Açúcar e Anéis de Cebola | Yoonmin

Passo três: coisas de casal

Escrito por: scarisvancci 

Notas Iniciais: Como o capítulo passado deixou muitos de vocês nervoses, eu nem vou enrolar aqui muito não, aproveitem a leitura e...

Se quiserem, o que eu recomendo muito (testado e comprovado por mim)Músicas para esse capítulo: Unsteady - X Ambassadors / Falling in love at a coffee shop - Daniela Andrade / Be my baby - The Ronettes / Hungry eyes - Eric Carmen

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"A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade."

— Clarice Lispector

— Dois anos antes —

— Jiminnie, por favor, saia daí, vamos conversar — a voz aflita de Taehyung me chamava enquanto ele batia na porta do banheiro, mas eu não conseguia me mover para fazer o que me pedia.

Ele tem namorada...

Sentia minhas mãos trêmulas e meu coração bater acelerado, junto de uma dor no peito e uma sensação nauseante que me dava vontade de vomitar.

E foi isso que fiz, virei o rosto para dentro do vaso e vomitei a pouca comida que tinha dentro de mim, me sentindo pior ainda.

Não conseguia respirar, tentava me acalmar, mas parecia que eu ia morrer.

— Me... Me deixa aqui — consegui falar, quase sem som, sentindo o choro entalado na garganta.

— Não, Minnie, não vou fazer isso, abre a porta, por favor, estou preocupado com você.

Ele vai rir de mim, vai dizer que me avisou e que eu sou idiota por ter me colocado nessa situação.

— Você... — tentei controlar a respiração para poder falar — Você vai rir de mim.

— O quê? Claro que não, Minnie, eu nunca faria isso. Você é meu melhor amigo e eu estou aqui por você, me deixa te ajudar, por favor.

Fechei os olhos com força e respirei fundo, quando abri os olhos novamente, tomei coragem para destrancar a porta, sentindo Taehyung empurrá-la hesitante.

Ele se abaixou na minha frente e pôs uma mão em meu joelho e a outra em meu ombro, instigando-me a olhá-lo.

O olhar que me era direcionado era terno e sua preocupação era genuína.

Ele sorriu minimamente e uniu as sobrancelhas.

— O que aconteceu?

E como se sua fala fosse o gatilho, desmoronei completamente rendido ao choro e ele me puxou para um abraço forte, permitindo que eu me derramasse em seu ombro, sem se importar com minhas mãos amassando as costas de sua blusa ou minha voz sofrida ao pé de seu ouvido.

Taehyung permaneceu paciente naquela posição, afagando minhas costas e meu cabelo até que meu choro diminuísse o suficiente para eu conseguir falar.

Contei-lhe tudo, até as partes que ele já sabia, mas não totalmente. Ele me ouviu em silêncio, mantendo-se inexpressivo e atento ao que eu tinha a dizer a todo momento, sem nunca me julgar, como garantiu que jamais faria.

No fundo eu sabia que ele nunca julgaria minhas escolhas, mesmo não concordando com elas, mas quando me sentia assim, não podia evitar pensar sempre no pior cenário.

Tentei resumir a história toda, começando pelo início do ano letivo, era nosso primeiro ano.

Eu tinha começado a gostar de um garoto e Taehyung me avisou o tempo inteiro que ele era problema, mas eu não escutei, porque ele parecia retribuir meus sentimentos.