UM.

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Acordei cedo hoje, depois de fazer fazer minha higiene matinal sai do quarto caminhando tão lentamente que chegava a duvidar que estivesse andando.

Me arrastando pelo longos corredores daquele lugar eu segui em frente, eu tinha um consulta marcada a vontade de ir era zero mas eu era praticamente obrigado a ir.

Ainda caminhando olhei no relógio em meu pulso e lá marcava sete e quinze, minha consulta todos os dias era as sete e meia, ainda tinha tempo.

Desviei do meu caminho e cheguei onde deveria ser um jardim, é deveria porque o lugar estava bem feio, as poucas plantas que ainda sobreviviam precisavam de cuidados e o resto, bom o resto era mato.

Olhando para aquele espaço me lembrei da Lisa, ela sempre me fala que a natureza é um ótimo remédio, quando minha mãe vier me visitar vou pedir para ela comprar umas sementes para mim.

Voltei a minha caminhada, passei pela janela do refeitório, nesse horário não tem muita gente lá, as pessoas daqui costuma vim tomar café depois das oito, ainda andando vi Lisa no balcão da farmácia, ela estava separando os remédios, odeio remédios .

Segui meu caminho meu médico insiste que eu fale tudo que aconteceu naquele trágico dia, o problema é que eu não consigo sei lá tenho um bloqueio que me impede de fala, por isso ele teve a *brilhante* ideia de eu fazer cartas, hoje eu estou levando a primeira.

Eu me esforcei muito para conseguir escreve-la, e agora acho que ele tem razão, escrever sobre tudo que aconteceu me fez lembrar de coisas que eu queria esquecer para sempre mas depois me trouxe um alívio momentâneo surpreendente.

Parei em frente a porta branca do consultório médico e bati, ouvi um *entre* abafado e entrei.

Abri a porta e o encontrei como todos os dias, com os óculos no rosto quase caí do na ponta do nariz, sentado atrás de sua mesa e a mesma estava entulhada de pilhas e mais pilhas de papéis, fechei a porta e me encostei nela.

_ Bom dia Jungkook, que bom lhe ver, dormiu bem a noite?

Revirando os olhos para sua pergunta recorrente me afastei da porta e caminhei até o lugar de todos os dias, o divã. Eu não queria estar ali mas como eu disse eu sou quase obrigado todos os dias

_ Tudo igual a ontem doutor, nada de diferente aconteceu.

_ você consegui escrever a carta? pode ler ela para mim.

Suspirei cansado e ajeitei minha posição naquele móvel, precisava ficar confortável afinal ficaria ali por um tempo considerável.

CARTA UM.

Eu o vi a primeira vez no primeiro dia de aula da faculdade, o lugar era enorme com vários blocos onde cada bloco tinha um curso, o pátio de entrada era tão grande que eu acho que era maior que algumas cidades menores do interior.

Cada bloco tinha uma cor, acho que pra facilitar a vida dos estudantes, aquele lugar era tão grande que era uma cidade dentro de outra cidade, ali tinha de tudo, não era preciso sair das dependência da faculdade para consegui comprar quase nada, tudo de essencial você encontrava alí mesmo.

Ainda encantado e sem saber para onde estava indo entrei um dos blocos e meio abobalhado acabei esbarrando em alguém.

__ Desculpa, mil perdões eu não....

Minha fala sumiu assim que eu o olhei, ele era um pouco menor que eu, seus cabelos era cinzas e seu sorriso era completamente encantador.

__ Tudo bem, não foi nada.

Ele continuou seu percurso e eu fiquei lá parado no meio do corredor com cara de besta sem saber o que tinha acabado de acontecer.

Passei dias tentando me aproximar, mas sempre fui muito tímido e isso atrapalhava um pouco.

Todas as vezes que eu encontrava com ele, ele estava acompanhado de outras duas pessoas, um rapaz alto, de sorriso contagiante e o outro era baixinho como ele e sempre tinha a cara emburrada.

Eu queria todos as forma chegar nele mas eu era muito tímido e isso estava atrapalhando muito, se fosse hoje eu com certeza não teria insistido tanto.

eu só os via no refeitório, eu fazia administração, ele dança então era só assim mesmo e as vezes quando ele e os amigos estava saindo eu os via de relance, uma semana depois do começo das aulas eu o trombei no corredor da ala sul e me encostei na parede e sorri para ele, aquele dia acho que o assustei, ele nunca comentou nada mas tenho certeza que ele ficou com medo de mim.

já na segunda semana meu cérebro fritava a procura de uma maneira de chegar nele, só que o destino foi mas rápido e numa quarta feira fomos todos informada que em dois finais de semana seria realizado uma olimpíadas na facu, esse evento era pra enturmar os alunos e teríamos que formar grupos com no minimo sete alunos e no máximo doze, alunos esses que obrigatoriamente não podia ser da mesma turma.

Passei o resto da semana rezando para que eu tivesse uma oportunidade de me aproximar dele, como eu me arrependo disso, se eu não tivesse insistido tanto ele estaria aqui, feliz, vivo e vivendo sua vida. EU MATO TUDO QUE TOCO.

CONTUNUA....

O PIOR DIA DA MINHA VIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora