Um brechó e você

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17 de dezembro, 2021.
Oito dias para o Natal.

Henry.

— Sabe o que eu acho que deveríamos fazer? — Lizzie me perguntou, pela décima vez desde que acordou. E ela acordou quase na hora que saímos. Então em questão de porcentagem, o que eu não era muito bom, seria tipo uns 70% de tudo que ela falou. Que normalmente era seguido por ideia que eu realmente não estava a fim de fazer.

— Não. — Respondo por fim. E não era um "não sei o que você acha que devemos fazer" estava mais pra um "Não acho que deveríamos fazer."

— Vi que tá acontecendo uma feira natalina bem...

— Não. — A corto.

— Henry, não seja idiota.

— Não estou sendo, apenas disse não.

— E isso faz de você um idiota. É uma feira natalina. O que há de ruim nisso?

— Além de tudo?
Ela revira os olhos.

— Estar frio, e eu já vim comprar a árvore, os biscoitos, e tudo que você quis. Agora, quero ir pra casa. — Termino.

— Henry por favor, a árvore já estaria comprada se você não tivesse se metido nessa briga que chama de acidente. — Diz apontando para meu nariz.

— Foi um acidente! — Justifico. Ja fazia dois dias desde do incidente, meu nariz essa bem melhor, apesar de um pouco sensível.

Eu não tinha contado a Lizzie o que tinha realmente acontecido, porque eu a conhecia.  E sabia que sua cabeça ia transformar algo muito mais do que realmente era.
Por isso contar a ela que uma mulher possivelmente louca caiu em cima de mim, me fazendo bater o nariz no chão ao me usar de amortecedor não era uma opção.

Essas lembrança me faz levar a mão ao bolso do meu casaco e tocar o gorro macio que eu tinha usado no meu nariz. Eu tinha o lavado ontem, várias vezes. Mas a mancha do sangue  não tinha saído. O que era triste, Anna parecia muito bonita nela.

Não que eu achasse que ela precisava desse gorro pra ficar bonita, Ficava apenas bonito nela. O que era ridículo, porque laranja não ficava bem em ninguém. Eu tinha passado pouco tempo com ela, mas o bastante pra perceber o quão bonita era,  mesmo evitando olha-la, ela tinha uns olhos castanho quente que eram muito brilhante pra você olhar direto. Seu cabelo marrom abaixo do ombro emoldurava seu rosto.

O ruim de ser escritor era você perecer isso. Eu posso até ter feito uma anotações sobre como ela franzia a testa de uma forma fofinha quando parecia preocupada.

Eu era um escritor de romance, que incrivelmente tinha dado certo. Os clichês era um grande público. Sem contar que eu gostava, ante seu gostava de ler, e agora eu escrevia. Minhas histórias tinham crescido muito rápido. E agora eu já tinha uma série de livros publicados.

— Você divagou aí. — Lizzie diz batendo palma na frente do meu rosto. Pisco voltando a realidade. — Então nós vamos?

— Não.

— Por favor, Henry. Você quase nunca me ver, — Franzo a testa sabendo que aquilo era mentira. — E não quer nunca passar um tempo comigo. Agora que você tá livre daquela nojenta...

— Tá bom, Lizzie. — Concordo já me levantando. Eu não iria voltar a esse assunto. Deus, não mesmo. Eu preferia ir a uma feira natalina ouvir canções irritantes, comer biscoitos ruins, e comprar presentes duvidosos do que voltar nesse assunto.
Ela bate palmas animada e levanta da cadeira. Saímos da cafeteria que estávamos e ocupo o lugar do motorista.

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