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Rafe Cameron

Estou sentado na sala, observo a praia através da enorme janela da varanda. O vento e a chuva estao fortes lá fora. É de madrugada então a casa está silenciosa. Bebo mais um gole de whisky até ouvir passos na escada. Não me viro para ver quem é, se não me vissem até era melhor.

-Acordado às 2 da manhã? - a voz de Ayla atravessa os meus ouvidos

-Não tenho sono - respondo ainda sem me virar para trás - E tu?

- Estou preocupada com o meu irmão, não sei como estão as coisas em casa - ela diz e sinto preocupação na sua voz

Ficamos em silêncio uns minutos, ela dá a volta ao sofá e senta se ao meu lado, com uma certa distância.

- Vocês kooks têm tudo. Uma boa casa, uma boa família, dinheiro, comida com fartura, conforto e nós Pogues, só temos um teto frio, sujo, estragado, pouca comida e não temos conforto

- Não te iludas, Kooks vivem de aparências - a olho pela primeira vez

Ayla usa um pijama polar rosa de manga comprida e calça, parece ficar justo no corpo dela pois ainda consigo ver as suas curvas.

- Sim, talvez, mas ao menos não são pobres, passam fome e frio, têm mais do que um trabalho para sustentar a família e mesmo assim não chega.

- Eu não tenho culpa disso

- Eu nao estou a dizer que tens - ela me olha

- Nem toda a gente Kook tem uma boa família. Eu por exemplo

-Só sabes reclamar das tuas irmãs  e elas são fantásticas Rafe - ela me repreende

- Eu não estou a falar delas - Ayla faz uma cara de confusa - Estou a falar do meu pai e da Rose. Para os outros parecemos a família perfeita, mas dentro destas paredes, nada é perfeito - ela me olha pensativa

- Eu nao te entendo

- É simples Ayla - me viro para ela pro completo no sofá - Não és a única com problemas paternos - ela me olha e depois desvia para o chão e acente

- É horrível ter um pai bêbado, que te bate, bate no teu irmão principalmente, que diz que te odeia, entre outras coisas

-É horrível ter um pai que odeia o filho, preferia que ele não tivesse nascido - ela me olha e leva a sua mão à minha

- Eu sinto muito - eu a olho por breves segundos

A garota sabia o traste que eu era mas mesmo assim me ouviu sem me julgar. Ela sobe a mão dela para o meu rosto e acaricia.

- Ayla... - chamo a atenção dela, não sei se ela não se ia arrepender

- Só cala a boca - ela diz e puxa meu rosto para o dela

Nossas bocas se unem e rapidamente ela pede espaço e eu dou. As nossas línguas brigam como se tivessem sede uma da outra. Seguro a cintura dela e a puxo para o meu colo. Ayla leva os braços para o meu pescoço e acaricia minha nuca. Continuamos sem desgrudar as nossas bocas, levo uma das minhas mãos às costas dela e passo por baixo da camisola sentindo cada pedaço a pele dela, ela está nua por baixo da camisola. Paramos o beijo por falta de ar, e ela cola nossas testas me olhando.

- Não podemos Rafe - rapidamente sai do meu colo

- É a segunda vez que dizes isso Ayla

-Eu sei, mas.... És um Kook, eu sou uma Pogue, e o meu irmão odeia te

- Ele não precisa de saber - ela nega e caminha pela sala, me levanto e vou até ela - Eu quero ter te Ayla, e não vou desistir até conseguir - digo e puxo o rosto dela para um selinho, ao qual se entrega

Quando me afasto, dou lhe um pequeno sorriso e subo para o meu quarto. Ainda não era hoje que teria Ayla para mim por uma noite.

My brother's enemy - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora