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Ayla Maybank

Estaciono o carro na entrada de casa do meu pai e ainda tenho um sorriso na cara. Rafe podia ser um idiota mas talvez fosse um idiota diferente comigo, ele mostrava preocupação, ele cuidava de mim, ele me dava carinho, ele me protegia, ele me satisfazia como nenhum outro conseguiu. Balanço minha cabeça e pego minha bolsa saindo do carro, assim que atravesso o pequeno jardim ouço garrafas a partir. Merda. Abro a porta da casa rapidamente e me deparo com JJ no chão, meu pai acerta com duas garrafas nele.

- Pai! Para! - grito e me aproximo dele segurando seu braço

Ele me olha por uns segundos até indireitar a postura e jogar as garrafas no chão. Ele sorri e me encara. JJ aproveita para se levantar e ficar ao meu lado.

- Vejam só se não é a minha filha engrata que saiu de casa

- Foi a melhor coisa que eu fiz - respondo e ele sorri de lado levantando a mão para mim mas JJ é mais rápido e segura o braço dele

- Nela não - ele diz e meu pai afasta se de nós dois

- Vocês são iguais, não sei nem como são meus filhos - ele se joga no sofá e bebe um pouco de cerveja

- Vem comigo - seguro o braço de JJ e o puxo para o seu quarto - Vais colocar alguma roupa numa mochila e vais sair daqui comigo agora

Eu sou autoritária e ele levanta a sobrancelha e fecha a porta do quarto

- E deixar o pai sozinho?

- O que preferes? Apanhar todos os dias ou deixá-lo sozinho? - ele olha o chão e eu me aproximo dele - JJ, eu me mudei daqui e foi a melhor coisa que eu fiz, eu ainda sou uma Pogue, eu ainda vivo deste lado, a minha casa não é a melhor e ainda me falta muita coisa para ser considerada uma boa casa mas ao menos eu não passo mais por estas coisas - aponto para a porta - Por favor, vem comigo, olha como ele deixou o teu rosto e o teu peito. Estás todo cortado e arranhado, tu não mereces isto JJ. Ele pode ser nosso pai mas não da para viver mais assim - ele me olha e depois me abraça, nem me importo com o sangue, apenas aproveito o abraço do meu irmão.

- Há algum colchão para mim? - ele pergunta e eu sorrio me afastando do abraço

- Não, mas nós vamos agora mesmo comprar, pelo menos o colchão, a cama eu posso comprar no próximo mês - ele sorri fraco e segura minha mão

- Eu posso dormir no chão, não tem problema

- Relaxa, um colchão não é tão caro e se for, dormimos juntos, lembraste de quando o fazíamos? Quando éramos mais novos e o pai nos batia?

- Sim, dormiamos um para cada lado, sorte que a tua cama era grande senão não cabiamos os dois - rio fraco com ele

- Verdade, mas agora arruma as tuas coisas

Ele vai para o armário e tira a maior parte das suas roupas. Joga tudo em cima da cama e depois pega duas mochilas começando a guardar tudo lá dentro, depois pega alguns porta retratos nossos e com a nossa mãe e guarda. Depois coloco o seu outro par de ténis e os seus bonés.

- Tou pronto - diz com as mochila nos ombros

- Ótimo, vamoz bazar daqui - abro a porta do quarto e ele me segue

Assim que chegamos na sala, nosso pai está jogado no sofá, eu apenas passo reto e saio de casa, JJ fica um pouco para trás mas quando abro o carro ele está logo atrás de mim.

- Vamos passar por casa primeiro, precisamos cuidar dos teus machucados, depois compramos o colchão - ele acente e liga o radio do carro

Good Girls Go Bad, invade o carro.

My brother's enemy - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora