Capítulo 42

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● pov. Rafaella ●

Nas minhas 28 semanas de gestação, eu me encontrava com dor nas costas e com muita insônia. Era raras as noites que eu dormia ela toda, simplesmente me lenvantava e ia para sala ficando lá vendo televisão até o sono bater de novo ou ficava vendo até amanhecer o dia.

O relógio marcava três horas da manhã, fui até a geladeira procurando por leite condensado e não achei. Fui até o quarto e observei Gizelly que dormia tranquilamente de bruços, me aproximei dela.

- Amor, amor acorda. a chamei mexendo em seus cabelos.

- Hum... apenas resmungou sem se mexer.

- Amor acorda... a chamei outra vez dando um beijo em seu rosto. - GIZELLY! aumentei meu tom de voz e ela deu um pulo na cama.

- Porra Rafaella! Que susto.

- Você não acorda, tem que gritar.

A observei se sentar na cama passando as mãos pelo rosto e cabelos.

- O que foi? Está passando mal? sua voz saiu rouca.

- Não, tô com desejo.

- De novo? questionou.

- De novo. respondi. - Quero que você vai comprar leite condensado.

- Não tem na geladeira? No armário.

- Não, eu já procurei.

- Vamos dormir amor, amanhã eu compro pra você.

- Eu quero agora.

- Rafaella pelo amor de Deus, isso não é hora de comer leite condensado.

- Mas eu quero, seu filho quer.

Ela se levantou saindo do quarto e foi até a cozinha, eu a segui me escorando no balcão a observando olhar o armário e a geladeira.

- Não tem, eu já olhei.

- Creme de leite tem.

- Eu quero leite condensado, amor por favor, vai querer que seu filho nasce com cara de leite condensado?

- Meu Deus do céu, eu já vou.

Ela saiu voltando pro quarto e minutos depois retornou com outra roupa e as chaves do carro.

- Já volto.

- Tá bom.

Enquanto ela saiu em busca do meu leite condensado, eu peguei meu celular e fiquei mexendo no meu ig passando cada story.

Uma hora depois Gizelly entrou pela porta com a sacola na mão.

- Nossa amor que demora. falei pegando a sacola e fui até a cozinha.

- Você acha que é fácil achar um lugar aberto uma horas dessas pra comprar leite condensado?

Tinha cinco caixinhas de leite condensado dentro da sacola.

Peguei dois pão de cachorro quente e o partir ao meio passando leite condensado e nutella. Me sentei na mesa e comecei a comer sob o olhar atento de Gizelly.

- Isso tá gostoso mesmo?

- Uma delícia. ela riu fazendo uma careta.

- Meu Deus, o lado positivo é que você não tem desejo de comer esses negócios estranhos ou até mesmo coisa que não é de comer, mas é cada mistura esquisita que você faz.

- Tá vendo o que seu filho tá fazendo comigo? Tá dando mais trabalho que a Sofia.

- Será que vai ser terrível?

- Você ainda tem dúvidas? Vai ser terrível igual você.

- Eu não sou terrível.

- Não, só cafajeste.

- Então o Miguel vai ser cafajeste igual eu? perguntou com um sorrisinho de lado e eu fechei a cara pra ela.

- Olha com todo respeito viu Gizelly, você não faça eu te dar uns tapas. falei séria e ela riu vindo até mim e se abaixou acariciando minha barriga.

- Ele vai ser garanhão igual a mamãe né Miguel?

- Gizelly não me estressa caralho.

Ela caiu na gargalhada e beijou minha barriga.

- Eu tô brincando amor. falou toda manhosa deitando a cabeça no meu colo.

- Sonsa, abestada.

Terminei de comer meu pão e ainda comi um pouco de leite condensado puro.

- Satisfeita bebê? Gi perguntou se levantando.

- Agora sim.

- Não te aguento, cada coisa que você me arruma.

Levei o prato até pia e apaguei a luz da cozinha e logo depois segui pra sala me sentando no sofá.

- Vamos dormir.

- Tô sem sono. falei frustada.

- Vamos lá deitar comigo que rapidinho você dorme. falou bocejando.

- Pode ir amor, já tô acostumada passar a madrugada em claro.

- Vem, anda.

Acabei cedendo e peguei sua mão e fomos pro nosso quarto. Me deitei me aninhando em seu colo e ela começou um cafuné no meu cabelo.

Não sei a hora que peguei no sono, apenas sei que Gizelly dormiu primeiro que eu.

...

Voltei. 👀

Dois Corações E Um Mesmo DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora