Los Angeles, Califórnia
Sábado, 17:32 pmS/N's POV.
Depois de uma grande discussão com minha mãe, que tive à umas semanas atrás, ela tomou essa decisão, e hoje a tarde cheguei em Los Angeles.
Nunca cheguei a ter uma briga feia com ela, mas confesso que ultimamente eu andava passando dos limites, então, admito que é justo.
Sim, por mais que talvez essa decisão possa ser a melhor opção eu ainda estou brava, pois eu tinha tudo em NY! Amigos, uma boa escola, meu time de debate e pesquisa, tudo! E eu tive que abandonar tudo o que eu tinha para me mudar para cá!
Mas eu passei da fase de fazer birra por qualquer "não" que eu levar, então como eu sabia que minha mãe não ia desistir dessa ideia, o melhor que eu pude fazer foi aceitar, com zero vontade de fazer isso, mas ainda sim, não tinha o que fazer, e falo isso na verdade porque tentei argumentar mas não deu em nada, não mudou a decisão dela, então..O que eu posso fazer agora que já estou aqui?
Uma coisa eu sei, eu tinha que tomar coragem para bater na porta àminha frente, eu devia estar a uns 5 minutos simplesmente parada esperando um milagre acontecer e minha mãe aparecer me levando de volta pra NY, mas claro, isso não ia acontecer, então criei coragem e bati.
1 minuto.
3 minutos.
- Tem alguém em casa? - falo aumentando o tom de voz e batendo novamente.
Era só o que me faltava, ter que ficar plantada na frente da porta de um estranho, e com chance de outras pessoas me verem. E se eu bati na porta errada? Não, chequei o endereço três vezes antes de ter certeza.
Um som, alguém resmungando escuto por trás da porta, passos. Meu deus, é agora que eu saio correndo?
Então ela abre, e eu o vejo, depois de 14 anos, vejo seus olhos azuis, seu cabelo loiro, esta com algumas rugas a mais desde a última vez, mas já faz tanto tempo.
O cheiro de cerveja barata entra nas minhas narinas e faço uma careta.
- Você nunca ouviu falar em banho não? - falo tapando meu nariz.
- Como assim? Quem é você? - o homem parado na porta diz.
- Decepcionada, mas não surpresa que você não me reconhece mais pai, eu mudei desde a última vez que nos vimos.
Então o choque chega em seu rosto quando ele percebe, sua filha parada em frente a porta, esperando que no mínimo ele a reconheça.
- S/n? - ele faz uma cara confusa e eu assinto. - Você tá muito maior do que eu lembrava!
E ele abre um sorriso meio desconfortável e eu também.
- É pai, eu deve ter mudado durante esses 14 anos em que você não me visitou. - e vejo ele fazendo uma cara de culpa ao escutar o que eu falo.
- Eu.. você quer entrar? - ele pergunta.
Faço que sim com a cabeça e entro em sua, agora nossa, casa, é pequena, fede a cerveja e eu vejo algumas latas da mesma jogadas no chão, uma bandeira dos Estados Unidos e uns quadros.
Não posso dizer que não esperava, até porque um solteiro, desempregado não iria ter uma casa cinco estrelas.
Ele olha paras as malas nas minhas mãos e faz uma cara confusa.
- Mas, por que você tá aqui? Como que você tá aqui? - ele pergunta pegando uma lata jogada e bebendo o resto de cerveja.
- Fiz merda e minha mãe me mandou pra morar com você, parabéns! Você vai morar com a sua filha! Surpresa! - balanço minhas mãos com uma casa de tédio.
- Hm - ele resmunga e fica em silêncio em seguida me encarando. - Posso falar com a sua mãe?
- Eu acho que pode? Que tipo de pergunta é essa? É só ligar pra ela!
- Eu meio que apaguei o número dela, você pode me emprestar seu telefone? - ele fala meio envergonhado, patético.
- Senhor, aonde eu fui me meter. - bufo e entrego o celular pra ele.
- Err cadê os botões?
- Como assim? é um celular ué, não tem botões! - falo confusa.
- Os botões ué! Ah quer saber, liga pra ela e me coloca pra falar, isso tá me estressando já! - ele fala me devolvendo o celular.
- Você não sabe mexer em um celular? - falo segurando a risada. - Ok, eu ponho pra você, um segundo.
Desbloqueio o celular e entro no contado da minha mãe, olho para a foto dela e dou um sorrisinho, então ligo para ela. Quando ela atende entrego meu celular pra ele e eles começam a conversar, logo ele sai da sala e entra em uma porta, que deve ser um quarto, e a conversa fica abafada, mas eu escuto uma última coisa antes da conversa ficar completamente inaudível.
" - Você devia me avisar antes de mandar a menina pra cá, Ali. "
⤫
805 palavras (revisado)
Primeiro capítulo da fanfic, bem curtinho, mas é uma pequena introdução direta.
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problematic | hawk - falcão
FanficPor mais que S/N seja uma garota calma e que não arruma confusão, as vezes ela passa dos limites. Depois de se envolver numa briga em sua antiga cidade, sua mãe à obriga a ir morar com seu pai, mas o que a garota menos espera é que sua vida mude com...