Capítulo 33

1.3K 152 43
                                    

● pov. Narrador ●

No dia seguinte, todos os familiares foram embora após o almoço, a viagem seria longa para a família de Rafa, e também para Bianca e Mariana. A tarde de domingo se passou rápido com Sofia abrindo todos os brinquedos que tinha ganhando e fazendo a maior algazarra.

A segunda logo veio e o decorrer da semana também, a escolinha de Sofia havia começado, ela ficava de manhã com Júlia e a tarde ficava no pré. Gizelly continuava seu trabalho exemplar lotada de casos. Rafaella cada dia crescendo e conquistando mais clientes com seus projetos, seu próximo passo era contratar dois arquitetos para lhe ajudar, já eram muitos pedidos e para uma pessoa, ficava cansativo.

...

● pov. Rafaella ●

Acordei extremamente enjoada na quinta de manhã e nem o café desceu, deixei um beijo na filha que ainda dormia e peguei minhas coisas. Gizelly e eu saímos de casa e ela me deixou no meu escritório, nos despedimos com um beijo e ela se foi. Nossa relação já tinha voltado ao normal, estávamos bem, felizmente a tal Luana tinha deixado a gente em paz e eu esperava que continuasse assim.

A primeira coisa que eu fiz foi criar um espaço no meu site abrindo vagas de arquitetos no meu escritório, sendo assim, poderiam já deixar seus currículos por ali mesmo, mostrando alguns de seus projetos.

A manhã se passou rápido e logo a hora do almoço chegou, fui até o restaurante ali perto, me sentei na mesa e fiz meu pedido. Mandei mensagem pra Gizelly e ela não me respondeu, liguei algumas vezes e ela não me atendeu também. Resolvi deixar de lado, talvez ela estivesse ocupada demais, logo o meu pedido chegou e eu almocei.

Terminei vinte minutos depois e liguei outra vez pra Gizelly, em vão. Como faltava um tempinho para eu retornar ao trabalho, resolvi passar no escritório de Gizelly, acertei a conta, pedi um uber e quinze minutos depois o motorista parou o carro em frente ao seu escritório. O paguei e adentrei o local encontrando Ivy ali.

- Ivy a Gi está aqui? perguntei e ela me olhou ficando branca.

- Rafa... ah eh, a Gi... tá, é que...

- O que foi Ivy? perguntei já ficando preocupada.

- Acho melhor você não entrar lá agora.

- Por que? Ela tá em reunião? questionei.

- Não, é que...

Nem esperei a mesma terminar, segui em passos firme até a sua sala e antes que eu pudesse abrir a porta, a mesma foi aberta com tudo e a Luana saiu de lá com a roupa toda desarrumada e seu batom vermelho todo borrado.

Meu olhar passou por ela desviando para Gizelly que me olhava sem reação alguma.

- Eu falei que você era uma ingênua. Luana disse chamando a minha atenção. Ela tinha um sorrisinho no rosto.

- Você é um piranha, mal amada.

Agarrei em seus cabelos os puxando com força e ela começou a gritar, logo a empurrei com tudo e ela bateu contra a parede e caiu no chão.

- Não adianta você me bater, vai continuar com um par de chifres na cabeça. ela disse rindo e o ódio me subiu.

Antes que eu pudesse ir pra cima dela outra vez, Gizelly agarrou meu corpo e logo Ivy e Taís apareceram ali.

- Me solta Gizelly!

- Luana some do meu escritório agora. Gizelly disse firme e a mesma se levantou e saiu rindo.

- Você é uma cafajeste mesmo né? falei me virando pra Gizelly, segurando as lágrimas.

- Eu não fiz nada, eu juro, me deixa explicar.

- Explicar que esse tempo todo você estava me enganando? E vocês tão acobertando ela, eu pensei que você era minha amiga Taís.

- Meu Deus Rafaella! Eu não estou acobertando nada.

- Eu não quero ouvir mais nada, e você eu nunca mais quero olhar na sua cara, nunca mais.

Sai correndo dali deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto. A cena de Luana saindo da sala de Gizelly se repetia na minha cabeça.

Eu era uma idiota.

Andei até uma praça onde pedi um uber que me levou pra casa, eu precisava ir embora e achar um canto pra mim e Sofia.

...

● pov. Gizelly ●

Maldita hora que resolvi permiti a entrada de Luana pra gente conversar, a mulher é mais louca da cabeça do que eu pensava. E Rafaella chegar aqui de surpresa e ainda ter visto toda a ceninha que ela fez, acabou fazendo com que ela conseguisse o que queria.

Peguei meu carro e fui diretamente pra casa onde esperava que ela estivesse. Ao chegar, adentrei a mesma e fui até o nosso quarto.

- Rafaella, o que você tá fazendo? perguntei sem obter resposta.

Ela chorava enquanto colocava suas peças de roupas dentro da mala. Segurei seu corpo e ela começou a me estapear.

- Ei, para com isso. pedi segurando seus pulsos mais firme sem machucá-la.

- Eu te odeio Gizelly, me solta.

- Não vou te soltar até você me deixar explicar o que aconteceu, onde você pensa que tá indo arrumando essa mala?

- Vou embora, vou arrumar um canto pra mim e a Sofia.

- Você não vai levar a Sofia de mim outra vez.

- Tudo bem, ela fica e eu vou então.

- Você também não vai a lugar nenhum Rafaella, se acalma e vamos conversar por favor. pedi a soltando e logo senti um tapa em meu rosto.

- VAI SE FODER GIZELLY! ela gritou saindo do quarto.

Fui atrás dela e a puxei pelo braço a virando pra mim. Ela espalmou suas mãos no meu peito e logo fechou os olhos com força, subitamente.

- Rafa tá tudo bem? a perguntei e antes que ela pudesse responder algo, ergueu sua cabeça respirando fundo e desmaiou caindo nos meus braços.

...

A autora queria falar algo mas melhor não falar, mas só deixando claro que a autora queria falar algo. 👀

Dois Corações E Um Mesmo DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora