Quando tudo começou a dar errado.

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        Cinco anos antes

      Diz aí, Sakura, quem você mais tem vontade de beijar?

      Começou assim, um jogo às cegas. A garrafa girava pela sala, o mistério fincava as entranhas ansiosas de todo mundo, esperando e esperando o momento exato em que tudo começaria a deixar de fazer sentido.

      Porque... na minha cabeça, éramos como irmãos e esse sentimento era recíproco.

      Errado de novo.

      — Sasuke, eu quero beijar ele.

      E foi ali que eu comecei a pensar, que fazer faculdade do outro lado do país, com um oceano de distância, seria uma boa ideia.

...

      Agora...

      A luz neon não parece ajudar a acender o clima que eu estava afim de colocar aqui. Não parece fazer qualquer efeito nela, e mesmo que seja um teste que ela me convenceu a fazer, essa porra começa a me frustrar.

      Meu pau está doendo com essa calça apertada. Não pareceu apertado quando me vesti para vir até a área secreta da boate, agora uma péssima ideia se instala, e não falo só da minha vestimenta.

       — Querida? — Chamo, e anseio que ela esteja ao menos... transpirando de desejo.

      Meu pai dizia que a esperança era o último sentimento a morrer, mas a primeira que nos faz perder um glorioso tempo. Não está errado, concluo isso ao buscar o olhar dela e encontrar bochechas vermelhas e um olhar de nojo e repreensão.

      Assistir duas pessoas transando gostoso na nossa frente e ouvir aquela vagabunda gemendo, não desperta nada nela? Porra nenhuma?

      Não posso obrigar as pessoas a sentirem o mesmo que eu, e não estou nervoso agora por causa disso. O problema foi ter dito qual era a minha fantasia e fetiche, foi esse a porra do problema.

      Eu caí na armadilha, caí feio. Ela disse: "não vou julgar você, estou ansiosa para realizar tudinho", e eu acreditei quando colocou um vestido justo, salto alto e sorriu ao ver a cama redonda no centro do salão, luzes que despertam a vontade, muita bebida e duas pessoas sem roupa na frente de várias outras.

      Agora, ao nosso redor, uma mulher chupa o pau de um cara, excitada demais para se segurar. Pessoas que realmente sentem algo quando veem e apreciam um sexo ao vivo, sem o pudor que os limita a experimentar.

      O cheiro de porra e cigarro, faz meu coração disparar. Gostaria de estar metendo a mão nela, fazendo a mulher assistir toda a performance e sentir vontade de estar ali também. Mas não posso, porque ela não está à vontade.

      Se eu tentasse, o risco de um tapa vir em cheio é maior do que a expectativa dela gostando de fazer isso. Humph, mas eu já estou aqui, não é?

      Que mal faria ao menos tentar?

      — Querida — sussurrei, e o bom sinal que recebo em resposta, foi sua cabeça se encostando em meu ombro — Relaxa, preste atenção.

      Deslizei minha mão em seu ombro, fazendo-a deitar-se no meu colo, com os olhos incertos na cena, da moça loira sendo comida de quatro, gemendo tanto que está repercutindo na minha cabeça.

      Aproveitei a escolha de vestimenta da minha noiva, e acariciei suas coxas, adentrando meus dedos para a área quente, quase úmida. Ela parece estar começando a gostar, então toquei na renda da sua calcinha, pincelando meus dedos entre suas pernas, atraindo alguns olhares na nossa direção até...

Simplesmente aconteceuOnde histórias criam vida. Descubra agora