Oi gente, quanto tempo né 🙈🙈
Quero pedir desculpas, andamos inativas por um tempo tanto aqui, tanto no insta (@/draama_r), mas agora estamos voltando.
E quero desejar um feliz 2022 (mesmo já sendo fevereiro kkkk) a todos, espero que tenhamos um ano lindo, que vocês possam ler muito O Baile e outras histórias minhas também.
Enfim, boa leitura!
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LOUIS
Eu sempre fui ensinado a tratar uma mulher como uma deusa. Se ela lhe pedir algo faça, mesmo que seja o mais absurdo possível.
Sinto que hoje decepcionei todos os meus lecionadores. Eu não queria que Anne achasse que tinha algo de errado com ela ou que eu não gostasse dela, mas tudo que vi em sua face foi isso. Às vezes via que ela estava com nojo de mim, ou algo assim. Me machucou ver isso. Não é minha culpa se todos do castelo a vejam como uma possível pretendente para mim, uma possível rainha.
Sempre tive a certeza que tudo o que faço neste castelo é visto por alguém. Tem olhos em cima de mim o dia inteiro, mas comecei a perceber que agora os guardas nem tentam se distanciar ou disfarçar que estão ali para outra coisa senão me observar. Assim que saí do quarto vi que haviam ainda mais guardas que hoje cedo, quando subi novamente com a Anne ao meu lado o guarda real que antes estava a mais ou menos sete metros de distância do meu quarto agora estava praticamente colado na porta. Um aviso. Já havia ouvido murmurinhos dos empregados dizendo que eu havia encontrado uma pretendente, já devia saber que meu pai faria algo a respeito. Se eu tenho uma possível noiva ao meu lado tudo tem que correr na mais perfeita ordem, no meu quarto onde não tem olhos, ninguém poderá ter certeza que algo de inapropriado não ocorreu lá dentro.
Sempre vivi em meio a regras, uma delas é: Não entrar qualquer (possível) pretendente dentro do quarto do membro real em questão.
Minha irmã já conseguiu burlar essa regra milhões de vezes, já eu nem tive um pouco que seja do gostinho. Anne já foi bastante vezes, em poucas semanas, assunto de conversa entre minha família. Aquela garota conseguiu conquistar até minha mãe no primeiro encontro delas. Incrível.
Meu pai deve estar bastante entusiasmado com a ideia que poderei assumir ao trono com uma mulher ao meu lado. Depois de Anne ir embora do castelo no dia do piquenique, meu pai me chamou para conversar e invalidou qualquer ideia de adversidade dele em relação a Anne. "Ela é uma moça muito bonita e comportada. Fico feliz que tenha se dado bem justo com ela."
Talvez eu também tenha ficado feliz por eles terem tido tanto afeto por ela.
Fiz questão de deixar Beatrice entrar no meu quarto para ver a reação do guarda. Nada. Ele nem se importou, mas quando Anne começou a chegar perto da porta ele virou a cabeça. Certo, todos tem certeza que a, possível, pretendente é a Anne e não outra garota qualquer.
- Eu posso me explicar? -estou com vergonha, nervoso de ela entender algo totalmente diferente do que eu quero dizer, e impaciente ao ponto de sentir que o tempo poderia dificultar a minha posição, uma voz bem baixa na minha mente me diz a todo momento que sou culpado e tenho que esclarecer o mais rápido possível.
- Não acho que seja preciso. Mas se você quer tanto...-minha deixa.
- Como posso te dizer que as pessoas acham que você seja minha pretendente? -a reação veio de imediato, sua bochecha passou de tom rosado artificial para um vermelho claro e seus olhos se arregalaram. Me apresso a me explicar de novo antes que ela me dê as costas, acho que não comecei de uma boa forma.- Eu juro que não indiquei ou deixei eles pensarem que isso é verdade. -minhas mãos se movimentam rapidamente e ela repara nisso. Ela caminha até mim enquanto tento me explicar em outras palavras, ela segura minhas mãos o que me faz parar de falar pelo toque repentino. Seus olhos tem um lindo tom de verde, é a primeira vez que estamos tão perto um do outro, nunca tinha olhado e reparado tão bem em seu rosto. Isso me faz sentir idiota. Idiota por ter deixado de lado a garota incrivel que está na minha frente para simplismente ser egoista e pensar no que ela poderia me proporcionar de novo em poucos minutos. No dia do baile estava abismado com ideia que poderia ser um adolescente normal em uma noite, tinha a pretensão de beijar qualquer garota que passasse na minha frente, mas minutos antes minha irmã me falou para pensar bastante e que eu não era qualquer um para fazer isso. Fiquei um tempo com meus dois amigos e mais alguns caras que estavam no baile, alguns primos meus de diferentes graus, nunca nem tinha visto uns até aquele dia. As meninas haviam ido até os quartos e depois voltariam para o salão, quando fixei meus olhos nas escadas, meus olhos foram diretos para uma cabeleira ruiva. Observei ela conversar com as amigas por um tempo e depois tive uma vontade inesperada de dançar com ela. Eu queria ela. Não olhei mais para nenhuma garota nesse dia, algumas tinham a audiciedade de me chamarem para dançar. Não teria que ser ao contrário? Não consegui recusar algumas, até pensei que elas poderiam me fazer voltar a atenção totalmente a elas, mas nenhuma me fez querer ficar mais de dez minutos perto dela.
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O Baile
Teen FictionUma garota absolutamente normal de acordo com os termos da sociedade, mas não aos olhos de Ravaryn. Anne é uma menina como as outras, que esperam ansiosamente pelo grande baile real, só que ela não conta que a partir dali sua vida mudará bruscament...