- Deve ser ele mesmo. Que bom! – disse Júlia alegre e aliviada.

Porém, alguns segundos depois a luz desapareceu. Os dois ficaram olhando atentamente e nada de a luz aparecer novamente.

- Será que aconteceu alguma coisa com ele? Será que algum bicho o pegou? Meu Deus, o que será que aconteceu? - disse Júlia, beirando ao desespero.

- O que está acontecendo ai, gente? - perguntou alice.

- Parece que o Bruno estava chegando, lanterna dele se apagou. – informou Pedro.

Alguns segundos se passaram e nada dele aparecer.

- Acho que vou atrás para ver o que está acontecendo... - disse Pedro, saindo de perto da janela, seguindo em direção à porta.

- Mas você vai sair no escuro?-perguntou Alice. -E vai nos deixar aqui sozinhas?

- Mas o Bruno....

Nisso escutaram batidas desesperadas na porta assustando-os momentaneamente..

- Pessoal, sou eu. Deixem-me entrar.

Era o Bruno, mas havia um pavor perceptivel em sua voz. Sem demora Pedro tirou a trava deixando-o entrar. Ele entrou rapidamente, ofegante e com os olhos arregalados.

- Feche a porta, rápido. - gritou Bruno com grande esforço, pois estava praticamente sem ar.

- O que aconteceu lá fora? Por que está tão cansado? – perguntou Pedro preocupado com o estado que se encontrava o amigo.

Contos da meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora