(...)
Dias se passaram...
— Ji, eu preciso voltar pra casa... - Disse Jungkook ao receber um grande sermão da mãe.
— Uma hora eu teria que lidar com isso sozinho, né? - Disse sobre seu luto, que até então estava sendo doloroso, mas com Jungkook parecia não doer tanto.
— Mas você sabe que pode me ligar a qualquer hora, vou passar sempre por aqui, não é como se eu te abandonasse... - Disse com um bico nos lábios.
— Para de ser bobo, Jungkook... - Riu do bico alheio. — Você já fez muito por mim. - Levou a palma da mão gordinha, até o rosto magro, que estava deitado sob sua barriga, permitindo a troca de olhares mútua.
Perdido nos olhos castanhos, Jungkook se permitiu imaginar uma vida perfeita com o seu amado de fios dourados naturais. Fechou seus olhos e imaginou cada detalhe dos dois pequeninos que teria, com o nariz de botão do loiro e os seus olhos gigantes.
— No que está pensando com esse sorriso aí? - Perguntou curioso.
— Você me ama? - Perguntou sincero, agora encarando profundamente os olhos negros, que era recíproca tamanha intensidade.
— Você ainda tem dúvidas? - Arqueou a sobrancelha.
— Quero dois bebês pra gente cuidar e botar pra dormir no meu peito. - Soltou.
— Não é um pouco cedo para falarmos disso? - Disse cuidadosamente.
— Esquece.. Eu me empolguei. - Riu envergonhado do próprio pensamento. — Mas agora eu tenho que ir... - Olhou.
— Pode ir tranquilo, eu vou ficar bem... - Deixou um carinho no rosto alheio.
— Você promete que vai me ligar se sentir-se meio tristinho? - Disse preocupado.
— Prometo. - Levantou o mindinho. Logo entrelaçando-o ao do moreno, que deixou um beijinho entre os dedos, logo saiu voando para casa, era domingo.
A essa altura do campeonato, aliás, algumas semanas, Jimin saiu do estágio, trancou a faculdade e permitiu - se não fazer absolutamente nada e viver sua tristeza.
Jungkook era uma boa companhia, até me acostumei a acordar com seu cheirinho, seria legal se tivéssemos nossa casinha. Mas isso tudo não era o suficiente, desenvolvi pânico, meio contraditório talvez, um estudante de psicologia não saber lidar com as próprias emoções, mas isso só reforça o fato de quem cuida, também precisa ser cuidado.
Na verdade estou lidando muito bem, o primeiro passo de tudo é aceitar a situação, é difícil, mas estou conseguindo digerir melhor, isso não significa que não doa. Bem, agora eu estava sozinho, depois de muito tempo, isso me causava uma certa ansiedade, mas decidi fazer diferente hoje.
Comecei arrumando meu guarda roupas, o último mês do ano estava as portas, havia muitas campanhas de doações nessa época, me lembro bem do orfanato.
(...)
– Jungkook, você tem algo para nos dizer? - Disse a mulher, com um tom grosseiro sob a mesa do almoço.
– Não, mãe... - Ergueu a sobrancelha. – Por quê está me perguntado isso? - Eu sabia o motivo.
– Faz quantos dias mesmo, que não volta para a casa? - Fingiu pensar. – Três semanas, né?
— Mãe, eu já disse que estava ajudando um amigo.. -Tirou seu casaco.
— Você não é terapeuta! Anda, desembucha. - Desconfiava de algo, mas se recusava a aceitar.
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Akai Ito | JJK + PJM
ФанфикTudo acontece em um orfanato, onde abrigava trinta e oito meninos, sendo eles Jeon Jungkook, recém chegado, há 5 anos atrás, carregando a dor de pais mortos e a rejeição de todo seu parentesco, os anos foram passando e ninguém nem se quer olhava par...