My brother's enemy - Rafe Cameron

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Rafe Cameron

Assim que chego no lado Pogue, Ayla já dorme, saio do carro e dou a volta, pego ela ao colo e depois vou abrir a porta de casa. Tomo cuidado para não a acordar ou a deixar cair, assim que abro, fecho com o pé e depois caminho para o quarto dela, arrumo a roupa da cama e a deito lá. Fico a olhar ela dormir, é tão linda, Ayla é simplesmente perfeita, loira, olhos castanhos claros, lábios finos, nariz fino, bochechas pequenas e tem algumas sardas perto do nariz. Ela é simplesmente a garota mais linda que eu já vi.
Penso em deixá-la ali e ir embora, mas é perigoso deixa-lá sozinha principalmente quando está chapada e só vai acordar amanhã. Volto à porta da entrada e a tranco. Depois vou para o banheiro e tiro minha roupa, ia tomar um banho rápido, apenas para tirar a areia da praia, podia fazer isso com ela, mas Ayla podia acordar e achar que estou abusar dela então prefiro deixa-lá assim. Quando termino visto minha cueca e meu short de novo e volto para o quarto. Não há nem um tapete no chão, então não vou dormir na tijoleira gelada, me deito ao seu lado na cama e me cubro, tento manter a distância entre nós.

Acordo com o despertador a tocar, olho para o lado e Ayla se levanta para tirar o celular do bolso e o desligar.

-Porra - resmunga assim que deixa o celular cair sobre a cama

- Bom dia - digo e ela levanta da cama assustada

- Caralho que susto, posso saber o que fazes aqui? - ela pergunta e leva a mão à cabeça provavelmente com dores

- Bom, eu te trouxe para casa ontem e acabei dormindo aqui

- E eu por acaso autorizei isso? - ela pergunta e passa as mãos pelo corpo vendo que ainda está vestida

- Não, estavas bêbeda e chapada demais para isso, a única coisa que autorizaste foi que te pegasse ao colo na praia, praticamente imploraste por isso

- Ah cala a boca Rafe, não deve ter sido assim - ela bufa e vai até às caixas procurar algo

- Foi exactamente assim - levo as mãos atrás do pescoço e relaxo o corpo todo

- Vai te foder e vai embora da minha casa - ela sai do quarto com algumas peças de roupa e eu reviro os olhos

Eu ia embora, mas ela ia me levar até ao clube. Pego o meu celular e vejo as horas, faltava 40 minutos para o clube abrir, então ainda posso ficar na cama mais um pouco. Me viro no colchão e sinto o cheiro dela invadir as minhas narinas, porra eu tinha saudades dela, do toque dela, do beijo dela, do cheiro. Eu podia dizer que não mas Ayla era uma garota diferente para mim, ela tinha algo de especial pois eu nunca me senti assim em relação a outra mulher.
Ouço os passos dela e logo a garota entra no quarto. Não a olho mas ouço a respirar fundo e mexer nalgumas coisas, depois volta a sair e uns minutos depois ouço ela a mexer em coisas na cozinha. Me levanto da cama e vou até ao banheiro, lavo os dentes com o dedo e visto minha t-shirt, saio dali e vou para a cozinha. Ela bebe café e come umas bolachas, vejo que tem café feito e pego uma caneca que encontro numa prateleira e coloco um pouco. Me encosto ao lado dela no balcão enquanto bebemos o café.

- Fiz muita merda ontem? - ela pergunta depois de ficarmos um bocado em silêncio

- Um pouco, beijas te Kiara e mais alguns caras, compraste baseados ao Barry, fumaste, bateste no Topper, o insultaste e..... Que me lembre foi isso

- Meu Deus... - ela murmura

- Relaxa, não aconteceu nada grave - ela me olha com os olhos arregalados e depois olha o chão

- Topper vai fazer com que eu seja despedida desta vez

- Não, ele não vai - ela me olha e eu aproveito para me aproximar dela

Coloco a caneca na banca e me posiciono na frente dela. Ayla olha cada movimento meu, encaro o seu corpo, agora vestido com uma calça preta e uma t-shirt vermelha do clube. Coloco uma das minhas mãos no seu rosto e acaricio

- Eu não vou deixar que ele te despeça -  ficamos naquela posição trocando olhares por minutos até ela desviar e olhar o chão

-Vamos embora, eu levo te até ao clube

Ela se afasta e vai até ao quarto. Depois volta com a sua bolsa e abre a porta, eu a sigo até ao carro. Assim que entramos, ela liga o som que é a rádio, pois o carro é tão velho que não dá música nem por CD nem Bluetooth. Fazemos o caminho todo em silencio. Assim que ela estaciona, saímos do carro e ela nem falou comigo, apenas se afastou e entrou no clube. Passo a mão no cabelo e olho o chão, eu merecia o desprezo dela, mas o meu ego e mais alguma coisa em mim fazia com que as atitudes dela me magoassem. Volto para casa a pé e chego em uns 15 minutos.