The Contract •Billie Eilish• |G!p|

27| The end of the contract

Heyyy, como estão? Como foi o fim de semana?

Esse capítulo cita o transtorno alimentar da Lynn, então, se isso for gatilho para você de alguma forma, tome cuidado

Beijos, amo vocês

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— Tem certeza que é isso o que quer? — Taylor perguntou pela sexta ou sétima vez só naquele dia, me fazendo rolar os olhos.

— É só isso que você tem a dizer? — respondi sua pergunta com outra pergunta, perdendo completamente a paciência — Porque eu paguei por essa consulta e tudo que você tem me falado é: "tem certeza que é isso o que quer?" Não, porra! Eu não tenho certeza e se eu tivesse certeza, se eu soubesse os caminhos que eu preciso seguir, eu não estaria fazendo terapia — fui um pouco grossa cruzando os braços.

Mas não é exatamente culpa minha.

Eu finalmente tenho dinheiro para pagar minha terapia. Mas tudo o que meu psicológico, o senhor Nick Taylor faz é perguntar se eu tenho certeza das minhas decisões, além de ficar me ouvindo falar dos meus problemas por uma hora.

Sei que o trabalho dele é me ouvir, mas... É só isso?

Os meus problemas não se resolveram como eu pensei que seriam.

— O que você quer que eu faça? — ele perguntou. Ainda calmo, mesmo depois de eu ter surtado.

— Eu... Eu não sei! Me aconselha, me ajude a resolver meus problemas, diz o que eu tenho que fazer — Nick tirou os óculos de graus, deixando o caderno de lado.

— É isso o que você quer que eu faça? — eu não respondi, dando de ombros — Por que exatamente está aqui? Por que está fazendo terapia? Vir aqui duas vezes por semana por uma hora não vai resolver todos os seus problemas como acha que vai. Não é assim que funciona e você sabe disso — sua voz suave e tão calma não é o suficiente para me acalmar.

Ele não se abala com minhas falas e com a forma que eu estou lhe tratando, pelo o contrário, ele ao menos parece mudar o roteiro. Como se ele soubesse exatamente o que falar e quando falar.

— Por que está aqui, Evelynn? Não precisa responder agora se não quis... —

— Eu só pensei que... — o interrompi, suspirando — Eu não sei... desde que eu era uma criança as pessoas sempre me falaram que eu precisava de terapia. Eu fiz algumas quando era criança, mas não é a mesma coisa. Eu pensei que de alguma forma, isso fosse mudar o rumo da minha vida, não sei —

— Por que você está aqui? — ele repetiu a pergunta.

Eu fiquei em silêncio, observando o homem na minha frente e pensando na minha resposta.

Eu sei o porquê de eu estar ali, mas eu sempre pensava muito bem antes de dar minhas respostas, porque eu não queria que ele me julgasse.

— Eu quero me tornar alguém melhor. Eu quero que a Billie olhe para mim e veja uma pessoa saudável sem traumas do passado — me sentei melhor na poltrona macia — A Billie... Ela se livrou do vício, se tornou alguém tão madura e eu tenho medo de que eu não seja madura o suficiente para estar com ela —

Billie era uma mulher responsável bem sucedida e saudável. Que aturava um chefe otário por amor ao que fazia.

Eu sou uma artista que já foi falida e que vive com depressão, ansiedade e transtorno alimentar.

É impossível não pensar que eu não estou nem um pouco no nível dela.

— Tem certeza que é isso o que quer? — Nick Taylor repetiu, me fazendo rolar os olhos.