Capítulo 3 - Perder ele é a pior coisa que pode me acontecer.

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Ponto de vista de Christopher Bang.

Pela manhã, depois de pelo menos quatro minutos parado olhando para parede, fugi do quarto que descobri ser de um dos meus colegas de classe. Não pensei muito, apenas vesti minha calça, os tênis e meu casaco — já que minha blusa cobria Myieon — o mais rápido que pude enquanto ignorava os murmúrios desconexos da mesma. 

Quando cheguei do lado de fora senti tudo girar. Tudo em minha volta parecia desfocado e eu sequer conseguia raciocinar qual seria meu próximo passo. 

Estava tão frio que em segundos meus lábios estavam rachados e congelados, assim como toda minha linha de raciocínio. Foi assim que quase fui atropelado por um caminhão de viagem, mas antes que tal coisa pudesse acontecer, Miyeon estava me puxando para a calçada e pedindo para que eu me acalmasse. 

Miyeon me olhou com um meio sorriso na boca rachada. 

— Vem, vamos entrar. 

Grunhi, puxando minha mão da sua. — Não…

— Chris, aqui está realmente frio. — Ela ditou em reprovação. — Vamos, sou sua Noona, escute-me e entre comigo. 

— Não! 

Myieon deu um meio sorriso sem graça e suspirou. Algo em sua expressão quase me fez vacilar, mas quis gritar ao visualizar minha blusa em seu corpo. 

— Chris, nós deveríamos conversar e- 

— Não! — A cortei de imediato. — Eu preciso ir para casa, preciso ver ele

— Eu sei, e você vai. Mas antes deveríamos conversar sobre nossa noite e o que fizemos. Sobre Jeongin também. 

Ri em escárnio. — Nossa noite? 

Minha cabeça girava, sentia tudo que havia ingerido na madrugada anterior voltar a minha garganta em ânsia. Meu celular vibrou no meu bolso e minhas mãos tremeram. 

— Chris…

— Eu disse, Myieon. Disse há muito tempos atrás que tudo que tivemos não significou nada para mim. — Cuspi as palavras de uma vez. Eu nem sabia o que estava falando, mas precisava fazê-lo antes que perdesse todas as esperanças. — O que aconteceu ontem, se é que aconteceu, não significou nada. Não sei que tipo de oportunidade você achou que surgiu, mas esqueça. 

Ela pareceu ofendida por segundos, antes de soltar uma risada amarga. 

— Eu sei. — Ela suspirou. — Realmente, não significou nada. Mas você precisa mesmo me escutar. 

— Eu não quero, porra! — Exclamei exausto. — Não conte ao Jeongin, se contar a ele… — Minha voz perdeu as forças, lágrimas pesadas se formavam em meus olhos. — Só… Fique longe. De mim. Dele. Apenas fique longe. 

(...)

Tive esperanças que a água gelada do chuveiro levasse embora todas as minhas inseguranças. Mas percebi no segundo seguinte que aquilo não aconteceria. Então, vesti-me da maneira mais confortável que pude rumei de encontro a Jisung na cafeteria mais famosa do Campus. 

Desfalecendo | ChanJeongOnde histórias criam vida. Descubra agora