Livro: Contos da Meia-noite - Samuel Marcos Miranda
(Capa: @raveclws)
Pedro, Alice, Julia e Bruno, decidem ir para uma festa em plena sexta-feira 13 durante a quaresma. Alice, que é super supersticiosa, já tinha notado que não era uma boa ideia, mas...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O LOBISOMEM
"Era uma sexta-feira treze e a lua cheia brilhava intensamente no céu."
- Ah! O que é isso? Tinha que começar justo assim? – interrompeu Alice.
- Assim como? Posso saber? – perguntou Júlia irritada pela interrupção.
- É que você contando desta forma, torna a história muito real, pois descreve como foi o dia de hoje. – lembrou Alice.
- Mas esta é a intenção... Posso continuar agora? – perguntou Júlia rispidamente.
- Pode sim. - respondeu Alice abaixando a cabeça.
Júlia olhou para os rapazes que apenas assistiam a discussão e os dois assentiram para que ela continuasse sem dizer uma só palavra.
"Em uma pequena cidade, havia um bosque onde muitos diziam que em noites de lua cheia podia se ver assombrações e até lobisomens andando por ali, sendo assim evitado por muitos. Durante todos os dias de lua cheia, até os caçadores evitavam caçar, pois os que teimavam eram caçados. Os poucos que sobreviviam, relatavam ver coisas estranhas assustadoras. Conhecendo tais lendas, um jovem chamado Jonas, que de maneira alguma acreditava nestas histórias que o povo contava, decidiu tirá-las a limpo. Chamou trés de seus amigos que tiveram coragem de aceitar sua proposta de passar uma noite no bosque. Além da lua estar completamente cheia, naquela noite, era uma sexta-feira treze.
Sem temer o que poderia acontecer e crente de que não haveria problema algum, os quatro partiram no meio da tarde levando os equipamentos necessários para acampar e câmeras para filmarem a aventura e possíveis assombrações. Eles pensavam em filmar algo anormal e publicar o vídeo nas redes sociais, ganhando fama e seguidores.
Entraram no bosque, encontraram uma clareira, descarregaram a caminhonete de Jonas e ali montaram o acampamento. Decidiram por não montar as barracas. Usariam apenas os sacos de dormir. Juntaram bastante lenha e acenderam uma fogueira. Colocaram uma das cimeras sobre um tripé e deixou-a filmando tudo o que eles faziam.
Ao anoitecer, viam-se poucas estrelas no céu, pois a luz da lua ofuscava o brilho delas. A lua lançava sobre o bosque uma mistura de luz e sombras que fazia pessoas comuns arrepiarem-se.
Algumas horas mais tarde, os quatro estavam sentados em volta da fogueira conversando, na maioria das vezes sobre as garotas do colégio, e nada de diferente havia acontecido ainda.
- Que tolice! Estão vendo alguma assombração por ai? – perguntou Jonas após alguns minutos de silêncio.
- Olá! Tem alguma assombração por aí? Estamos esperando. – gritou um dos amigos colocando uma das mãos ao lado da boca para direcionar o som para o bosque.
