The Contract •Billie Eilish• |G!p|

2| The welcome back party

Hey, como estão?

Eu sei que falei que ia atualizar terças e sextas, mas... É isso, é a vida. Vou mudar para terça e quinta (por enquanto)

Beijinhos, boa leitura. Espero que gostem, amo vocês

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— Meu nome é Billie Eilish, eu tenho vinte e cinco anos e estou sóbria há cem dias —

— Oi, Billie! — as pessoas ali me cumprimentam.

— Então, Billie... Hoje você irá para casa! Quero saber o que espera do mundo lá fora, se está com medo, e o que sente mais saudades? — a psicóloga pergunta.

Eu penso um pouco na minha resposta, sem saber ao certo como dizer que a minha maior vontade é transar.

Tinham pessoas de várias idades naquela roda, e mesmo que muito deles já estivessem familiarizados com o meu jeito, não poderia falar isso tão diretamente.

Eu sei que se eu dissesse isso, dona Mercedes, uma senhorinha cubana que dormia abaixo da minha beliche e estava do meu lado agora, me bateria.

— Bem... — solto o ar da boca — Estou com um pouco de medo do mundo lá fora. Não fico longe do álcool, e das drogas desde os meus dezessete anos. Sei que posso ter recaídas, e mesmo que eu ame vocês... — aponto para o pessoal — Não quero voltar aqui, cara —

Todos riem de minhas falas.

Nunca consumi nada pesado como heroína e crack, mas a quantidade de maconha que eu fumava dava pra deixar um país inteiro chapado.

Também tinham as bebidas em excesso, e a cocaína usada apenas em festas. Isso era uma droga. Literalmente.

— Okay, brincadeiras a parte — continuo meu discurso — Sei que muitos estão chegando hoje, muitos estão completando dez dias, um dia, um mês... Quero dizer para comemorarem cada vitória. Cada dia que estão longe das drogas. Comemorem muito, porque cada conquista é válida. Eu pensei que nunca iria conseguir me limpar de novo, pensei que morreria uma viciada e aqui estou eu. Não é fácil, mas agora eu sei, que existe outro caminho. Agora eu sei que consigo —

Fui sincera.

Nunca fui tão sincera na minha vida.

Assim que a reunião de grupo acabou, eu fui até meu quarto, onde minhas malas já estavam arrumadas. Ontem eu recebi a incrível notícia de que iria para casa, e eu fiquei tão ansiosa que arrumei toda a minha mala ontem mesmo, e não consegui dormir.

Até sonhei que já estava lá fora, nos palcos, cantando com os True Blue, enquanto nossos fãs gritavam nossos nomes e nos jogavam calcinhas.

Pensei que acordaria frustada por ser só um sonho, mas acordei ainda mais ansiosa.

E então... Minha animação se foi, ao lembrar de Evelynn, e do nosso namoro de mentira.

Nosso contrato também começaria logo, e isso é um saco. Como eu odeio aquela paparazzi!

Sei que Lynn tem razão, e eu entrei para o mundo da música já sabendo que pessoas como ela existiam. Mas ela não me dava paz um minuto sequer.

Começou com uma simples roupa vazada. Depois ela me esperava em porta de motel, tirava fotos comprometedoras e mentirosas, e vendia para a amiguinha dela.

— Lynn você é insuportável — murmuro.

— Eu não sou a Lynn, e muito menos insuportável. Tenha respeito, menina — Dona Mercedes me deu um susto, e eu quase deixo as malas caírem no chão.