(Nota: Esse não é tão recente mas curto a vibe, achei uns perdidos e vou revisar e coloca aqui)
O tempo estava muito abafado e eu já estava meio alterado, já tinha bebido metade da garrafa de vinho, enquanto caminhava pelo mato. Morar perto da serra tem essa vantagem, no meio do mato é sempre mais fresquinho, especialmente se comparado com dentro de casa.
Deixei o povo conversando em casa, ninguém nem deve ter me visto sair. Meia garrafa depois eu já não tinha muita certeza de onde estava, parecia familiar mas não muito. Escutei barulho de água, não lembro do córrego perto de casa ser tão grande pra fazer todo esse barulho, talvez a bebida, talvez o silêncio da noite. Resolvi ver de perto, tomei mais um gole no gargalo, quase me babei de vinho, e me escorando nas árvores mais próximas cheguei até a beira da água. Para minha surpresa, era um rio grande, dava talvez pra por um barco ali, e uma pequena queda d'água, algo suficiente pra sentar debaixo, foi o que me veio à cabeça. Achei uma pedra perto e me sentei, tirei os sapatos e a meias, coloquei o pé na água e tirei uns minutinhos pra admirar o lugar. O calor era tanto que a água gelada parecia a melhor ideia do mundo, olhei em volta, não vi ninguém, tirei a camisa e a calça, dobrei em cima do sapato pra não molhar, olhei de novo e parei um segundo, tomei coragem e arranquei a cueca e coloquei na pilha, só de tirar tudo já me sentia melhor, pulei na água e pra minha surpresa não achei o fundo, o vinho me deixou mole o suficiente pra quase afundar, mas boiei e me ajeitei, ensaiei umas braçadas.
Resolvi checar a cachoeira, e conforme me aproximava parecia que algo se mexia debaixo dela, fiquei curioso, fui chegando sem pensar que talvez algum bicho perigoso ou mesmo venenoso, beber emburrece. Chegando perto comecei a ouvir o que parecia alguém cantarolando, foi quando percebi dois olhos debaixo da queda d'água me olhando, seguido de sorriso. Sorri de volta encantado, me toquei que estava nu e instintivamente me cobri no susto, ouvi uma gargalhada. Saiu debaixo da cachoeira uma mulher coberta pelos cabelos vermelhos, desenhando o corpo, esqueci dos olhos e comecei a observar as pontas dos fios boiando na água, e escapando entre eles dei uma espiada no corpo nu. Boiando e me equilibrando, me distrai da ereção que se formava, aparentemente ela não, fixou os olhos nela um pouco, me olhou de novo nos olhos e sorriu.
Se aproximou mais como se flutuasse sem se mexer, aproximou o rosto do meu, quase nariz com nariz, sempre me olhando nos olhos, senti sua respiração na minha cara abobalhada e de boca aberta, ela tocou em mim por debaixo da água, só as pontas dos dedos na minha barriga e deslizou até a base do meu pênis já duro, deslizou a ponta dos dedos para cima até ele escapar do toque, eu inspirei fundo ansioso, ela deu um pulo pra trás e deu uma gargalhada, que encheu a floresta, começou a rodopiar e sempre procurava meu olhos quando ficávamos de frente. Eu já estava hipnotizado pelo sorriso e pela dança do cabelo na água, até que ela parou de frente pra mim, parou de rir e me olhou, agarrou meus ombros me puxou e em seguida empurrou para tomar impulso, e rapidamente se virou de costas e deu um mergulho, como um peixe ou golfinho, seu corpo seguia o trajeto da cabeça, saindo da água antes de afundar, mostrando sua pele, toda suas costas, até seu quadril, coxas e pé, não fosse a pouca luz noturna, teria vistos mais detalhes, talvez tenha visto, ou só imaginado.
Senti então mãos agarrando minhas coxas e em seguida algo quente deslizando em mim, só percebi ser sua língua quando ela me soltou e quase me acertando o rosto emergindo num pulo, respirando fundo para recuperar o fôlego só o suficiente para poder me beijar, me abraçou com as pernas e me agarrou as costas com as unhas sem soltar da minha boca, a imagem de seu corpo nu agarrado ao meu era muito excitante, sentia apenas suas coxas e unhas, mas imaginava o resto. Me debatendo com as pernas e uma mão pra boiar, abracei seu troco com a outra, espremendo seus peitos no meu, senti seus mamilos duros na minha pele, senti disparar uma onda de calor no meu corpo. Ela deve ter sentido algo duro tocar sua pele também, mas não parou seu beijo nem seu aperto.
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Contos soltos e nada comportados
Historia CortaColetânea de contos eróticos que venho escrevendo de vez em quando. Os contos são desconexos, não precisa ler em ordem, tem uma característica em comum que busco no que escrevo (duas se contar que são eróticos). Espero que gostem! Opiniões construti...