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Eu tenho uma vasta lista de encontros ruins

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Eu tenho uma vasta lista de encontros ruins.

Por exemplo, enquanto eu tentava espremer um limão na minha água, de alguma forma bizarra, consegui borrifar o líquido direto nos olhos de Robert Connell. Quando ele apontou o que eu tinha feito, entrei em pânico, o que me fez espremer com mais força. Resultado: a fruta escapou da minha mão e foi direto no rosto dele. Nada de segundo encontro com Rob.

No meu encontro com George Fendley, eu caí da escada quando fui cumprimentá-lo, o que causou um beijo na boca ao invés de ter sido na bochecha. Como se não bastasse, as mesas ficaram próximas uma da outra no restaurante, então enquanto estávamos sentados, acabei derrubando um prato na mesa ao nosso lado.

Essas nem são as piores histórias, mas não consigo deixar de pensar nelas enquanto encaro Declan Gowler. Ele é modelo, assim como Cass, e sugeriu que nos encontrássemos num bar perto da casa dele - e consequentemente, longe da minha. O problema é que o bar é de esportes, e o cara só me trouxe aqui para continuar assistindo algum jogo estúpido de futebol americano.

O lugar está repleto de homens suados, escandalosos e bêbados. Esse encontro é a definição de catástrofe. Pelo menos dessa vez a culpa não foi minha. Viva!

Eu não me incomodaria de vir, na realidade. Mas gostaria, no mínimo, que Declan demonstrasse algum interesse. A cada tentativa minha de começar uma conversa, recebi um "arrã", "é", "psiu, o Jones precisa de silêncio para conseguir marcar o touchdown".

Pego o celular, mandando uma mensagem para Cass, a cupido mais sem noção que já conheci.

Aster: Da próxima vez que você tentar bancar a cupido, me faça o favor: não tente.

Aster: O cara é um idiota e achou que era uma boa me trazer para um bar de esportes. Ele nem deve se lembrar do meu nome.

Com um suspiro cansado, volto a assistir ao jogo, tentando entender o que está acontecendo ali.

— Se você não gostou do encontro, então para que veio?

A pergunta me faz erguer a cabeça e olhar para Declan. Ele está com o celular na mão, mas a atenção está em mim. E não parece muito feliz.

— Perdão?

Quando ele estende o celular para mim, quero enfiar a minha cara num buraco. Como a iluminação daqui está péssima e meus olhos estão irritados, mandei a mensagem para a primeira conversa que vi, supondo ser a de Cass, já que ela tinha pedido detalhes sórdidos.

Merda.

— E então? — ele me pressiona quando passo mais tempo calada do que o que seria educado. Mas, o cara me convida para sair e nem finge estar interessado em me conhecer?

— Desculpa, Declan, mas essa é a sua definição de encontro? — pergunto, olhando para os lados.

— Por que não seria? Tem cerveja, bacon, jogo e uma mulher que vai para a cama comigo no fim da noite.

Todo cafajeste terá seu fim - Livro único (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora