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Sendo um homem que cresceu num trailer, percorrendo países, mas sempre convivendo com pessoas que queriam um pouco de paz e tranquilidade, me acostumar a viver na Flórida tem sido um desafio

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Sendo um homem que cresceu num trailer, percorrendo países, mas sempre convivendo com pessoas que queriam um pouco de paz e tranquilidade, me acostumar a viver na Flórida tem sido um desafio. Por aqui as pessoas não param. Estão sempre correndo, focadas na ascensão social e financeira, esbarrando uns nos outros sem nem se darem conta.

Mas, há algo aqui que eu adoro: as mulheres. Altas, baixas, magras ou com curvas, loiras, morenas, ruivas. Elas me encantam. E parecem gostar de ouvir alguém falando em espanhol em seus ouvidos.

Audrey não é diferente.

— Você fica tão gostoso quando fala em espanhol. — ela ronrona, estremecendo quando beijo seu pescoço e mordisco sua orelha. — Valeu a pena ter gastado uma pequena fortuna para conhecer a comida de Maximiliano Enamorado. E ser a comida dele, também.

Eu não costumo me envolver com as hóspedes do hotel. Não há exatamente uma política de não confraternização, mas sei que isso pode acabar mal. E se há algo que valorizo, é o meu trabalho.

Mas, Audrey não é uma hóspede. Ela queria comemorar o término do seu MBA e decidiu jantar num dos restaurantes mais caros da Flórida, então, foi ao La Cabaña, e gostou tanto da refeição, que pediu para cumprimentar o chef - eu. Não sei o que houve com as amigas depois disso, mas Audrey ficou no bar do hotel até o meu expediente acabar. Conversamos, houve interesse mútuo e agora estamos nos despedindo numa manhã ensolarada depois de uma rodada incrível de sexo matinal e um café da manhã fenomenal.

— Foi incrível, Drey. — digo honestamente, acompanhando-a até o Uber.

— O que acha de nos encontrarmos de novo quando eu voltar à cidade? — sugere com um sorriso insinuante, passando o indicador pelo meu peitoral coberto por uma camisa.

Um Maserati passa por nós, estacionando lentamente na frente do Uber. Dou um beijo rápido em Audrey, ajudando-a a entrar no carro.

— Me mande uma mensagem quando estiver de volta, sim?

Fecho a porta antes que ela responda, dando duas batidas na lataria do carro. Os motoristas daqui parecem não gostar muito disso, mas o que eu posso fazer? É um velho hábito.

Observo a mulher deslumbrante tirar os óculos escuros do rosto, e juro por Deus, um ano depois e ainda não superei o fato de nunca conseguir levá-la para a cama.

Aster Sutterfield é uma mulher muito bonita. Extravagante, angelical, linda. Não tenho muito costume de me envolver com mulher com cabelos curtos, mas não chega a ser uma preferência. Apenas acontece. E, definitivamente, ela me deixou muito tentado desde o momento em que derramou café em nós dois, deixando-nos ensopados. Depois de me recuperar do choque, só consegui pensar em como ela ficava bem com o vestido justo e branco moldando com perfeição os seios e mamilos rígidos.

Então, minutos depois, ela bateu no carro da minha irmã enquanto dava ré. O estacionamento era estreito e Aster parecia apavorada quando fui ver o que tinha acontecido. Decidi não falar muito porque não sabia, sei lá, se ela poderia ter um ataque de nervos. As pessoas daqui são agitadas demais, então era possível que isso acontecesse.

Todo cafajeste terá seu fim - Livro único (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora