tea

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"Então deixa eu tentar cuidar de você, que eu deixo pra amanhã o que eu tenho pra fazer"

– lagum

°°°

"Eu não te falei, Serkan Bolat? Eu gosto do perigo."

Lembrar da noite que tivemos me deixa ainda mais satisfeita com a ordem dos acontecimentos. Quando ele me fez gozar apenas com os seus dedos, quando entrava em mim e olhava nos meus olhos, quando eu o montei como se minha vida dependesse disso… Tudo ainda mais gostoso do que na nossa primeira vez.  Agora estou aqui, deitada na cama olhando para o homem que dorme profundamente na minha frente e pelo segundo dia seguido ele é a primeira visão que tenho ao acordar.

Mas quando não se pode fugir do mundo por muito tempo, levanto da cama com cuidado para não o acordar e vou ao banheiro. Esvaziando minha bexiga e escovando os dentes logo em seguida, volto para o quarto para tentar acordá-lo… como deveria ter sido na primeira vez que dormimos juntos.

Serkan parece ainda estar totalmente adormecido, então subo na cama novamente, me aproximando dele.

— Ei, bom dia. — Tento chamar, tocando o seu braço mas ele só solta um murmurar sem sentido.

— Serkan, já são quase meio dia. A gente precisa comer um pouco. — Tento de novo e sem sucesso.

Deixo um beijo no seu pescoço e outro no seu peito e vejo um pequeno sorriso se abrir no canto de sua boca. — A bela adormecida vai ficar fingindo estar dormindo até quando? — pergunto e seu sorriso só aumenta.

— Mmm, não sei. Acho que preciso de mais incentivo para levantar da cama. — Ele tem a audácia de dizer… safado!

— E se eu te prometer algumas mãos bobas enquanto tomamos banho? Juntos, é claro. — Isso parece finalmente convencê-lo, e ele abre os olhos e levanta da cama numa rapidez invejável.

Ele está agora completamente pelado em pé no meio do meu quarto. Seu cabelo aponta para todos os lados, numa confusão gostosa de ver. Ele fica quase fofo assim, se é que um homem desse tamanho pode ser considerado fofo.

— Você vai ficar só me checando de longe quando você pode me tocar? — Ele coloca as mãos na cintura e isso me faz gargalhar, definitivamente muito fofo e engraçado. — Eda, Eda… você precisa aprender a aproveitar mais as oportunidades da vida.

Eu não tenho tempo pra calcular seus próximos movimentos. Quando percebo ele já está me levantando da cama e me jogando no seu ombro.

— Serkan! Me coloque no chão! — Digo entre mais gargalhadas.

— Shhh! — Ele me repreende e me dá um tapa forte na bunda.  —  Você me prometeu um banho com mãos bobas e é isso que nós vamos ter. — E então me leva para o banheiro, finalmente me colocando no chão.

Apesar da promessa de mãos bobas, nós realmente só tomamos banho. Estávamos com muita fome, então nossa conversa maior parte do tempo era sobre o que comeríamos.

Visto apenas uma camisa grande e uma calcinha e ofereço um roupão para ele, já que não tenho nenhuma peça masculina para lhe emprestar.

— Eu só tenho a sua camisa preta comigo. Sabe, a que eu peguei emprestada quando saí da boate. — Falo enquanto ele me ajuda a secar o meu cabelo.

— Não faz muito sentido eu usar camisa se eu sequer tenho uma cueca limpa.

— Por mim você ficaria pelado o dia inteiro. Eu não reclamaria — Digo pra ele. 

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