Se for Park Jimin, não beba

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Escrito por: scarisvancci 

Notas Iniciais: Olá, pessoal! Essa é minha segunda história Yoonmin e a pegada é diferente da primeira, mas eu espero que gostem. 

Essa história foi betada maravilhosamente por bebeh1320alsey com capa e banner por trancyz 

Agradeço imensamente pelo trabalho de vocês e espero que possamos trabalhar em conjunto novamente <33 

Mais uma coisa: eu fiz uma playlist, porque sempre gosto de escrever ouvindo música, se vocês quiserem o link eu pretendo colocar nos comentários, mas vou deixar aqui também algumas músicas que eu escutei escrevendo esse e também que aparecem no enredo: 

- Claire de Lune (Debussy) / Anything but ordinary (Avril Lavigne) / Metamorfose Ambulante (Raul Seixas) 

Boa leitura!


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"O Inferno está vazio, e todos os demônios estão aqui."

— William Shakespeare

O único "me leve à igreja" que saía da minha boca era aquele refrão de arrepiar, originalmente cantado por Hozier. Tirando isso, qualquer coisa que me levasse à literalmente pisar em um lugar como esse faria meu corpo entrar em combustão em menos de um minuto.

Definitivamente, entrar em uma igreja estava completamente fora de cogitação.

Infelizmente, para a minha absoluta desgraça e desprazer, lá estava eu: na bendita Igreja de São Sebastião e, ironicamente, a razão de estar lá estava longe de ser porque me interessava "seguir o caminho da luz", o que era engraçado, no mínimo.

Na verdade, é seguro afirmar que ter ido à igreja naquele domingo de manhã, sob as condições impostas por mamãe, foi o ponto de partida para todos os problemas que surgiram depois. Não me limpou dos meus pecados, como ela esperava, apenas me fez afundar ainda mais na lama da pecaminosidade.

Mas estou me apressando.

E nada foi apressado. Na verdade, aquela manhã pareceu durar eternamente antes que finalmente acabasse, assim como todos os outros dias se arrastaram lentamente.

Ao estar em uma igreja, espera-se ouvir o alto sermão do pastor, gritando a plenos pulmões, mas aquele homem, jovem demais para parecer um pastor, não parecia se sentir tão feroz, pois seu longo discurso era proferido serenamente, como se as palavras sentassem em minhas pálpebras, obrigando-me a fechá-las.

— Filho!

Senti o ombro de minha mãe empurrar minha cabeça de volta para cima quando tombei em sua direção.

— Ahm? Amém! — falei por reflexo, despertando de vez quando um grupo de senhoras bancos à frente me acompanhou e uma delas acrescentou um "glória, aleluia!". — Não era um pesadelo? — lamentei irônico ao passear meus olhos pelo local e ver que ainda estava ali.

A igreja de São Sebastião não era muito sofisticada. O piso era de uma madeira lisa onde quase escorreguei ao chegar; tinha bancos de madeira mais escura, todos enfileirados um à frente do outro, e um vasto corredor entre eles, com um tapete vermelho no chão. No final, havia o púlpito do pastor, o palco para o coral e os instrumentos de corda para a banda.

E era isso. Nada de estátuas de mármore e o teto não era digno da capela Sistina para que eu pudesse olhar enquanto fingia rezar devotamente.

— Deveria estar levando isso a sério! Ou se esqueceu do trato? — minha mãe questionou aos sussurros, tentando ser discreta, com aquela típica expressão brava. Na verdade, quando me olhava, aquela era uma de suas únicas expressões.

Açúcar e Anéis de Cebola | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora