☙ Vinte

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Ele deve ter tirado centenas de fotos de mim enquanto eu terminava de me despir, subia na cama e o observava enquanto ele espreitava ao redor, continuando a dizer o que sentia:

distraído, insaciável, como se quisesse agradecer ao Theo e depois matá-lo, e que estava sinceramente preocupado que nunca conseguiria ficar longe de mim. Ele capturava cada reação minha como se estivesse completamente obcecado.
Pairando sobre mim, ele apontou a câmera no meu torso, onde seu corpo roçava no meu.

Fechei os olhos, perdida na sensação e nos suaves sons da câmera. Quando abri novamente, meus olhos encontraram imediatamente os dele.

Estiquei o braço e movi a câmera para meu pescoço. Ele tirou a foto, deixando que eu guiasse a lente cada vez mais para cima. Então olhou para mim através da câmera.
Suas mãos tremiam enquanto ajustava o foco, tirando fotos e mais fotos do meu rosto, de seus dedos tracejando meu queixo e sentindo meu rosto. Depois segurou a câmera afastada para capturar nossos beijos.

De repente, tudo naquele momento parecia concentrado na sensação de sua boca em mim, de seus cabelos em minhas mãos, sua língua se movendo por minhas curvas, seus lábios pressionando palavras em minha pele. Eu sentia cada suspiro e cada som que ele fazia. Podia sentir sua boca se tornando cada vez mais faminta e urgente enquanto descia por meu corpo.

Vagarosamente, ele empurrou dois dedos dentro de mim e chupou meu clitóris com vontade, como se me desafiasse a gozar. Mas fiquei quieta. Não queria ouvir minha voz dentro da minha mente. Queria apenas senti-lo.

- Você é linda - ele sussurrou. Não aguentei mais, soltando um grito. Quando terminei, ele subiu por cima de mim e me beijou profundamente. - É incrível o quanto você mexe comigo.

Subi minhas mãos e corri as unhas em seu peito, pedindo que usasse meu corpo do jeito que quisesse, para sentir tudo que fosse possível sentir. Minhas mãos se moviam por vontade própria, explorando e arranhando, puxando-o e afastando-o para que eu pudesse vê-lo quando se posicionou sobre mim. Minha barriga se arrepiou ao sentir seus músculos debaixo da ponta dos meus dedos.

Sussurrei:

- Por favor.

Ele gemeu, suspirando enquanto baixava o corpo e me penetrava fundo. A sensação foi incrível. Senti tudo ao mesmo tempo: seu peito em cima do meu, seu rosto contra meu pescoço, meus braços envolvendo sua nuca, mãos puxando os cabelos, seus quadris girando enquanto se movia dentro de mim.

Por favor, não deixe isso acabar nunca. Não quero que este momento termine.
Estávamos sem palavras, cobertos de suor e isto, pensei, isto sim é fazer amor.
Ele me virou, me colocou por cima e observou meu rosto até que eu não aguentasse mais e fechasse os olhos, sentindo o orgasmo se aproximando. Ouvi um clique e então o som pesado da câmera caindo no colchão. Draco de repente já estava por cima de novo, com ainda mais vontade, pressionando minhas coxas com as mãos e mostrando no rosto toda sua concentração.

Imagens de luzes e sombras atacavam minhas retinas, mas, desta vez, eu me recusei a fechar os olhos.

Ele caiu em cima de mim com todo seu peso; sua boca buscou a minha e as mantivemos abertas, respirando juntos enquanto chegávamos ao ápice. Ele moveu seus lábios abertos sobre minha boca enquanto se movia por cima de mim e nós dois começamos a falar

silenciosamente.

Vou gozar, dissemos juntos, implorando um ao outro. Vou gozar.

Acabamos não jantando, então fiquei assistindo com muita atenção enquanto Draco assaltava a cozinha.

Ele estava usando apenas uma cueca, e, de repente, me dei conta que nunca tinha ficado apenas olhando seu corpo. Obviamente, Draco era alto e malhado, mas também ficava à vontade quando estava relaxado. Gostei de ficar assistindo-o coçar a barriga enquanto examinava o conteúdo da minha geladeira. Meus pensamentos se perderam na maneira como seus lábios se moviam enquanto ele estudava tudo que havia nas prateleiras.

Estranho Irresistível = Drastoria = Onde histórias criam vida. Descubra agora