- Pingente

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Minha avó estava passando mal quando acordei,a cada dia ela piorava mais,nenhum quitute da Julieta ou receita de chá curador resolvia sua doença.
Ela comia os lanches da Julieta e melhorava por alguns minutos,mas depois,ficava doente novamente.
O clima está frio e as nuvens estão cinzas,provavelmente irá chover mais tarde.Provavelmente à Pepa está triste ou irritada,não sei.

Fui á minha abuela,que estava deitada no colchão,pegando em sua mão e alisando-a,seus olhos que costumavam estar fechados,se abriram na hora.

— L-lia... Você está aqui – Senti sua dificuldade em falar e respirar.

— Abuela,por favor... – Minhas lágrimas que estavam presas em meus olhos começaram a cair sobre meu rosto.

— Oh minha querida... Eu te amo – A mesma puxa minha mão até seu rosto,beijando-a.

— Eu também te amo,abuela.

Fiquei com ela assim por bastante tempo,parecia ser uma despedida.

Ouvi a porta bater,só estava eu e minha avó na hora,pensei que fosse minha mãe,mas não fazia sentido,se fosse ela,já teria entrado.Me levantei onde estava sentada,vulgo o chão,ao lado da minha avó,indo até a porta e abrindo,me deparando com Camilo.

— Adora?Por que estas chorando?

— A minha avó,ela... – Mais algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Rapidamente sinto os braços do mesmo,me abraçando.O cacheado acariciou o meus cabelos e limpou minhas lágrimas,no fim deu um pequeno beijo em meu nariz.

— Calma,vai ficar tudo bem,ok? – Ele diz acariciando meu rosto.

Eu apenas concordo com a cabeça e pego em sua mão,entrando na casa e indo até o sofá,sentando.

— Eer,eu tô sozinha em casa com a minha avó.

— Ah,você quer que eu fique aqui pra não ficar só? – Camilo pergunta ainda segurando minha mão.

— Claro,você é uma ótima companhia! – Dou um sorriso frouxo.

O mesmo me abraça,fazendo me sentir confortável.

Eu estava quase dormindo nos braços de Camilo quando a minha mãe e minha irmã entraram em casa,ambas ficaram confusas.

— O que está acontecendo aqui,Adora? – Minha mãe pergunta arqueando a sombrancelha.

Saio dos braços do garoto,um pouco envergonhada,confesso.
— N-nada,mãe!O Camilo ficou aqui para não me deixar sozinha e...

— Hm,boa tarde,Camilo – Ela o olha e dá um pequeno sorriso,logo voltando o olhar para mim — E quanto a sua avó?

— Está dormindo – Digo.

Vejo minha mãe dando sinal para a Hannah,minha irmã,e as duas vão para a cozinha,também provavelmente foram ao quarto ver minha avó.

Olho para Camilo e dou uma risada baixa,enquanto ele prende a risada,parecia estar um pouco constrangido.

— Então... Está frio,não é? – Falo tentando criar algum assunto.

— Ah,a minha mãe ela acordou triste hoje,não sei o motivo – O mesmo ri se transformando na Pepa.

Eu rio junto com ele — Quer sair para algum lugar?

— Hmmm,eu tenho um lugar perfeito!Você vai amar – O garoto se levanta sorrindo,estendendo a mão para mim.

Eu agarro a sua mão e ele vai até a porta me arrastando.Camilo me leva a um lugar distante da vila,que ele havia achado a um tempo atrás,era uma biblioteca subterrânea,extremamente enorme e parecia ser antiga.

. ₊˚=͟͟͞͞🌼 mi refugio - Camilo - Família Madrigal Onde histórias criam vida. Descubra agora