Capítulo 5

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Oi, amores! Como vocês estão? Gostando da história? Hoje, enfim, veremos o reencontro de Cristal e Chicão, desejo que gostem do capítulo, ao final da leitura, me contem o que acharam nos comentários, vou adorar saber! Boa leitura e feliz Natal!

Renata R. Corrêa


Capítulo 5

Cristal


Assim que chegamos à fazenda, mamãe contou que seu Tonho foi levado às pressas para o hospital.

— Chicão que os levou — ela nos informou, agitada. — Helena me mandou uma mensagem quando a cirurgia terminou, isso deve ter meia hora. Precisaram colocar o marcapasso.

— Tonho não estava mesmo nada bem, fazia dias que não conseguia trabalhar. Passei lá ontem e o achei muito ofegante. Tomara que agora consiga se recuperar. Tenho um apreço enorme por ele — papai comentou, com o semblante sério.

Dona Helena e seu Antônio moravam na propriedade muito antes de eu nascer. Os laços existentes entre nós iam além da simples relação de patrões e empregados, os considerávamos como da família.

— Então o Chicão está aqui? — meu pensamento saiu em voz alta e só me dei conta disso quando minha mãe assentiu. Estava louca para revê-lo, curiosa para saber sobre sua nova vida.

— Vamos lá agora? — meu pai chamou, despertando-me do devaneio. — Quero ver como Tonho está e oferecer ajuda, caso precisem.

Concordamos e foi o prazo de retirarmos minhas coisas do carro e partimos. No meio do caminho mamãe recebeu uma mensagem de Ravi. Segundo ela, meu irmão tinha acabado de chegar em casa e, como não encontrou ninguém, ficou preocupado.

Já era quase noite quando entramos no hospital. Enquanto meus pais se encaminharam para a sala de espera, a procura de dona Helena e Chicão, fui até o banheiro, pois na correria acabei me esquecendo e estava bastante apertada.

Conferi a aparência no espelho, meu cabelo castanho e liso preso em um rabo de cavalo bagunçado me desanimou. Tirei o elástico e soltei os fios, ajeitando-os com as mãos. Naquele momento me arrependi de não ter feito maquiagem. Minha cara lavada estava péssima, não queria que o Francisco me visse daquele jeito, depois de tantos anos sem nos encontrarmos. Passei um gloss labial que por sorte carregava na bolsa e dei uns tapinhas nas bochechas para que ficassem mais rosadas. Uma ansiedade esquisita tomou conta de mim. Tentando me acalmar, respirei fundo algumas vezes seguidas antes de deixar o banheiro.

Ainda caminhava pelo corredor quando os avistei ao longe. Meu amigo de infância, apesar do semblante apreensivo, com um vinco entre as sobrancelhas, pareceu-me ainda mais bonito do que eu vira na TV.

Apesar da situação,

— Francisco... — o nome dele escapuliu dos meus lábios ao parar à sua frente.

— Cristal. — Ele estreitou a distância entre nós, deixando sua mãe e meus pais conversando um pouco mais atrás, e de súbito me abraçou. — E não é que a menina magricela cresceu! Você já não é mais tão levinha — brincou, suspendendo-me do chão.

Achei graça do comentário dele e,

— Como está seu pai? — perguntei ao me afastar.

— Acabamos de vê-lo na UTI, graças a Deus está fora de perigo, acordado e de bom humor.

Meneei a cabeça e sorrimos, com a mesma cumplicidade de outrora.

— Você está... — falamos juntos, o que nos deixou um pouco sem jeito.

Nos laços do amor (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora