4 - investidas

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Alex pov

— Certo!vejo que tomou iniciativa,mas...já escolheu sua esposa? — estava confusa.

— Isso! — afirmou convicta.

Ponderei suas palavras por um momento,estávamos na área de treinamento.

— O que viu nela?

— Potencial.

— Não acha que pode se decepcionar?

— Costumo confiar muito no caráter das pessoas Lexie e acredito que Lutessa tenha o que uma rainha pede.

Minha irmã mantinha uma postura inigualável quando se tratava de questões imperiais,apesar das nossas discussões banais eu a admirava como ninguém.

— Boa sorte — me virei afim de acertar um alvo a minha frente.

— Como?

— Você não sabe,né? — negou perdida.

— Ela é a caçula dos Luthor's com 4 irmãos mais velhos que a protegeriam de tudo.O senhor Luthor mostra ser um homem de palavra Kara,porém é preciso que use esse seu vigor em conquistar mulheres para se tornar uma boa companheira — abri um sorriso ao atingir minha meta de flechadas.

Vi minha irmã partir pelo arena e fiquei a sós com meus pensamentos.

Carregar o fardo de ser a rainha de uma nação como Kripton era pesado,ao longo dos anos as gerações de reis e rainhas era uma melhor que a outras. Lembro-me da obsessão de minha irmã em olhar o retrato de nosso tio Jor-El morto em batalha,seria ele o futuro governante do reino.Então nosso pai foi obrigado a assumir as rédeas e construir uma postura de herdeiro,nunca foi seu sonho e no fim vosso pai era um ótimo rei e um tanto péssimo em suas tomadas paternas,minha opinião sugere ser genético.

Um exemplo era como sobressaimos pós guerra a 256 anos atrás,alguns países vizinhos se aliaram por nossa extrema disciplina ao lidar com o caos e outros apotaram seus dedos proclamando que tudo fora um plano esquematizado em busca de mais poder,até hoje ouço alguns de nossos amigos/parceiros chamem do que quiser,murmurando em recalque por nossa riqueza e não fui a única a ouvir e mesmo assim matemos laços.

É como diz "Conheça o seu inimigo como a si mesmo e não precisa temer o resultado de cem batalhas".

[...]

Exausta pelo dia regado em tinindo de espadas,circulos vermelhos,lama e algumas folhas no cabelo me dirijo ao estábulo afim de por Ares,meu corcel,para que descanse.

— Vossa Alteza!deixe-me que leve o cavalo — um rapaz esguio perguntou  meio nervoso.

Trajava calças escuras,uma túnica um pouco amarrotada e botas de couro apesar do jeito largado parecia prestativo.

— Como se chama?

— Barry,Barry Allen — respondeu em imediato.

— Bom Barry,gosta do seu trabalho? — pareceu hesitante quanto a resposta que ia me dar.

— Gosto do meu trabalho,mas...meu pai quer me manter fora do batalhão,ser ajudante é só o que posso e não tenho muito apoio — o olhei calada minha cabeça caiu pra trás e suspirei em diversão.

— Espero lutar ao seu lado Allen.

Sai o deixando sem reação.

Após por meu amigão pra descansar tomei rumo aos corredores do palácio meu caminho foi traçado entre os vários quadros aos quais ilustrava a nossa linhagem.

O que não era nenhuma novidade e acaso não chamou minha atenção,ouso dizer que a fresta de uma repentina luz  saindo da biblioteca,aí sim despertou interesse em mim.Meus pensamentos foram pra Nia,a minha irmã menor,enfrentava problemas de insônia e alucinações essa última parte fora um segredo confiado a mim,a garota me fez prometer de dedinho fiquei indignada logicamente,contudo ela sustentou seu olhar com muita certeza de tal juramento.

Empurrei a grande madeira rangendo entre o soslaio e no fim não foi surpresa encontrá-la com seu pequeno caderninho,mesmo com o barulho produzido pela porta aparentemente parecia centrada com os rabiscos do seu  lápis num apaga e apaga entre os erros cometidos,bati palma duas vezes não parecia em alerta levou uma mão até o peito com uma cara de espanto.

— Alex! — lancei um sorriso fraco.

— Eu até ofereceria minha companhia só que acho que não seria muito agradável — apontei minha roupa numa estado lamentável.

Sorriu com humor,mas logo sua expressão ficou séria.

— Tive uma visão e foi muito real — sussurrou a última parte — Sei que não é do comum eu possuir visões,até alucinações não são,porém o que eu presenciei tinha que ser transcrito Alex.

Aproximou-se entregando a capa do utensílio meio fubazenta pelo constante uso,lancei um olhar e vi preocupação em seu semblante.Abri folheando desenhos mal acabados até chegar numa parte onde uma folha era  ocupada por palavras e um desenho.

Abri folheando desenhos mal acabados até chegar numa parte onde uma folha era  ocupada por palavras e um desenho

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Dizia: "A paz é um cálice de prata.Está cheio de vinho...com um furo na base"

A frase não tinha sentido.

Logo abaixo o desenho de um homem com olhos esbugalhados pondo seu olhar conturbado de pressa ao telespectador e em sua mão um brinquedo com números pendurado numa cordinha.

— Ele gritava na visão,mas era como se as palavras saíssem mudas e só existia um tic tac no vácuo que encontrávamos.

— Tic Tac? — concordou com a cabeça imitando o som.

Encarei mais um pouco o papel afim de memorizar cada detalhe.

— Se caso acontecer algum a mais sobre não pense duas vezes e venha logo me contar,me preocupo com você — entreguei seu diário.

— Vamos — ofereci meu braço para acompanhá-la.

— Ouvi rumores que no baile desse mês papai convidou pessoas indevidas.

— O que quer dizer com isso?

— Swayer — apesar de um longo tempo ter se passado,era um assunto incômodo e era meio idiota pensar em algum que não me agregue.

Era o primeiro amor,certo?vivemos,caímos e aprendemos e ela era uma pessoa quebrada tentando se encaixar num mundo "perfeito".

— Todos esses anos venho lidando com a ideia de que ela possa ter evoluído pra algum melhor,eu a perdoei?não sei  depende de como ela viu seus atos e se está pronta para assumir eles.

— Uau!Alex Zor-El compassiva os tempos mudaram mesmo.

— Realmente Kara logo se casará e bom isso significa que teremos que seguir o mesmo caminho,a corte cairá matando sobre nós.

— Que coisa chata — fez birra — Será que não posso ser apenas uma mulher livre e solteira?

— Casamento não vai tirar sua liberdade Nia.

— Não?!já viu como algumas das mulheres da sociedade não tem voz?!isso sem contar que estamos mais abertos às diferenças do que a 200 anos atrás.

— Minha irmã és uma mulher muito sagaz e não há dúvidas de que nosso pai reconheça isso,ele não a deixará nas mãos de qualquer um — segurava firme suas mãos.

— Espero.

a purpose...loveOnde histórias criam vida. Descubra agora