Desfalecendo | ChanJeong

Capítulo Um - Porque eu te amo até o infinito.

Por favor, leiam as notas finais.

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Tem coisas que nos desmontam, não?

PONTO DE VISTA DE YANG JEONGIN. 

─ Isso é um pedido de casamento, meu Deus! 

Seungmin, que até então mudava os canais da televisão, olhou-me com uma de suas expressões entediadas enquanto erguia sua sobrancelha esquerda. 

─ Duh…? ─ Meu amigo estalou a língua no céu da boca. 

De repente, eu comecei a sentir meu coração acelerar. Era um claro sinal de desespero, mesmo que a situação não fosse feita para se desesperar ou algo do tipo. 

─ Você sabia? ─ Perguntei desacreditado. 

Seungmin balançou os ombros enquanto ria para mim, e eu resmunguei.

Era isso. 

Um pedido de casamento. 

Caramba. 

Ontem, na parte da noite, sai para comer algo com meu namorado e acabamos por parar na lanchonete da faculdade mesmo. Pedi um hambúrguer para mim e para Seungmin, que havia resolvido ficar no dormitório para ─ segundo ele, não segurar vela ─ e comi meu lanche de forma calma, na companhia agradável do meu namorado. 

Mesmo que por vezes eu tivesse notado meu companheiro um pouco inquieto. Ele olhava de segundo em segundo para cada mordida que eu dava em meu lanche. E, apesar de achar isso um pouco estranho, não me importei tanto assim. 

No final da noite, tive que lidar com meu namorado desanimado, despedindo-se de mim com um leve selinho sem graça alguma. 

E se eu fosse um pouco mais atento, teria entendido a situação no momento em que Seungmin disse que eu havia trocado nossos lanches e que ele não comeria comida com acessórios pessoais. Mas eu não me importei muito, apenas balancei os ombros em desinteresse e descansei meu corpo em minha cama, tentando convencer minha cabeça teimosa de que o comportamento do meu namorado era apenas o cansaço da semana corrida. 

Mas não era. E eu devia saber disso. 

Pela manhã, quando fui checar o que havia de tão estranho no hambúrguer para que Seungmin não o aceitasse, eu achei uma aliança. Sim, uma aliança pouco fina, prateada e com pequenas pedrinhas. Eu estava pronto para concordar com meu amigo que era um absurdo deixarem acessórios pessoais caírem na comida, mas eu consegui ver as datas cravadas na parte de dentro do anel. 

Era a data em que havia conhecido meu primeiro amor. 

E só isso bastava para que todas as dúvidas em minha cabeça fossem esclarecidas. 

─ Seungmin, ele tá me pedindo em casamento, e agora? ─ Eu me inclinei para apertar seu braço. Agora eu estava três vezes mais desesperado e por cima disso, chocado. ─ Casamento, ai meu Deus! 

Seungmin riu e eu choraminguei jogando meus braços sobre seus ombros. 

─ Fica calmo, sério. ─ Resmungou afagando meus cabelos. ─ Se você sentir que não é a hora é só dizer não. Ele ama você, não vai te largar por isso.