𝐿𝑒𝑒𝑑𝑠, 𝑌𝑜𝑟𝑘𝑠ℎ𝑖𝑟𝑒, 𝐼𝑛𝑔𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎.
14ℎ.
-5º𝐶.
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜: 57 𝑘𝑚/ℎ𝑟.❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄
Harry adentrou a casa de Louis carregando as mochilas e as sacolas de presentes, havia sido rápido em pegar as coisas, visto as condições do tempo que estavam piorando. Tomlinson logo se aproximou, estendendo a mão para pegar as mochilas.
— Suas mãos, estão vermelhas. — O menor comentou ainda as observando, mesmo depois de ter pegado as mochilas. Então, Harry escondeu uma delas no bolso. Louis estava sendo generoso, elas estavam mais roxas do que vermelhas — Esfriou tanto assim?
— Sim, o tempo está piorando rápido demais. — Styles falou tão rápido, que sua frase saiu toda desengonçada — Acho que já vou indo, antes que fique horrível de dirigir com essa neve toda. Onde eu coloco os presentes?
— Você está de plantão hoje? — Louis fez sinal com a cabeça para que Harry o seguisse, e assim o maior o fez.
— Sim, todos da nossa unidade vão estar, na verdade. — Styles respondeu enquanto adentrava a sala ampla, completamente enfeitada para o Natal. Havia uma árvore enorme, enfeitada com pequenas renas, anjos e presentes de pelúcia. O bombeiro reconheceu os enfeites, eles haviam comprado juntos para o primeiro natal de Violet. Também havia três meias penduradas na lareira acessa, com os nomes de Louis, Violet e Charles. E em cada canto daquela sala, havia velas acessas, assim como, luzes de pisca-pisca. Era realmente encantador, Louis havia se esforçado.
— Você está levando luvas, certo? — Tomlinson parou de repente, apontando para as suas mãos — Bom, é que... qualquer coisa eu tenho aqui.
— Sim. Não se preocupe. — Harry tentou sorrir, como uma forma de tranquilizar o seu ex. Não estava entendendo o porquê de Louis estar preocupado e reparando em tudo. Talvez fosse a tempestade. — Eu deixo os presentes aqui? Você não vai esconder das crianças?
— Na verdade, acho que é melhor esconder e entregar para eles apenas amanhã de manhã. Pode me dar que eu levo lá pra cima. — O mais velho não sorriu de volta, estendendo uma mão livre. No entanto, estranhou quando Harry ainda permaneceu com mais três sacolas de presentes na mão.
— Esses são seus. — O bombeiro sorriu tímido, colocando as sacolas de baixo da árvore de natal — Pelo seu aniversário.
— Ah, não precisava. — O mais velho disse sem jeito, evitando os olhares do outro — Vou levar essas coisas lá para cima. Eu já volto.
E então, Styles estava sozinho. Mas não por muito tempo, ouviu uma risada contagiante atingir a sala e soube imediatamente que ela pertencia a Violet. Sorriu sem ao menos perceber, e foi em direção ao barulho.
O cômodo em que chegou era a cozinha. Ele nunca havia entrado na casa do seu ex-marido antes, essa era a primeira vez. Ele geralmente deixava as crianças na porta ou então, Louis as vinha pegar no seu carro. Portanto, Harry estava realmente tímido ao mesmo tempo em que queria observar cada detalhe.
— Papai, olha quem tá aqui! — Violet gritou com a sua voz fina, puxando a mão da irmã de Louis na direção do bombeiro.
— Lottie, quanto tempo! — Styles abraçou a mulher de forma calorosa, mesmo ela estando com Charles nos braços.
— Desde o Natal passado. — Ela sorriu de forma querida, mas ainda assim o maior percebeu uma pontada de pena e pesar nos seus olhos. Era a mesma forma em que todos os seus amigos e familiares passaram o olhar desde que ele anunciou que não estava mais com Louis. — Eu estava com muitas saudades.
Antes que pudesse falar qualquer coisa, Tomlinson já havia se juntado a eles na cozinha. Então, Harry se manteve quieto e olhou na direção da janela. Prestou atenção no tempo. Os galhos das árvores balançavam de forma assustadora, produzindo um som nada agradável. A neve já havia coberto tudo de branco, principalmente a estrada. Era impossível de ver a faixa que delimitada uma via da outra.
— Eu tenho que ir... — Antes que Styles completasse a frase, Violet havia se grudado em sua perna direita, estava empoleirada.
— Não, papai Hazzy! — A menina disse decidida, sendo firme no seu tom de voz, antes de começar a chorar — Não vai, por favorzinho.
O bombeiro se agachou, o coração estava tão apertado com aquela cena, que ele conseguia sentir uma dor física no seu peito.
— O papai tem que ir trabalhar, florzinha. — Harry colocou a mão gelada no queixo da filha, levantando o rosto da criança. Os olhos estavam vermelhos e não paravam de escorrer lágrimas — Lembra o que eu te contei hoje de manhã?
— O papai tem que ajudar as pessoas. — Violet falou baixinho, emburrada, ainda chorando. Styles a abraçou, acariando os seus cabelos escuros. Fechou os seus próprios olhos, para evitar que as lágrimas escorressem. Ele definitivamente odiava esses momentos.
— Isso, florzinha. Hoje vão ter pessoas que vão precisar do papai. Mas eu prometo que amanhã de noite eu venho te buscar e nós vamos passar a noite inteirinha assistindo o que você quiser, tudo bem Violet?
A menina não respondeu nada, apenas acenou a cabeça e ficou dentro do abraço de Styles, não querendo o largar. No entanto, o celular do bombeiro começou a tocar e ele foi obrigado a se desgrudar da sua filha, para atender.
Era a chefe da equipe do Corpo de Bombeiros. Harry foi até a sala para ter mais privacidade, mas a conversa foi rápida. Styles deveria chegar imediatamente na unidade, o turno começaria antes do combinado, devido a tempestade que havia se antecipado. E se ele não saísse agora de casa, não teria mais visibilidade suficiente para dirigir, de acordo com a sua chefe.
— Eu realmente tenho que ir agora. — Styles apareceu de volta na cozinha, sorrindo amarelo. Violet já não estava mais lá, assim como Charlotte e Charles. Estava apenas Louis.
O bombeiro entendeu que não se despediria do seu filho caçula, provavelmente Lottie estava distraindo Violet agora, e acabou levando o seu pequeno resmungão junto. Seu coração se apertou ainda mais, ele realmente queria dar pelo menos um beijo em Charles. Mas naquele momento, não valia a pena. Se Violet o visse novamente, choraria ainda mais e isso tornaria a sua partida dez vezes mais difícil para ambos.
— Você vai sair com esse estado? — Tomlinson apontou para a janela. Harry não precisaria nem olhar para as árvores, que pareciam que iam cair de tanto que balançavam. Conseguia compreender que o vento estava realmente forte apenas pelo barulho que ele fazia — Olhe a estrada, Harry. Está uma camada grossa de neve, não é seguro nem mesmo com os pneus de neve.
— Eu realmente tenho que ir, Louis. Antes que a situação piore. — O bombeiro deu as costas, indo em direção a saída da cozinha. No entanto, Tomlinson agarrou o seu braço levemente e instantaneamente, o maior parou.
— Antes que piore? — O mais velho repetiu, ainda segurando o braço do outro — Harry, por favor, você viu o estado que tá lá fora?
O silêncio tomou conta do ambiente, era possível apenas escutar o uivar forte dos ventos, que pareciam lobos. Então, Styles se virou, encarando pela primeira vez, os intensos olhos azuis.
— A essa altura, provavelmente, já deve ter ocorrido no mínimo três acidentes de trânsito, Louis. E quando digo acidentes, não me refiro a leves batidas porque o carro escorregou. Em uma tempestade dessas, com ventos chegando a 80 km/h, são pessoas que estão entre a vida e a morte. É o meu trabalho salvar essas pessoas e elas precisam da minha ajuda agora.
— Dessa forma, vai ser você quem vai precisar de ajuda. — Louis disse tão baixo, que saiu como um sussurro, mas Harry o escutou. Ele apertou a sua mão que envolvia o braço do cacheado, não querendo o soltar.
E pela terceira vez naquela tarde, Styles sentiu o seu coração doer profundamente. Estava tão apertado que quase conseguia o sentir comprimido sob o seu tórax. Só então notou que Violet é exatamente igualzinha a Tomlinson em despedidas.
— Eu tenho que ir, Louis. — Harry sorriu sem vontade, sentindo os seus lábios repuxados sob o seu rosto. Apenas se virou e saiu andando da cozinha e da casa do seu ex, sentindo falta da pressão aconchegante no seu braço.
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A Christmas to remember ❄ l.s
FanfictionHarry Styles e Louis Tomlinson possuíam uma história e uma família de causar inveja. Contudo, nos últimos meses haviam se separado. Ninguém sabia realmente o motivo da separação. Uma tempestade repentina acaba obrigando a família a passar o Natal ju...