𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 25

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Bᴏᴀ ʟᴇɪᴛᴜʀᴀ☕︎

Madelaine Pov

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Madelaine Pov

- Você parece cansada, Mads. — Celina disse, encarando-me enquanto tomávamos café. — Dormiu bem?

Eu a fuzilei com o olhar e logo olhei para Tia Clara que me encarava com um olhar de preocupação, minhas feições mudaram para não deixá-la aflita.

- Sim, perfeitamente bem. — Sorri para mais velha que ainda me olhava preocupada.

- Eu confesso que ouvi alguns barulhos vindos do andar de cima. Está tudo bem mesmo, minha filha. — Tia Clara, sempre carinhosa, questionou-me.

- S...sim, eu tive um pesadelo no início da noite e acordei assustada. Acabei esbarrando no abajur quando levantei, deve ter sido isso. — Disse com um sorriso falso e logo olhei para Vanessa, implorando com o olhar a ajuda dela, mas a mesma sorriu malicioso para mim.

- Você podia ter ido lá para meu quarto, Mads. Eu podia ter cuidado de você. — Disse olhando em meus olhos.

Senti meu rosto queimar com as insinuações de Vanessa, eu iria matá-la quando estivesse a primeira oportunidade.

- Eu não sei ainda o porquê de vocês não terem dormido juntas como sempre fazem. — Tia Clara falou com inocência.

- Brigamos antes de virmos, mama. Mas fizemos as pazes ontem e dormiremos juntas hoje. — Vanessa disse, dando uma piscada de olho para mim.

Voltei a comer para não participar desta conversa cheia de duplos sentidos. Celina parou de insinuações e focou-se na sua festa que aconteceria logo mais, Vanessa olhava para mim de vez em quando com aquele seu olhar que me fazia derreter, eu fingia que aquilo não me atingia e continuava comendo calmamente.

- Mama, eu e Mads iremos dar uma volta na praia, mas voltaremos para o almoço. — Nessa disse, fazendo-me despertar e encará-la. — Eu queria te mostrar como está aquela gruta que costumávamos ir. — Disse se dirigindo a mim.

- Ok, o almoço será servido ao meio dia. Felipe já terá chegado a esta hora e poderemos almoçar todos juntos. — Disse a matriarca.

Vanessa me puxou escada acima e nos trocamos rápido. Já era 9 horas e queríamos explorar o máximo possível da nossa gruta. Andamos calmamente na areia molhada, desfrutando da companhia silenciosa uma da outra.

Costumávamos ir lá em todas nossas férias no meio da tarde e ficávamos até o pôr do sol. Era o lugar que desabafávamos uma para a outra, contávamos segredos e planos. Era lá que imaginava ter coragem de beijar Vanessa pela primeira vez, que a admirava enquanto ela conversava comigo e sorria tão lindamente ao ver o sol se pondo.

Sai dos meus devaneios ao sentir sua mão segurando a minha enquanto caminhávamos na areia da praia. Ela olhou para mim e sorriu, o sorriso que eu mais amava.

- Eu sempre quis fazer isso. — Disse baixinho e podia imaginar que havia sido seu pensamento que escapou.

Quando olhei novamente para ela, suas bochechas estavam vermelhas, dando agora a certeza de que ela só queria ter pensado isso.

- Eu também. — Disse dando-lhe coragem para demonstrar seus sentimentos, estávamos só eu e ela. Não precisávamos nos esconder, ela sorriu abertamente para mim e apertou forte minha mão.

- Eu sempre fui apaixonada por você, Mads. Desde criança eu tinha uma atração, até então não compreendida, por você. Seus olhos me prendiam, meus sonhos eram todos sobre você, seus toques me arrepiavam. — Disse enquanto chegávamos perto da gruta, surpreendendo-me. — Quando começamos a crescer, eu entendi que era paixão o que eu sentia. Que o frio na barriga era só quando estava contigo, os arrepios na nuca quando você me abraçava e dizia algo ao meu ouvido, mesmo que inocente.

Paramos quando estávamos dentro da gruta e ela me puxou para sentar no seu colo de frente para ela.

- Eu acompanhei cada passo da sua vida, vi o quanto você odiou quando usava óculos de grau e aparelho nos dentes. — Eu abaixei automaticamente minha cabeça, aquela foi minha pior fase. Eu me achava horrível. — Você ficava linda com suas armações coloridas que combinavam com seus elásticos dos dentes.

- Você notou? — Disse erguendo meu rosto surpresa.

- Eu notava tudo em você, Mads. E amava cada detalhe seu. Eu achava extremamente sexy quando ajeitava os óculos a todo instante e mordia o canto da boca em sinal de nervosismo. Quando você sorria abertamente, sem vergonha de mostrar seu aparelho.

- Aquele sorriso era só seu. Só com você, eu sorria sem colocar a mão na boca. — Disse fazendo-a sorrir para mim.

- Eu tinha tanta vontade de te beijar quando você sorria daquela forma. Quando mostrava o quanto estava feliz ao meu lado. — Disse segurando minha mão. — Na verdade, eu tinha vontade de te beijar todo segundo que estava ao seu lado. Eu odiava seus namorados, tinha ciúmes deles poderem fazer aquilo que eu sonhava tanto fazer.

- Eu também tinha das suas namoradas. Elas eram sempre tão lindas, eu odiava o fato de não ter nenhuma chance de competir com elas.

- Não daria mesmo para você entrar na competição, meu amor. — Disse fazendo-me sorrir triste. — Seria injusto com as adversárias, elas não teriam chance nenhuma. No final, você sempre ganhava mesmo sem ter entrado na competição.

Sorri mordendo o lábio inferior, fazendo-a direcionar seu olhar para minha boca.

- Não faz isso, Mads. Eu tenho muito o que falar antes de atacar seus lábios e me perder no seu beijo. — Disse alisando os cabelos da minha nuca. — Agora eu não preciso mais resistir a tentação de te beijar aqui. Quantas vezes tive vontade de te calar com um beijo enquanto estávamos conversando aqui, ficava te admirando vendo o sol se pondo com esse seu olhar lindo.

- Sério? — Perguntei espantada. Ela parecia estar contando a minha história.

- Eu te amo há muito tempo, Mads. Há alguns anos meu sentimento não é só fraternal. Eu não quero mais só assistir ao seu crescimento pessoal e profissional, quero fazer parte dele. Quero poder te beijar na frente das nossas famílias, poder dormir contigo não porque somos próximas e inseparáveis, e sim por sermos um casal. — Segurou minhas duas mãos e olhou fixo em meus olhos. — Seja minha, Mads. Namora comigo e transforme este lugar, já tão especial por nós, em nosso refúgio, nosso cantinho do amor.

Eu já estava emocionada por suas palavras, por saber que ela sempre me achou linda, até mais que suas ex namoradas. Pelo seu carinho, por saber que ela sempre pensou igual a mim e nunca foi menos do que amor o que sentíamos uma pela outra.

- Claro que aceito, meu amor. — Disse a fazendo suspirar aliviada. — Eu te amo demais, Nessa. — Disse, fazendo-a se aproximar e juntar nossas bocas.

Passamos a manhã inteira rindo, nos declarando e nos amando. Eu era dela e ela minha, não tinha como estar mais feliz.

 Eu era dela e ela minha, não tinha como estar mais feliz

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𝙳𝚎𝚒𝚡𝚊 𝚊 ⭐ 𝚏𝚖𝚕.

𝐕𝐨𝐜𝐞̂ 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐞𝐧𝐜𝐞 𝐚 𝐦𝐢𝐦. - 𝑀𝑎𝑑𝑛𝑒𝑠𝑠𝑎Onde histórias criam vida. Descubra agora