CAPÍTULO - DEZESSETE

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▶  C H A R L E E — M A N S F I E L D ◀

Yves... Faça amor comigo... — Peço, notando ele parar o que fazia, me olhando rapidamente. Engulo em seco, pensando ter falado besteira. Yves se levantou e eu rapidamente fiz o mesmo.

Merda...! Estou misturando as coisas.

— D-desculpa! Eu não devia... Não devia ter dito isso, eu... Acho melhor eu ir. — Falo, nervoso, seguindo rapidamente até a porta, mas em fração de segundos, Yves me puxou pela cintura, me pondo contra a porta e agarrando meus cabelos. Para a minha surpresa... Unindo nossos lábios.

Yves havia me beijado.

Eu simplesmente congelei, tentando processar o que havia acontecido. Retribuí o beijo, que se tornou necessitado. Eu estava preso entre a porta e seu corpo, mas era a melhor sensação do mundo. Ele me beijava como se não houvesse o amanhã, explorando meu corpo livremente com suas mãos.

Isso não era um sonho, era? Ele me beijava com voracidade, como se há muito tempo não fizesse isso. E sua boca era tão saborosa e macia. Sua barba causava cócegas em minha pele, mas era gostoso, e seu beijo... nossa!  Me levou direto ao paraíso.

Yves foi me empurrando com calma, sem parar o beijo, até me ter deitado em sua cama.

Ele era uma mistura de calmaria com tempestade, e sim, era possível fazer essas duas combinações.

Sua mão repousava em meu pescoço, subindo para meus cabelos, os agarrando e tendo controle sobre meus movimentos, tentando enfiar ao máximo sua língua em minha boca, travando uma guerra erótica entre nossas línguas, que pareciam necessitadas em busca de contato.

O peso do seu corpo estava sobre o meu. E ter aquele homem enorme, maravilhoso e terrivelmente sexy sobre mim, não podia ser uma sensação melhor.

Logo sinto sua ereção roçar em minha barriga, mas ele não parecia apressado com isso. O beijo não tinha hora para acabar. Ambos estávamos desejando por isso e agora queríamos saciar nossa vontade até acabar o oxigênio. E certamente continuaríamos depois disso.

Senti sua mão livre apertar minha cintura, me fazendo gemer em sua boca. Ele grunhiu, intensificando nosso beijo, agarrando meus cabelos e me puxando pela nuca. Ele queria me devorar, e sim, eu queria ser devorado por ele.

Estávamos insanos!

Sinto suas mãos buscarem pela barra do meu short, o puxando para baixo, e ergui minha cintura apenas para facilitar sua busca incansável de arrancar minhas roupas.

E o oxigênio? Dane-se!

Por hoje, não precisamos dele. Não enquanto nossas bocas estiverem unidas.

Minhas mãos procuraram por sua calça, desabotoando-a e a empurrando com urgência para baixo.

Yves cessou o beijo, me olhando fixamente, por longos segundos. Retribuo seu olhar, acariciando sua barba, sentindo minha boca dormente, mas querendo mais do seu beijo.

— Eu espero não ter entendido errado... — Murmuro, ofegante. Ele sorriu, negando.

— Eu também espero. — E me beijou novamente, com intensidade. Seu beijo, sua boca, seria meu abismo.

Gemi, no momento em que sinto a mão grande de Yves pegar em meu pau, me masturbando, não deixando em nenhum momento a minha boca.

Suas pernas foram abrindo as minhas, se posicionando em minha entrada. Ele foi me invadindo com cuidado, devagar. Eu apenas gemia em sua boca, sentindo todo o meu corpo estremecer com cada centímetro que me invadia, fazendo bom uso da lubrificação que ele sempre tinha por perto.

Suas mãos passaram por dentro da minha camisa, apertando e passeando por minha pele, pausando nosso beijo apenas para retirar minha camisa. Passo a mão por seu peito desnudo, sarado, sentindo todos os seus músculos, seu abdômen... Meus dedos contornavam suas tatuagens marcantes, até alcançar sua barba, a afagando e a puxando para mim, intensificando nosso beijo.

Agora suas estocadas eram fortes, rápidas, intensas, que me faziam gemer alto. Eu queria conhecer seu corpo, sentir cada pedaço dele. Assim como eu sentia que ele queria fazer o mesmo comigo.

Minutos depois, sinto meu corpo estremecer. Uma sensação já bem conhecida por mim. Yves também começou a gemer mais alto, intensificando cada vez mais suas estocadas, metendo fundo dentro de mim, sem dó.

Abraço seu pescoço, podendo ouvir seus deliciosos gemidos ao pé do meu ouvido, e logo atingimos o orgasmo juntos. Eu, sujando nossas barrigas, e ele gozando dentro de mim.

Yves caiu ao meu lado, exausto, ofegante. O olhei, esperando minha respiração voltar ao normal. Me deito de lado, fitando seus olhos. Ele me encarou, nos fazendo entrar em um diálogo silencioso por alguns minutos. Um diálogo que conversava apenas com o olhar, na qual não precisava de palavras.

— Vai sair do quarto? — Pergunto, em tom de brincadeira mas com um fundo de verdade. Ele riu, meio cansado, me puxando pela cintura, fazendo com que eu me deitasse em seu peito.

— Não. — Foi a única coisa que disse, antes de voltar a me beijar como se não houvesse o amanhã.

Aquela noite... certamente foi a melhor da minha vida.

DONO DA MÁFIA, DONO DE MIM - Nova versão (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora