songs; tsukkiyama

10; Flourescent adolescent

~ Yamaguchi point of view

– Eu não entendi, o que tá acontecendo? – Eu ri, nervoso, enquanto tentava entender a conversa dos dois, mas então, aconteceu a coisa que por mais que eu suspeitasse, eu não acreditava que realmente poderia acontecer.

– Yamaguchi Tadashi, talvez eu não seja a melhor pessoa, e com certeza não, mas quem seria quando se trata de alguém tão incrível quanto tu? Então, caso você aceite ser realmente meu namorado, eu prometo dar meu melhor para não fazer esses os piores meses, dias, semanas ou até anos da sua vida. Você com certeza foi a melhor pessoa que apareceu na minha vida e a única que ficou e me acompanhou fielmente, eu sou muito grato a isso e por você ter aguentado minha grosseria e mesmo assim me ajudado. Eu nunca vou parar de acreditar que alguém tão surrealmente perfeito realmente não existe, porque, agora, você esta aqui, na minha frente e mesmo que isso não dure pra sempre eu com certeza vou me lembrar disso eternamente, nas outras vidas, no inferno ou céu, ou seja lá o que acontece depois da minha morte. Você aceita ser meu namorado? – Ajoelhado, na minha frente, mas mesmo assim mais alto, porque ele nao iria me obrigar a levantar, lá estava ele. O Tsukki nunca foi só um amigo e eu fico feliz que ele pense da mesma forma, mas eu não esperava tudo isso de alguém que nunca conseguiu demonstrar tão bem o que se passa com ele.

– E-eu aceito. Sim, eu aceito! Eu com certeza aceito! – As pequenas e mornas lágrimas, cheias de felicidade se manifestaram e eu só consegui perceber que um dia estavam no meu rosto quando os dedos trêmulos as enxugaram. – Você tá tremendo. – Eu não sabia se ria ou chorava, também não sabia se era real, talvez fosse um sonho? Neste caso, eu não quero nunca mais acordar.

– Você tá chorando. – Aquele momento foi um caos, o tempo pareceu ter engolido tudo em volta e só existia eu e ele, só nos dois naquele mundo meio - ou muito - caótico.

Por um segundo, por mais que idiota, eu deixei me levar em acreditar que o destino existia e percebi que ouviria ele falar até baboseiras que a ciência comprovou que não existe. Mas esse não seria o meu Tsukki. Eu realmente gosto do Tsukki idiota, bobão, grosso, curto, seco e incrivelmente perfeito no meu ponto de vista.

– Eu... eu te amo. – O que provavelmente ninguém além de mim escutou, ja que saiu como um sussurro, foi o suficiente pra eu duvidar se era paixonite ou arritmia o que fazia meu coração errar as batidas e pra esquecer que a minha bochecha e mandíbula doíam depois de sorrir tão verdadeiramente.

– Eu também te amo! – As palavras sairam tão naturalmente mas era como se elas tivessem tirado um peso dos meus ombros, agora eu estava seguro, estava tudo bem desde que eu estivesse com ele. O sorriso dele, o rosto, os lábios, a voz, os dentes perfeitamente alinhados para alguém que nunca precisou usar aparelho, e os olhos, que naquele momento, pareciam duas pedras preciosas na quais eu poderia passar o resto da minha vida as olhando e nunca cansaria do seu brilho. Tudo nele é exuberante e lindo. – Eu te amo tanto.

Um beijo que demonstrava muito mais do que palavras, não era apressado mas não era calmo, não era tão agressivo mas não era tão sem graça, foi iniciado, iniciando um ciclo que eu desejei e desejo que nunca acabe. Um beijo bem nos dois.

– Um anel que custou um rim meu mas ainda não é o suficiente pra alguém tão inesquecível e harmoniosamente belo. – Um dos anéis de prata, no qual tinha um desenho de estrela, foi colocado no meu dedo. As mãos grandes e ainda trêmulas, mas não tanto quanto antes que o encaixou no meu anelar.

– Não exagera. – Consegui sentir minhas orelhas e rosto quentes, mas o calor do seu corpo ainda era maior o suficiente para me fazer esquecer isso rapidamente e - depois que também coloquei o anel que tinha um pequeno desenho de lua no dedo dele - o abraçar. Eu me deixei levar pela vontade de fundir meu corpo ao dele, já que ele estava tão morno, e encaixei meu rosto no seu pescoço, inibindo o cheiro fraco de sabonete e o cheiro do Tsukki, um cheiro que eu poderia sentir pelo resto da minha vida.