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Atualmente

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Atualmente.

Desejo um cara que idolatre o meu corpo, seja ótimo no sexo e faça com que eu me sinta uma deusa. Que aceite meus horários loucos no trabalho e não fuja caso eu o machuque sem querer. Que me aceite pelo que sou. Por dentro e por fora. E que, de verdade, não tente me mudar. Se ele puder ser mais alto do que eu, cabelos escuros com alguns fios grisalhos, olhos tão escuros quanto obsidiana, um corpo de fazer nosso útero chorar e um sorriso de derreter calcinhas, também seria legal. Acho que é só isso.

— Mas, não pode trabalhar comigo. — completo o pedido em voz alta e, com os olhos fechados, inspiro fundo e assopro a vela perfeitamente posicionada no cupcake.

— Bruta. — com uma risada, Cass se apressa para tirar a vela de cima do bolinho, provavelmente porque assoprei com muita força.

Minhas irmãs começam a cantar - mais uma vez e mais desafinado do que há alguns minutos - uma versão esquisita de parabéns para você. O plano era almoçar sozinha, no conforto do meu escritório, mas as najas não pareciam querer o mesmo, porque invadiram o hotel e me tiraram de lá à força antes que eu cogitasse fugir.

Sem nenhuma delicadeza, enfio um dedo na cobertura, com um largo sorriso. Trinta e cinco anos, uma vice-presidência, um noivado fracassado e um tesão descomunal por um sócio-barra-funcionário. Nada mal.

— E então, quais os planos para hoje? — Daisy me pergunta, animada.

Olho para as quatro, arqueando uma sobrancelha. A resposta não é óbvia? É terça-feira.

— Trabalhar. — digo antes de enfiar um pedaço do cupcake na boca. Normalmente eu não faria isso, mas estamos em família, então a etiqueta pode ir para o inferno. Quando as quatro começam a protestar ao mesmo tempo, continuo: — É meio de semana e o Autumn...

— O Autumn está em boas mãos, Aster. — Daisy me corta, estreitando os olhos. — Temos fechado ótimos contratos e o Ronan disse que não tem problema você tirar o dia de folga.

— Você falou com o Ronan sobre isso? — sinto meus olhos se arregalando. — Com o nosso chefe? O cara que eu quero provar que mereço uma sociedade?

— Qual é, naja, você precisa relaxar um pouco. — Iris, a terceira Sutter, e de longe a irmã que tenho mais proximidade, decide se intrometer. — Ano passado você furou com a gente por causa do hotel.

— A gente entende que aquele lugar é importante, mas sentimos a sua falta. — Cass, a primogênita e modelo, cruza elegantemente as pernas. — Iris mora com você e mal tem te visto.

Meus olhos ricocheteiam na direção de Iris, a traíra.

— Iris!

— Até meus filhos sentem sua falta. — Cass decide colocar meus sobrinhos no meio, porque ela sabe que aquelas crianças são o meu ponto fraco. — Todo dia me perguntam quando vão ver a tia Aster. Você sabe que é a favorita deles.

Todo cafajeste terá seu fim - Livro único (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora