[ 01 ] contratada

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Tiffany estava sentada à mesa com óculos pretos tombados sobre a ponta de seu nariz, em seus lábios um batom vermelho vibrante. Ela erguia uma sobrancelha enquanto ouvia o que lhe era informada. A seriedade fazia com que o homem que estava a sua frente se sentisse desconfortável. Notara ela que, desde que chegou o homem tomara mais de duas taças de vinho. Ela achou aquilo engraçado, gostava de sentir e saber que sua presença era intimidadora. Ela só não tinha certeza se esse impacto vinha-se pelas dezenas de pessoas que já havia matado, por sua beleza ou por ambos fatos. Talvez por ambos fatos, pensou consigo.

— Então você quer que eu mate sua ex namorada pelo simples fato de que você não consegue lidar com a felicidade dela com outra pessoa? — Havia cinismo e ironia em sua fala.

— Sim. Nica é o grande amor da minha vida. Eu tentei trazê-la de volta para mim, mas ela está encantada por outro homem, por outro... E isso é inadmissível para mim! Pensar que a minha Nica está sendo tocada pelas mãos de outro homem.

Tiffany revirou os olhos ao acabar de ouvir aquilo. O homem não pode ver, os óculos cobriam seus olhos.

— Gregory, eu não quero saber dos seus sentimentos e seja lá o que for que tenha para falar dessa garota. Eu não me importo, não dou a mínima. Você não a ama, mas quer que eu a mate porque não sabe lidar com fato dela também não amar você. 

Tiffany levantou-se da cadeira que estava sentada e de dentro de seu decote retirou um cigarro junto de um esqueiro. Depositou o cigarro em seus lábios e se aproximou do homem. Sua mão deslizou pelo colarinho e puxou-o para perto de si.

— O que me importa aqui é se você tem o dinheiro suficiente para me pagar. Até porque essa garota vem de uma família artística, ou seja, corro graves riscos. — Sussurrou.

O homem nervoso desviasse do olhar penetrante de Tiffany que estava a fitá-lo.

— Sim, eu sei; tenho dinheiro, mas me garanta você que conseguirá fazer isso.

Tiffany riu jogando as cinzas do seu cigarro dentro da taça de vinho que o homem segurava.

— Não vai ser fácil e talvez demore. Você deve saber, eu não mato por matar. Eu mato por diversão, preciso me divertir antes, por isso... Quero conhecer a garota, quero que ela confie em mim e quando isso acontecer... — ela tragou seu cigarro — Você sabe.

Gregory sorriu. Tiffany fez o mesmo, manteve o cigarro em seus lábios e cruzou seus braços.

— Quero cinquenta por cento primeiro. Depois... Que eu finalizar, pegue o resto.

— Claro! E quanto se trata?

— Olha... — Tirou o cigarro dos lábios, andou de um lado para o outro enquanto pensava — Uma jovem, com uma vida toda pela frente, filha de um casal requintado... Exigirá de mim muito esforço e meu esforço vale muito.

— Quanto, Tiffany?

— Senhorita Valentine. — Rebateu —  Não temos intimidade para me chamar pelo primeiro nome.

O homem recuou.

— Me pegue quinhentos mil agora. E depois dela morta, mais quinhentos.

— Você quer milhão? — Indagou Gregory perplexo.

— Achou pouco, meu bem?

— Vou à falência, um milhão para matar essa desgraçada! Um milhão!

Tiffany revira os olhos, apoiando suas mãos em sua cintura ela se dirige em direção ao homem.

— Tem ou não tem?

Para Morrer de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora