0.9

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POV Tsukishima
Era sábado e eu estava ansioso para encontrar [Nome]. Nervoso, termino de me arrumar e pego minhas coisas para sair de casa.

Me aproximando da casa dos gêmeos, toco a campainha e a mãe deles atende:
- Olá, Tsukishima! Tem um tempo que você não vem! Entra! - Abre um espaço e eu entro.
- Oi, Senhora Yamaguchi. Eu vim buscar sua filha. Ela já 'tá pronta?
- Oh, sim. Eu vou chamar ela. Aproveita e se senta enquanto espera.

Vejo ela subir e penso no que falar quando encontrá-la.

Escuto passos e olho para a escada vendo as duas descendo.
- Oi!
- Oi... - Ela diz.
- Bem, meninos. Eu vou ficar por aqui. Filha se precisar de qualquer coisa, me liga. - Fala e sobe. Nos olhamos e ela cora de leve.
- Vamos? É um lugar legal.  - Ela acena com a cabeça e vamos para nossa saída.

Depois de um tempo, ela pergunta:
- Ei, a gente já 'tá chegando? 'Tô me cansando já. - Ela ri.
- Sim, sim. Olha ali, 'tava pertinho. - Pego sua mão e a levo para nosso lugar.

Tinha uma rede de vôlei e um banquinho no lado. Era tudo em grama e tinham bolas no cesto. A Sol estava bonito e ele iluminou toda essa parte.

- Uau! Tsukki, aqui é bonito!
- Eu sei... Eu quis te trazer aqui 'pra gente jogar um pouco e conversar num lugar calmo. Você gostou?
- Claro! Eu amei, você me surpreende ainda mais. - Diz encostando nossos ombros.
- Então, vem. Quer jogar primeiro? A gente busca um sorvete ou outra coisa depois que jogar. - Ela concorda e começamos a jogar.

Como ela disse que queria jogar melhor, tentei ensinar o bloqueio. Me aproximo das suas costas e seguro suas mãos levantando os braços. Falo para ela esticar as pernas para dar impulso e seguro sua cintura demonstrando a postura.

- Pronto. Tenta pular agora. Flexiona os joelhos e pula. - Ela faz o que eu falei, mas não consegui. - Olha só, eu vou te ajudar no impulso e você tenta de novo.

Ponho minhas mãos em seu quadril e falo para ela pular a ajudando no impulso.

- Consegui, Tsukki! - Ela vira para mim e nos olhamos sorrindo.
- Isso mesmo. Agora você já sabe como é. - Digo e percebo que minhas mãos ainda estão no quadril dela. Tiro rapidamente e sinto meu rosto queimar vendo o quão próximos estamos.

Desço meu olhar e ela faz o mesmo. Me assusto com tudo isso e me afasto lentamente. Coço a nuca e falo:
- Você quer comer? Vamos comprar alguma coisa.
- Hum? Claro, vamos. - Vamos para uma sorveteria ali perto e fazemos o pedido voltando para o banquinho que tinha.

- Você disse que eu posso te dizer tudo, né?
- Sim, eu disse. E você pode, sim, confia em mim! - Sorri pequeno.
- Então, eu queria falar sobre aquela vez no encontro do time.
- Pode falar. Sobre o que é?
- Sobre a minha família. - Começo. - Meu pai tem um vício enorme com bebida e ele acaba sendo um pouco violento quando bêbado. Minha mãe trabalha o dia inteiro, então, ela não consegue fazer muita coisa em relação a isso. Meu irmão 'tá na faculdade e só fixa em casa no final de semana. Acaba que sou só eu e meu pai em casa.
- Ele faz alguma coisa com você? - Nego e continuo:
- Ele costumava fazer, não faz mais, porque a gente já consegue se defender. Mas quando pequenos, eu e meu irmão sofríamos muito. Ele era abusivo e já chegamos a apanhar dele. Minha mãe ameaçou denunciar ele se acontecesse isso mais uma vez. Ele não fez mais, mas ele ainda machuca a gente, tipo, verbalmente.
- Eh? Como assim? Vocês deixam ele passar numa boa?
- Pior que sim, ele até já foi intenado uma vez. Não adiantou nada, ele voltou mais agressivo. Agora, tentamos ignorar ele.
- Eu sinto muito que isso esteja acontecendo com você. Quando ficar pior, pode ir lá 'pra casa que tanto eu e meu irmão vamos estar lá. Pode contar comigo. Se ficar muito ruim, me liga e toca a campainha que você dorme lá, okay? Pode ser difícil contar 'pra alguém, mas fico feliz que confia em mim o suficiente. Meu irmão sabe disso?
- Não sabe, seu irmão passa por bastante coisa no vôlei e não qiero preocupar ele.
- Não tem disso, ele é seu amigo e vai te ajudr se precisar. E você tem a mim, eu 'tô aqui.

Sorrio e me aproximo a abraçando e agradecendo pelo o que ela havia dito. Ela me abraça de volta com surpresa. Solto uma risadinha feliz e ela questiona:
-Ei, 'tá rindo do quê?
- De você. Eu adoro que estejamos próximos assim.
- ... Eu também gosto disso.

Depois dessa nossa conversa, voltamos a jogar e a conversar até o Sol se pôr. A levei para sua casa e me despeço com outro abraço. Ela sorri e me abraça de volta.

Chego em casa sorrindo e esperando que nada de ruim aconteça. Subo para o banheiro e tomo banho rápido querendo deitar e descansar. Quando assim me deito, lembro do abraços que damos e conversas que tivemos.

Ela também gosta de estar assim comigo... Acho que gosto dela mesmo... É, eu gosto dela.

Somehow, we fell in love. (Tsukishima x OC)Onde histórias criam vida. Descubra agora