Safada.

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Isso não é nada, eu não estou fazendo merda!

Não é pra ela, eu não faço por ela, isso é comigo. Acho que é o estresse se dissolvendo na minha mão a cada vai e vem. Na hora do tesão minha cabeça não faz muito sentido, então não posso me culpar por algo que não tenho controle.

Nem ao menos vi seu rosto, porra! Não é pra ela. É o som, é... os sussurros, a porra das sombras, o ruido da cama, o vibrador molhando na boceta dela. Mas não é ela!

Apertei os olhos, movendo mais rápido, enquanto o meu celular passa um vídeo idiota sobre receita para disfarçar o barulho.

Foda-se, aquela garota sempre me atiçou, aquela... gostosa do caralho, com aquela boquinha atrevida e...

E então essa merda não faz mais sentido. Deixa de fazer sentido quando a minha mão mela, os músculos do meu corpo relaxam e o meu braço para de doer. Quando eu já gozei, em outras palavras.

Um suspiro de merda, talvez culpado, escapa da minha boca. Alcancei o papel e limpei a porra que espirrou na minha camisa e escorreu na minha calça. Vou ter que tomar um banho, e quando eu sair desse chuveiro, nada disso vai ter acontecido.

Ela ainda é a minha pirralha e Tayuya ainda é a minha mulher.

E isso não vai mudar.

...

— Olha ele aí! O cara foi chamar Sakura e não desceu com ela.

Itachi apontou na minha direção com um pedaço de torta de carne nas mãos.

Humph, o que posso fazer?! Ela estava ocupada demais lá em cima, e eu não vou voltar pra descobrir se terminaram.

— Eu ia, mas achei melhor tomar um banho. Depois eu faço uma-

— Olha só quem voltou.

Pelo visto ela acabou seu trabalho. Não quero pensar que foi o sexo que a deixou iluminada desse jeito. Seus olhos parecem mais claros do que eu me lembrava, o verde brilhante que não achei em nenhum lugar de New York.

Sakura mudou, pensei que fosse ter alguma decepção quanto a isso. Na realidade, eu queria ter. Mas então me lembro que suas fotos nas redes sociais já estavam me preparando. O problema é que ela aparenta ser mais bonita pessoalmente e isso é o tipo de coisa que só Sakura consegue.

Mas estou frustrado. Pensei que ela fosse... amadurecer ou mudar. De certa forma aconteceu, se for pra pior. Esse sorriso que parece ser sempre direcionado a mim, está pior, acho que o charme é o chiclete que ela masca. O cabelo amarrado em duas chiquinhas, veste a camiseta que julgo ser de Itachi e um short tão curto e estampado que só consegui ver quando ela começou a caminhar na minha direção.

— A sua surpresa não ia funcionar, eu ouvi a sua voz lá de cima — Ela sussurrou ao me abraçar, passando suas mãos nos meus braços. Isso é uma mania que eu... — Você continua gostoso.

Me afastei, e devido a pouca distância de Itachi, ele escutou e começou a rir. Quase engasgou com aquela torta

— E você, abusada. Por que não desceu se me ouviu?

Sakura piscou e me deu as costas. Porra, cinco anos não muda nada? Absolutamente nada?

— Eu sei o que está pensando. Para de se achar, Sasuke, ela é assim com todo mundo. E é nossa irmãzinha.

Chamá-la desse jeito é imoral, mas não vou me dar ao trabalho de responder.

Acompanhei-os até o outro cômodo. Todos estão sentados na mesa e pelo visto a ruiva continua aqui. Sentei de frente a ela e Sakura ao seu lado, mas bastou me acomodar que senti os pés pequenos de alguém passando na minha perna.

Simplesmente aconteceuOnde histórias criam vida. Descubra agora