atlantis

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No dia seguinte, acordei tarde.

No fim da tarde nós nos encontramos em uma lanchonete, comemos e nos divertimos MUITO.

Foi tão incrível que com certeza entrou para lista dos meus dias mais felizes da vida.

Porém....

Hoje eu acordei mal. Muito mal.

Não queria levantar da cama nem quando minha mãe me chamou dizendo que tinha feito meu prato favorito para o almoço.

E eu me odeio por isso.

Minha mãe se esforça para que eu seja feliz. Quando eu saio com meus amigos ou com o meu namorado, quando eu trago eles aqui... Ela fica feliz como se eu tivesse passado em uma faculdade.
Eu sei que ela só se sente feliz por saber que eu estou seguindo a vida.

Eli veio em casa. Não demorou vinte minutos para ele chegar aqui depois que eu disse que não estava com vontade de sair de casa.

— E aí gatinha, vamos fazer o que? — Ele perguntou se jogando do meu lado na cama.

— Nada, de preferência. — Respondi, já apoiando a cabeça no peito dele.

— Aconteceu alguma coisa? — Ele perguntou cuidadosamente.

— Não... — Dei de ombros e começei a desenhar círculos com o meu dedo na barriga dele, que estava coberta pela camiseta. — Só não estou me sentindo... Sei lá.

— Você pode falar comigo. Sabe disso, não é? — Fiz que sim e encarei ele.

Ele parecia perfeitamente descansado. Seus olhos brilhavam um pouco, e ele tinha um sorriso no rosto.

— O que foi? — Perguntei. — Por que está me olhando assim?

— Por que eu te amo. — Foi a resposta dele.

Envergonhada, eu apoiei a cabeça no peito dele de novo.

— Eu também te amo. — Disse sorrindo.

— Então pode fazer um esforço por mim? — Voltei a encará-lo, confusa.

— O que? — Ele sorriu com a pergunta.

— Você confia em mim? — Ri baixinho.

— Claro que confio, Eli. — Ele se sentiu na cama, eu fiz o mesmo.

— Então vem comigo. — Ele se levantou e estendeu a mão para me ajudar.

— E para onde você quer me levar?

— É uma surpresa, ué! — Sorri, e me esforcei para segurar a mão dele e me levantar.

— Me fala onde nós vamos! — Disse assim que fiquei de pé.

— Não, é uma surpresa! — Bufei e ele sorriu.

— E o que eu deveria vestir para ir nessa surpresa?

— Qualquer coisa. É sério.

Concordei e escolhi uma roupa.

Quando descemos as escadas, minha mãe estava na cozinha.

— Vão sair? — Ela perguntou com um sorriso de orelha a orelha.

— Vamos. O Eli vai me levar a um lugar surpresa. — Os olhos dela se encheram de lágrimas, mas o sorriso ainda continuava lá.

— Que legal. — Nós ficamos parados em silêncio por um tempo.

— Ahn... Eu volto daqui a pouco. — Minha mãe concordou, virando um pouco para tentar disfarçar que limpava as lágrimas.

— Não quer comer nada? — Fiz que não com a cabeça.

Fui até ela e a abracei, ela beijou minha testa.

— Juízo, ein! — Ela disse enquanto eu e Eli iamos em direção a porta. — E você, Eli — Eli encarou minha mãe. — Cuida bem dela.

— Pode deixar. Eu não vou deixar nada acontecer com ela. — Ele me virou para me encarar. — Nunca.

Sorri para ele, e ele sorriu para mim.

— Ótimo, assim eu não fico preocupada.

Nós saímos de casa, Eli segurou minha mão e começamos a andar.

ʟᴇᴛ ɪᴛ ᴀʟʟ ɢᴏ || ғᴀʟᴄᴀ̃ᴏ.Onde histórias criam vida. Descubra agora