caipirinha

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Uma semana,
Duas semanas,
Três semanas,
Quatro semanas…

Cada minuto que Eda e eu passamos juntos é como se já nos conhecêssemos há anos… Como se agora só estivéssemos nos reencontrando depois de um período longe um do outro e a cada novo minuto eu me sinto mais completo, mais ligado a ela.

Estamos curtindo um ao outro… hora eu passo a noite em sua casa, hora ela passa a noite comigo ou apenas dormimos escutando a voz um do outro no telefone.

Nunca me senti tão confortável com alguém como me sinto com ela, mesmo quando agora ela está a mais pura energia caótica, que poderia arrancar minha cabeça facilmente se eu deixar algo de errado acontecer.

O dia que Fifi marcou para pedir Leyla em noivado finalmente chegou, então Eda parece ter sido tomada pelo nervosismo que mais parece que ela é a noiva. Imagina quando for o seu casamento… ou nosso casamento. Mmm, guardo esse pensamento para depois porque ainda não é a hora certa. Não quando eu ainda estou uma pilha de nervos só de pensar que ainda sequer a pedi em namoro. Oficialmente, claro.

Praticamente todos à minha volta já se referem a ela como minha namorada e eu gosto disso, pra caralho, mas ao mesmo tempo esse termo parece pouco para o quanto eu estou envolvido, mas acho que seria assustador — pra ela — receber um anel agora. Quero tentar ir aos poucos, para não fazer ela fugir de mim.

Agora estou aqui no meu escritório, bem de frente para Eda, enquanto ela está concentrada em seu notebook, checando pela milésima vez os detalhes da festa do pedido de noivado que acontecerá daqui a pouco. É quente como o inferno quando ela está em seu modo executivo... pernas cruzadas, saia preta justa, camisa igualmente preta e saltos vermelho sangue. Foda-se, minha mulher é fodidamente gostosa, eu poderia facilmente curva-la na minha mesa e fode-la.

— Eda. — Chamo sua atenção.

— Uh? — Ela responde, ainda concentrada no seu notebook.

— Você é linda. — Digo.

— Claro. — Ela me diz, certamente sem prestar atenção em nada do que estou dizendo.

— Eda, vou cancelar esse evento de hoje. — Tento mudar sua reação mais uma vez.

— Ok. — Foi sua única resposta… Nunca foi tão difícil ter sua atenção pra mim.

— Baby, o que você me diria se eu te pedisse em casamento agora? — Vamos ver se assim funciona...

— Uhm — Ela só me solta um grunhido, nada mais.

Bem, é isso. Fui derrotado por algo que um dia costumava ser meu melhor amigo: o vício no trabalho. Me levanto e vou até meu frigobar pegar uma garrafa de água, mas quando volto, encontro uma Eda sentada em cima da mesa me esperando.

— O que aconteceu, seu notebook explodiu ou algo do tipo? — Pergunto e ela fodidamente ri de mim.

— O que foi Serkan Bolat, está com ciúme de um computador? — Ela me responde com outra pergunta e bem, sim, foda-se, talvez eu esteja.

— Não tenho ciúmes não, o meu próprio computador me satisfaz muito bem, obrigado. — Claro que nunca vou admitir ciúme de uma máquina.

— Vou fingir que acredito. Senhor entediado e ex workaholic. — Ela debocha de mim. — Será que eu poderia ter um pouco dessa água?

Simplesmente me aproximo dela, ficando na sua frente e entregando a garrafinha. Eda então coloca a garrafa em sua boca e toma o líquido, deixando algumas gotas descer por seu pescoço e eu posso jurar que isso é proposital. Terminando de beber todo o líquido, ela lambe os lábios os umedecendo.

Drink Me Onde histórias criam vida. Descubra agora