O Proibido (Yoonjin)

5

   Namjoon tinha um turbilhão na cabeça, antes mesmo de SeokJin estar ali jantando, mas depois de ver quem ele tanto almejou, os problemas pareciam ter triplicado.
    Suas mãos trêmulas mostravam que ele sentia mais do que demonstrava. Pavimentou o próprio caminho para chegar no outro, mas agora, parecia que Seokjin estava inalcançável, como sempre foi.

    Queria que Taehyung disse algo, mas ele não sabia quem era SeokJin, e se soubesse faria o possível para mantê-lo afastado, pois Taehyung era bom como o "pai", mas Namjoon não.
   Namjoon puxaria quem pudesse para o meio daquela loucura. Jimin foi uma das pessoas que acarabaram no meio.

    Jimin criava os problemas, criava os problemas porque queria que Namjoon desistisse dele. Mas Namjoon não cederia, não abriria mão de Jimin, não abriria mão de nada.

    Mesmo tendo o coração confuso de alguma forma, o coração que aquecia toda vez que o maior lhe tocava no meio da noite, ou lhe procurava porque não conseguia dormir devido os problemas reais, mesmo que o amasse, Jimin estava cansado. Aquele homem nunca seria seu.

     E assim eles levavam como se tudo fosse normal, enquanto Jimin dava tudo de si, esperando reconhecimento e se transbordando de Namjoon, o Kim, tinha tudo para si, mas sua cabeça transbordava Jin.

     Naquela mesma noite, antes do jantar, Jimin invadiu os aposentos de Namjoon com tudo, enquanto pedia a própria demissão. Aquilo não era um trabalho, mas era uma farsa. Então o rei apenas pediu privacidade para os presentes e foi deixado à sós com o pequeno jovem.

- Demissão? - riu desacreditado - Mas você não trabalha para mim!

  Jimin sabia daquilo, mas precisava de um pretexto.

- Eu quero ir embora! - Jimin foi firme.

- E você vai para onde?

    Essa sempre seria a carta de Namjoon, Jimin não tinha nada, nem parentes e muito menos conhecidos que se importassem.

- Não é algo que te interesse, não é como se você fosse atrás de mim. - Impassível - O lance é que eu estou de saco cheio disso aqui.

    Namjoon parecia achar graça de toda a situação, como Jimin iria embora? Como ele tinha a coragem de falar aquilo?

- Se você quer tanto ir embora, era só ter ido. - simples.

- Não brinque comigo majestade, não mais do que já faz. - estava visivelmente irritado - Você sabe que não é assim, porque até você já me disse isso, abra mão, porque eu já abri.

    E saiu.

    Se esse tivesse sido o único problema da noite, Namjoon poderia se considerar sortudo. Mas aquela noite houve um padrão, Jimin foi o primeiro, Yoongi o segundo, aparecendo de forma misteriosa depois de meses. E por último SeokJin, á quem ele dedicou palavras inicialmente vazias e no final todas verdadeiras.

    Mais uma pessoa à quem o rei Kim devia desculpas.

    Se levantou derrotado por não conseguir dormir, não sem o corpo pequeno junto ao seu. Andou um pouco perdido pelos corredores, sem nenhum daqueles homens atrás de si, e foi em direção aos aposentos de Jimin.

   Deu leves toques, e viu uma hesitação para abrir. Mas não demorou muito.

- Desculpa, você deveria estar dormindo, mas eu não consegui pegar no sono. - tinha os olhos mirados para o chão.

    Jimin o puxou pelo braço e o pôs para dentro, fechou a porta e se ajeitou novamente para dormir.

    Viu Namjoon seguir os mesmos passos e tomar o lugar ao seu lado. Jimin virando de costas para Namjoon, tinha a respiração leve e o coração pesado.

- Desculpa por fazer isso, desculpa te magoar assim. - Namjoon disse depois de um longo tempo de silêncio. - Desculpa fingir que não vejo tudo isso, desculpa te machucar.

    Jimin tinha uma lagrima, logo seu rosto estaria molhado.

- Então, porque continua? - Virou para encarar o Kim - Mesmo que não queira corresponder, mesmo que não seja meu porra! Por que você não me deixa livre?

    Ele estava desmoronando.

- Porque você, você é meu! - Namjoon segurou o rosto alheio e começou a secar as lágrimas - Desde a primeira vez, você é somente meu!

   Jimin queria que fosse mentira, mas era a mais pura verdade, mesmo que protestasse ou pedisse aos céus, ou até mesmos à lua. Era verdade.

    Ele pertencia a Kim Namjoon, ao rei Kim Namjoon. Mesmo que aquele homem não lhe pertencesse.