Kelly Severide | Chicago Fire

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onde você e Kelly se ajudam à lidar com o Luto de Leslie

onde você e Kelly se ajudam à lidar com o Luto de Leslie

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S/n Willson's Pov

Todos nós do 51 perdemos um pedaço quando Leslie se foi, mas nada comparado a Dawson e Severide. E eu também, afinal, ela era minha melhor amiga desde Saint Louis. Tentei falar com Kelly, mas não adiantou de nada.

Isso até Boden me puxar para sua sala, mandando eu dar um jeito na situação do meu amigo. Sev não aparecia mais nos turnos, Matt havia me dito que ele iria trocar de quartel. Depois que meu turno acabou, eu fui para casa para pensar o que iria fazer sobre Kelly. Sempre passava pela porta deles à caminho de casa, e dessa vez vi a porta aberta e moto dele na calçada. Parei meu carro do outro lado da esquina e andei pela rua.

Subi as escadas que levavam até a porta, vendo Kelly apoiado contra o sofá da sala com uma garrafa de cerveja em mãos. Suspirei com aquilo. Era horrível vê-lo assim.

— Hey, Sev — o chamei ao entrar e dar toquinhos na porta

Ele me olhou, e pude ver as lágrimas molhando seu rosto. Andei até ele, vendo que era um vídeo dele e de Shay, no antigo apartamento dela.
Abracei o bombeiro de lado, sentindo ele deitar sua cabeça em meu ombro, me puxando para ficar na sua frente. Senti seus braços ao redor da minha cintura, enquanto tirava a garrafa de cerveja pela metade de suas mãos.

— Eu... Eu não devia ter mandado ema entrar — Sev diz com a voz embargada — Devia ter tirado o cara! Ela não merecia... isso, não ela.

— Kelly, ei! — levanto seu rosto, enxugando as lágrimas das suas bochechas — Não foi sua culpa, nem minha, nem do Casey e nem da Dawson... Ela apenas... se foi. Não pudemos fazer nada e eu sei... que isso nós mata quando lembramos disso. Não pode se culpar, Sev. Ninguém aguenta a culpa e a dor, juntas, ao mesmo tempo. Se ela te visse assim... ia mandar você parar de ser fraco e por sua jaqueta, porquê vocês iriam ao Molly's — ele concorda sorrido de leve ao final

Ele volta a me abraçar, e solto um suspiro, sentindo sua dor. Queria voltar no tempo e ter descido aquelas escadas para ajudar as meninas.

— Me desculpa... Eu acabei com sua blusa — ele diz me soltando lentamente

— Não tem nada não — sorri fraco para ele, cruzando os braços e os apertando com força— Sev, precisamos conversar

Ele solta um suspiro e vai até a cozinha, pegando outra garrafa de cerveja na geladeira. O segui e voltei com a garrafa para o lugar onde estava, encarando o tenente seriamente.

— Não adianta, não vou voltar para o 51! — ele diz se apoiando no balcão a minha frente

— E como vai lidar com isso? Bebendo o tempo todo? Indo para outro lugar onde ninguém a conhecia? Mudando de casa? — ele abre a boca para falar algo algumas vezes, o que não deixo acontecer — Eu entendo que doí, mas não pode fugir das memórias da Shay! Não pode fazer isso com ela! Ela era sua melhor amiga... Não pode virar sua vida de ponta cabeça para fingir que ela nunca existiu

— Eu sei! Mas eu não posso mais continuar vendo ela em todos os cantos de todo lugar que eu vou — ele diz com a voz rouca de tanto chorar — Não quero voltar lá, e ver outra pessoa na ambulância com a Gabbie. Não quero voltar lá e não ter o armário dela de frente pro meu... Eu não posso! Não quero acreditar que... ela não... não tá mais aqui!

Fiquei ao lado de Severide novamente, alisando suas costas.

— Não é fácil, mas não é tão difícil quando tem sua família ao seu lado — sorri fraco para ele — Por favor... Só um turno. Um único turno! Se não aguentar, eu mesma tiro suas coisas do armário!

Kelly me olha por alguns minutos, e respira fundo negando com a cabeça em seguida. Ele assentiu, me deixando um pouco mais animada.

[dois meses depois]

Quando consegui entrar no Esquadrão 3, a primeira coisa que quis fazer foi contar para Shay... Até minha ficha cair.

Acabamos de voltar de um chamado, e eu estava tomando meu café da manhã, até Matt me falar para ir para mesa do Esquadrão do lado de fora do quartel. Bufei irritada com aquilo, já que Capp não parava de encher meu saco. Fui até lá, terminando de comer meu ovos.

— Que foi? Não posso nem comer em paz — digo ao chegar na mesa, me sentando na cadeira ao lado de Kelly

— Quanta animação! — Mills ri de mim, enquanto eu girava na cadeira de rodinhas

— Que mal humor, só porquê um carro quase caiu de uma ponte nas nossas cabeças? — Kelly pergunta rindo

Parei de rodar na cadeira de rodinhas, cruzando minhas pernas.

— Vocês são tão mórbidos! — fiz uma cara de assutada — O que quer, Kelly??Eu tô com fome e com certeza Cruz e Ottis vão comer meu muffin!

— Kelly? Não é Tenente não, novata? — Capp me olha do outro lado da mesa

Severide se levanta, terminando de tomar uma xícara de café enquanto ria da situação.

— Querido, a menos que tenha algum chefe de distrito aqui, eu me recuso veementemente de chamar esse projeto de bad boy de Tenente — aponto para o Kelly

Ela joga algumas cartas em mim, antes de me ajudar a levantar da cadeira. Escutei a risada e a zoação dos meninos, enquanto segui Kelly para trás da Viatura de Matt. Me apoiei contra o veículo, olhando para o bombeiro a minha frente.

— Eu só queria agradecer pelo apoio, depois que aconteceu com a Shay... — ele cruza os braços, o que fazia quando estava nervoso — Sem você, acho que teria feito uma enorme burrada!

— Não precisa agradecer, Sev — sorri para ele — É meu amigo, faria isso mais trilhões de vezes se precisasse. E acho que te ajudar... Me ajudou também

Ele sorriu para mim, e que sorriso, senhoras e senhoras. Kelly era bonito, óbvio. Deu em cima de mim quando entrei para a viatura, mas não passamos de flertes e pegação resultante de vários shots de vodka.
O vi enfiar a mão no bolso, tirando um saquinho preto aveludado de lá.

— Era da Shay... Ela ia te dar depois que entrasse para o Esquadrão— ele me entrega o saquinho, me deixando confusa

Abri o lacinho, vendo um colar de prata, naquele modelo dos de guerra. Tinha a corrente de bolinhas, e no pingente tinha escrito "Esquadrão 3" na letra de Shay. Soltei um suspiro, sentindo meus olhos lacrimejarem. Não queria chorar no meio do quartel, e Sev me puxou para perto, me abraçando. Abracei sua cintura, sentindo aquela tristeza me consumir por inteira.

— Tá tudo bem, tudo bem chorar — ele murmura uma das frases que eu havia lhe dito

— Odeio quando vem essa tristeza enorme do nada — o solto, secando as lágrimas — Eu me sinto uma idiota

Voltamos a andar em direção ao quartel, enquanto eu colocava o colar. Kelly ajeitou meu cabelo, alisando meu ombro levemente em seguida.

— Só... chore. Deixe vir com tudo, é mais fácil do que negar aquele sentimento — ele parou de andar próximo a mesa do Esquadrão

Ele deixou um beijo na minha testa, e piscou para mim. Passei por ele, e bati na sua bunda, o vendo me olhar incrédulo. Entrei novamente nos corredores do 51, escutando as risadas do Esquadrão 3 novamente.


notes

001. tava revendo a morte da shay ontem, e foi só depressão.

002. o que acharam do imagine??? votem e comentem por favorzinho, motiva mt a autora aq<3

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com amor, Nalu <3

𝐂𝐎𝐓𝐓𝐎𝐍 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐘 vol.2 -imagines and preferences彡Onde histórias criam vida. Descubra agora